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A escolha de um escritor/autor

por Magda L Pais, em 30.09.15

Este é um problema recorrente aos booklovers ou livrólicos anónimos (adorei este termo que encontrei, no outro dia, num outro blog).

Imaginem que, de momento, já lemos os livros todos que tínhamos em casa, queremos (ou podemos) comprar um novo livro e vamos até à livraria (seja ela on line ou num espaço físico). Com tanta oferta disponível, que livro escolhemos e de que escritor?

Será que preferimos não sair da nossa zona conforto e vamos comprar daquele autor que, à partida, sabemos que vamos gostar porque já o lemos? Ou será que arriscamos e compramos daquele escritor de que já ouvimos falar mas do qual nunca lemos nada? Ou seguimos o conselho de outros bloggers?

Confesso que, para mim, qualquer uma das opções é válida.

Há escritores que são passageiros frequentes da minha lista de compras – Ken Follett, Juliet Marillier, Marion Zimmer BradleyAnne Bishop ou John Grisham (entre outros) – tenho vários livros de cada um deles e sei que não me desiludem. Bom, ok, um dos livros que me desiludiu foi precisamente de Ken Follett mas, em contrapartida, é também dele um dos meus livros favoritos de sempre.

Mas também compro de escritores que nunca li. E com isso já descobri algumas pérolas. É o caso de Stieg Larsson, Jodi Picoult, James Patterson, ou Gary Jennings (deste último tenho muita pena que não haja mais nada editado em português, para além de Orgulho Asteca e Sangue Asteca.). Eram autores que eu desconhecia e que, caso não tivesse arriscado comprar os livros, nunca os teria lido.

Creio – mas é a minha opinião, claro e que resulta desta experiência – que, às vezes, devemos sair da nossa zona de conforto (leia-se autores que já conhecemos) e arriscar em escritores que desconhecemos. Podemos ter uma desilusão, é verdade. Mas também podemos ter uma grande alegria. E, pensando bem, este arriscar em sair da zona de conforto, não é só verdade neste caso mas em toda a nossa vida. Viver sempre na zona de conforto não é viver, é sobreviver.

E viver é tão melhor que sobreviver!

E vocês? Qual é o vosso critério de compra dos livros?

Livros & Blogs

por Magda L Pais, em 29.09.15

Ter um blog não é só chegar aqui, colocar umas coisas, comentar e responder. É claro que essa é uma parte dum blog mas, felizmente, não é a única.

Desde que o Stone Art Portugal existe, ou, mais exactamente, desde que decidi recomeçar a publicar e não o deixar morrer, já ganhei imensas amizades. Pessoas com quem senti uma empatia inicial e que, aos poucos, se tornaram amigas inseparáveis. Se mais não fosse, só por ai teria valido a pena.

Mas vale - e vale - também a pena por causa dos livros, aqueles que são uma das minhas paixões. E como é que se entrelaçam estes dois mundos - os blogs e os livros?

Pois bem, à conta de ler criticas e opiniões sobre livros noutros blogs, acabei por aumentar, exponencialmente, quer a minha estante da vergonha (Pandora, desculpa, roubei-te a expressão) quer a estante dos livros já degustados. E é sobre isto que hoje vos falo. Não sozinha, porque amizade é também partilhar temas, mas com a Just, já que o mesmo se passa com ela (por isso não se esqueçam, depois ide-lá ver o que ela vos tem a dizer sobre isto).

Li e comprei, no último ano, ano e meio, livros que, em condições normais se calhar me teriam passado ao lado. E porque os li ou comprei? porque alguém me recomendou. Hoje é o dia de vos agradecer, de vos dizer obrigado por me terem ajudado a aumentar a minha pequena biblioteca. Vejamos que livros são:

Caçadores de Sombras - Cassandra Clare

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Com o alto patrocínio da Neurótika Webb, adorei ler esta saga (incluindo as Origens).

D Maria II Tudo por um Reino de Isabel Stilwell

Este livro teve direito a duas recomendações, pelas mãos da M.J. e da M*. Ambas cheiinhas de razão, valeu mesmo a pena.

Triplo - Ken Follett

Primeiro livro lido no Clube da leitura organizado pela Dona Pavlova de onde também fez parte a Joana.

Tudo por amor e Uma melodia inesperada - Jodi Picoult

Junto dois livros da mesma autora dado que ambos me foram recomendados pela mesma pistosga - a Nathy. A M* é também uma fã da escritora.

Tenho mais dois desta autora para ler na estante da vergonha...

A rapariga que roubava livros - Marcus Zusak

Penso que terá sido o livro do qual recebi mais recomendações - Nathy, M*Sofia Margarida e Just smiiile. Valeu a pena!

Eleanor & Park - Rainbow Rowell 

Mais uma recomendação da Just smiiile que valeu a pena.

Mil Sóis Resplandecentes - Khaled Hosseini

É, para a M* um dos melhores livros de sempre e um dos seus autores favoritos. 

Perguntem a Sarah Gross - João Pinto Coelho

Não fosse a opinião da Márcia e, provavelmente, este livro ter-me-ia passado ao lado. Isso sim seria uma desgraça.

A Escolha do Coração - Amanda Brooke

Uma prenda da Mafalda no Natal de 2014. 

Jane Eyre - Charlotte Brontë

Recomendação da Sara e da Just. Vejam aqui a minha opinião.

Mas, para além destes que já li, outros há que me foram recomendados mas que ainda estão em espera.

É o caso de:

A Bibliotecária de Auschwitz de Antonio G. Iturbe

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Recomendação da Just e da M*.

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón

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recomendado pela Nathy, M*Sofia Margarida

O Arroz de Palma de Francisco Azevedo

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Por recomendação da M*

Os Maias - Eça de Queirós

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Com o alto patrocínio da M.J.

A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins

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Incentivada pela Maria.

 

Para já, estes foram os livros que (re)descobri por causa dos blogs, por ter lido aqui e ali, as opiniões de bloguistas. Dos já lidos, posso já dizer que valeu a pena. Dos que ainda não li, acredito que irei pensar o mesmo.

Já agora, e vocês, que livros leram por terem lido recomendações nos blogs?

Problemas de uma leitora

por Magda L Pais, em 29.09.15

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Tanto eu como a M* temos problemas por sermos leitoras. Na verdade eu tenho mais um, gosto de roubar estas questões relacionadas com livros.

São onze questões que talvez deixem mais alguma luz sobre o dia-a-dia de quem faz da leitura o seu vício diário.

E depois, se também quiserem responder a estas perguntas, sirvam-se.

Você tem 20 mil livros para ler. Como você decide o que vai que ler?

Vá, não exagerem. Não são 20 mil. São 105. Hoje, agora, são 105. Mas já ando a namorar mais um, para ficar com a colecção completa dum determinado autor, pelo que esse número pode ser alterado a todo o momento.

Na verdade, todos os dias namoro livros. Mas assumi que, enquanto não ler a maioria dos que estão em fila de espera não compro mais. (e vou perder toda a credibilidade quando chegar a encomenda da Wook, mas é outra história que contarei em breve, quando abrir a encomenda e verificar que está tudo nos conformes).

Como decido? Bem, há vários critérios na hora de decidir.

Gosto de ler livros em conjunto com o clube das pistosgas que lêem (M*, Sofia Margarida, Nathy) por isso a escolha, nessa altura, cabe às quatro e depende dos livros que cada uma tem.

Se estiver a ler uma saga, bem, o mais lógico é ler o livro seguinte da saga.

Não sendo nenhum dos critérios anteriores, será aquele critério a que mais recorro. Olho a estante onde estão os livros para ler e pego no primeiro que me diz alguma coisa.

Você está no meio de um livro, mas não está gostando. Você pára ou continua?

Com tantos livros que há para ler e com tão pouco tempo para o fazer, porque haveria de insistir num livro que não gosto? Tenho lá meia dúzia de livros que já deixei de parte precisamente porque não estava a gostar. Pode ser que, um dia, volte a tentar, até lá prefiro ler aqueles que realmente gosto.

O fim do ano está chegando e você está perto, mas não tão perto de finalizar sua meta de leitura. O que você pretende fazer e como?

Eu leio porque amo ler, porque os livros são a minha casa, porque me sinto em família com eles. Ler livros é o meu hobbie, uma forma de vida, a minha distracção, a minha droga. Não leio por obrigação, para atingir este ou aquele recorde. Não me importa quantos livros ou quantas páginas leio. Leio por prazer, por vício, por gosto.

As capas de uma série que você ama são horríveis! Como você lida com isso?

Nunca julgue um livro pela capa, não é o que se costuma dizer? E eu concordo porque não leio capas. Leio livros. Leio palavras e frases. Uma capa mais bonita é uma mais-valia mas, o que é a beleza? Uma capa pode ser lindíssima para uma pessoa e horrível para outra. É o conteúdo que interessa.

Todo mundo, incluindo sua mãe, gostam dum livro que você não gosta. Como você compartilha esses sentimentos?

Se todos gostassem do azul, que seria do amarelo ou do rosa? Gostos são gostos. São pessoais e intransmissíveis. É isso que torna o ser humano único – os seus gostos pessoais. O facto de eu adorar um livro não significa que outra pessoa adore. E vou buscar o mesmo exemplo da M*. Imensa gente conhecida adorou os livros de E. L. James, As Sombras de Grey. Eu nunca li as obras completas porque os excertos que li não me atraíram minimamente. Isso não faz de mim melhor ou pior, apenas faz de mim uma pessoa com gostos diferentes daqueles de quem leu e gostou.

Uma vez ouvi alguém dizer que o mesmo livro é lido de forma diferente por diferentes pessoas. Porque levamos, para a leitura, a nossa vivência pessoal e isso é o mais único que pode existir.

Você está lendo um livro e você está prestes a começar a chorar em público. Como você lida com isso?

Nada como olha em volta e tentar aguentar. Não se conseguindo… bom, uns óculos escuros também ajudam…

Na verdade é raro chorar por causa dum livro. Já aconteceu, não o nego, mas é raro.

A sequência do livro que você ama acabou de sair, mas você esqueceu parte da história anterior. Você lê o anterior novamente? Pula para a sequência? Lê uma sinopse ou resenha? Chora de frustração?!

Quando sei que os livros vão ter sequência, tento, na medida do possível, comprar só quando saíram todos de modo a poder ler de seguida. Quando isso não é possível – porque, por exemplo, desconheço que vai sair a continuação – se me tiver esquecido, acabo por reler o livro anterior para ficar com a história fresca.

Você não quer que ninguém, ninguém, pegue seus livros emprestados. Como você educadamente diz às pessoas não quando eles perguntam?

Não tenho qualquer problema em emprestar livros a pessoas em quem confio. Se não confiar o suficiente para emprestar os livros, então direi que estou a ler o livro pretendido ou que a minha filha o vai ler ou que já o emprestei. Em última análise… o livro não é meu, foi-me emprestado.

Deficit de Atenção. Você não conseguiu ler os livros que queria no último mês. O que você faz para voltar a ler mais?

Again, ler não é uma obrigação mas uma forma de vida. Eu leio conforme posso. Leio em todo o lado (e é mesmo em todo o lado) mas há alturas em que leio menos e outras que leio mais. É normal.

Há muitos livros novos que foram lançados e que você está morrendo de vontade de ler! Quantos deles você realmente compra?

É o meu maior problema, de facto. Quando há livros novos que eu quero mesmo ler, tenho dificuldade em resistir. Assim como tenho dificuldade em resistir a promoções. Como julgam que cheguei a 105 livros para ler?

Depois de ter comprado os novos livros que você tanto queria, quanto tempo eles ficam em sua prateleira antes de você realmente ler?

Depende. Quando chegam os livros novos (sejam eles novos por ter acabado de ser editados ou novos só lá em casa), vão para a estante onde estão os livros que ainda não li. Alguns estão à espera há dois anos e pouco, outros – como o que estou a ler agora – estão lá apenas o tempo suficiente para acabar o livro que tenho em mãos.

Literatura

por Magda L Pais, em 25.09.15

Dizia uma professora que apenas uma obra que fale da sociedade, politica ou economia, enfim qualquer assunto real, pode ser considerado literatura.

Não sendo professora, dessa ou de qualquer outra área, a verdade é que recuso liminarmente fechar a literatura num conceito tão simples.

A literatura não tem de se cingir aos assuntos reais. Cinge-se à imaginação do autor, à forma como consegue passar para o papel o que lhe vai na alma, seja fingimento ou seja real. Um texto literário tem um efeito estético, as palavras são escolhidas com preocupação com a beleza e o efeito emocional.

Quando escreve, o autor dum texto literário, não quer ensinar nada ao leitor, quer apenas dar a conhecer uma história, o seu desabafo ou a sua ideia sobre determinado tema.

Qualquer livro, seja ele de que género literário for, é literatura. Pode ter mais valor para mim, menos para ti, pode ensinar, pode distrair ou pode obrigar a pensar. Um livro é literatura, seja ela de cordel, fantástica, romanceada, erótica, histórica, filosófica ou sem classificação. É para ser lido, apreendido (seja pela positiva ou pela negativa).

Quem tem gosto pela literatura, quem lê, por norma, é quem escreve melhor, quem tem mais facilidade de expressar o que pensa. E não é por ler só aqueles livros que a dita professora considera que são de literatura. É lendo todos os tipos de livros.

Estas são apenas algumas das razões que me levam a não concordar com o espartilhar da literatura como obras reais. Quando muito acho que podemos dizer que livros sobre a realidade (sociedade, politica, economia) são uma ínfima parte desse universo tão amplo que é a literatura.

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