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A Herança de John Grisham
Amores Proibidos de Jill Mansell
Editado em 2011 pela Edições Chá das Cinco
Aqui há um ano atrás, tinha uma estante onde guardava a maior parte dos livros:
E depois tinha a estante da vergonha, com cerca de 106 livros em espera.
Estava tudo bem, tirando o facto de que, neste ano, os livros se foram acumulando por ai, em montinhos onde cabiam, o que me desagradava bastante. Felizmente ainda havia uma parede que permitia fazer nova estante e, por isso, assim o fizemos.
Hoje, aproveitando que estou em casa e que as estantes estão prontinhas, resolvi arrumar os livros todos. Deixei de ter estante da vergonha, agora tenho essa informação apenas no Goodreads (já vos disse que adoro o Goodreads?).
Por isso aqui ficam as minhas estantes e os meus livros, arrumadinhos hoje:
Repararam que há espaços vazios? eu também. Enquanto não ler os que tenho em espera, vou tentar não comprar mais. Mas está difícil... muito difícil que as tentações são mais que muitas...
Havia uma lengalenga que eu adorava quando era miúda. Esperem, ainda a adoro, o que pode querer dizer que ainda sou uma miúda (e é assim que me sinto sempre, apesar da idade. Afinal, a idade é um estado de espírito e não uma condição física).
Mas estou a afastar-me do tema, a lengalenga, aquela que eu adorava e que dizia que o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.
Do alto da sabedoria da criança que era, sempre achei que esta lengalenga me transmitia que era eu que decidia o que fazer com o meu tempo e que teria de fazer com que tivesse tempo para tudo e que tudo coubesse no meu tempo.
Foi por isso que aprendi a gerir o tempo deixando sempre espaço para as coisas que amo – a família e os livros. Teria sempre de ter tempo para ler, não obstante saber que não terei nunca tempo de ler tudo o que quero. Mas faz-se o que se pode e por isso eu posso ler. E leio.
Entre o trabalho, a família, os passeios, a televisão e a internet – para mencionar apenas algumas coisas – os livros estão sempre lá. Vão comigo à praia e ao campo. Estão na sala e na casa de banho (sim, eu leio na casa de banho). Leio nos transportes ou enquanto espero para ser atendida. Todas as alturas são boas para ler e ler, em qualquer altura, é delicioso. Confesso, por isso, que não entendo as pessoas que dizem que não têm tempo para ler. Certo, quando os meus filhos eram bebés, talvez lesse menos do que leio agora. Mas mesmo nessa altura, entre fraldas, biberons e sestas, havia sempre um livro por perto.
O tempo, meus amigos, o tempo somos nós que o arranjamos. Basta querermos.
(in revista Inominável nº 0 e publicado também aqui)
Comer, Orar, Amar de Elizabeth Gilbert
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