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Natal com Livros, o desafio

por Magda L Pais, em 30.11.17

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Estamos a chegar ao mês de Dezembro, mês de Natal e mês de leitura (se bem que todos os meses são de leitura mas adiante). E chega também a altura que temos de comprar presentes (para aqui livros, por favor. Ou vales para gastar em livros, não sou esquisita). Para vos ajudar a escolher livros, eu, a Alexandra e a Just (para já) decidimos inventar uma booktag chamada Natal com livros. 25 perguntas a responder entre o dia 1 e 25 de Dezembro, às 10h15 em cada um dos nossos blogs. Obviamente quantos mais formos mais engraçado é, por isso aqui fica o convite. Quem se junta a nós?

As perguntas são estas:

  1. Que livro gostarias de ganhar no Natal.
  2. Um livro bastante desejado, e que superou todas as expectativas.
  3. Um livro com personagens com quem gostarias de passar a noite de Ano Novo.
  4. O livro que escolheste para ser a primeira leitura do próximo ano.
  5. Um livro onde adorarias passar o Natal
  6. Um livro com uma capa tão bonita que merecia estar exposto junto com a decoração de Natal
  7. O livro perfeito para ofereceres de presente a quem gostas, sem medo.
  8. Um livro que odiaste e que oferecerias para alguém de quem não gostas.
  9. A capa mais natalícia dos teus livros
  10. Escolhe três personagens que convidarias para passar a Consoada em tua casa. 
  11. Qual a personagem que, idealmente, cozinharia a ceia no dia 24 de Dezembro?
  12. Que personagem literária poderia ser o Pai Natal?
  13. Que livro não é de Natal mas achas que tem um clima natalício.
  14. Que livro é tão importante que gostarias de o colocar no lugar da estrela na árvore do natal.
  15. Está imenso frio. Que livro colocarias na fogueira para arder?
  16. Ofereceram-te um livro que odeias. Que livro é esse?
  17. Na TV só passam filmes de natal com cenas e mais cenas de casas debaixo da neve. A que personagem literária atirarias com uma bola de Neve?
  18. Que livro pretendes ler na época festiva?
  19. Com base na longa viagem que os reis magos fizeram sem saber o que iam encontrar pelo caminho, indica um livro leste sem saber a sinopse ou do que se tratava mas que adoraste
  20. A Árvore de Natal, antes de o ser, era também um símbolo do renascimento Indica-nos que livro, não importa o tempo quanto tempo passou, é teu preferido e que merece ser lido e relido.
  21. Que personagem merece ficar fora da lista de presentes do pai Natal porque se portou muito mal?
  22. Quero passar o natal com... Escolha o local fictício perfeito para passar essa época natalícia com o personagem perfeito.
  23. Natal tem tudo haver com nostalgia e sentimentos, qual é aquele livro que lhe traz todas essas sensações?
  24. Depois da ceia, estás com sono mas apetece-te ler.. que livro levezinho escolhes reler?
  25. Durante a noite escutas barulhos estranhos vindos da sala. Será o Pai Natal? O melhor é não arriscar e escondeste debaixo dos lençóis. Que livro também te dá arrepios?

Entretanto...

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Para uma apaixonada por livros é sempre complicado escolher, de entre todos os livros que lemos, um top, seja ele um top 5, um top 10 ou um top 100. Todos – ou quase todos – os livros nos trazem algo de positivo e, num momento ou outro, são importantes.

Por outro lado, com tantos géneros literários existentes e tantos gostos diferentes, pode sempre acontecer que, um livro que eu adoro e que ache que deve ser lido por toda a gente, seja, ao mesmo tempo, um livro odiado por outra pessoa.

Ainda assim, em Março de 2016, fui desafiada pela Vanessa para indicar cinco livros que eu acho que toda a gente devia ler. Os livros escolhidos na altura, foram estes:

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Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o coronel Aureliano Buendía haveria de recordar aquela tarde remota em que o pai o levou a conhecer o gelo

Começa assim um dos melhores livros que li na minha vida. Um livro cuja leitura não é fácil e que precisa de muita atenção. A primeira vez que o li, precisei de consultar, várias vezes, a árvore genealógica da família Buendía-Iguarán para me manter a par de quem era quem. Esta família, com os seus milagres, fantasias, obsessões, tragédias, incestos, adultérios, rebeldias, descobertas e condenações tornam Cem Anos de Solidão num livro a ler e reler.

Aquele livro mostrou-me que ler me podia fazer viver mais e mais intensamente, que me podia devolver a vista que tinha perdido

porque

cada livro, cada volume que vês, tem alma. A alma de quem o escreveu e a alma dos que o leram e viveram e sonharam com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém desliza o olhar pelas suas páginas, o seu espírito cresce e torna-se forte.

Poucos livros descreveram, com tanta exactidão, a minha paixão pela leitura. No cemitério dos livros esquecidos Daniel encontra A sombra do vento e assume que o guardará e protegerá enquanto for vivo. A história dum livro dentro de outro e um local, o cemitério dos livros esquecidos onde todos os livros vão parar quando uma biblioteca desaparece, uma livraria fecha as portas ou quando um livro se perde num esquecimento.

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Um bom livro, Marcus, não se mede apenas pelas últimas palavras, mas pelo efeito colectivo de todas as que a precederam. Cerca de meio segundo depois de terminar o livro, depois de ler a última palavra, o leitor deve sentir-se dominado por um sentimento poderoso; por um instante, só deve pensar em tudo o que acaba de ler, olhar para a capa e sorrir com uma ponta de tristeza porque vai sentir a falta das personagens. Um bom livro, Marcus, é um livro que lamentamos ter acabado de ler.

Com este epilogo termina a narrativa d’A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert e que nos leva a dividir a leitura em antes e depois deste livro. Quem terá matado Nola?

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Aquele que salva uma vida salva o mundo inteiro.

Foi esta a frase que mais de mil judeus quiseram gravar no anel que entregaram a Schindler para lhe agradecer terem feito parte da sua lista, uma lista que permitiu salvar-lhes a vida quando a morte, num qualquer campo de concentração, parecia certa. Um livro que retrata a história dum homem que gastou o todo o seu dinheiro para salvar os seus judeus e as suas famílias e que, no fim, se sentiu envergonhado por não ter conseguido salvar mais. A Lista de Schindler é uma história de amor, de coragem e de esperança.

Tal é a finalidade de todo condicionamento: fazer as pessoas amarem o destino social a qual não podem escapar.

Neste Admirável Mundo Novo, a felicidade é condicionada desde a decantação até à morte. Através da hipnopedia – indução durante o sono – as crianças aprendem, desde cedo, que a casta a que pertencem é a melhor, a mais importante e a que as deixa mais felizes. Aprendem, da mesma forma, qual a profissão que vão ter (e como se sentem felizes com isso) e que todas as outras castas – sejam elas mais baixas ou altas – são necessárias e por isso estão felizes por elas existirem. Condicionamento total numa sociedade em que nada é questionado. Estaremos a tempo de evitar que a nossa sociedade se transforme nesta abominável distopia?

 

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O Diário Oculto de Nora Rute

por Magda L Pais, em 26.11.17

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O Diário Oculto de Nora Rute de Mário Zambujal

ISBN: 9789897241079

Editado em 2013 pelo Clube do Autor

Sinopse

Nora Rute é uma personagem de romance e, ao escrever o seu diário, vai escrevendo, no desconhecimento do que virá a seguir, o seu próprio romance. Ao mesmo tempo, acrescenta-lhe o registo de acontecimentos e usos que marcaram um ano (1969) desde a chegada do Homem à Lua à moda da minissaia, das manifestações estudantis a guerras em África, aos bares e cafés de Lisboa.

Narrativa de marcada originalidade, O Diário Oculto de Nora Rute coloca os leitores no caminho irrequieto de uma jovem que desafia as regras, as de uma sociedade machista de um pai austero. Predominam as personagens que são membros da família, não só uma misteriosa tia Nanda, a prima Mé mas um quase desconhecido que parece ter conquistado, em definitivo, o amor de Nora Rute. E um primo ribatejano que lhe revelará o reverso das luzes e sombras da cidade.

Ao colocar-se na sua mente de uma forma travessa, Mário Zambujal, sem abandonar o seu estilo próprio de escrita, incorpora-o no espírito e na conduta de uma jovem que descreve no seu diário a agitação dos seus dias.

A minha opinião

Mais um livro lido no âmbito do livro secreto. Não é o melhor livro do mundo mas é, sem dúvida, um livro que cumpre o objectivo a que se propõe, proporcionar-nos momentos de prazer enquanto lemos, não nos obrigando a pensar demasiado em coisa alguma ou sequer a deixar-nos com questões existências. Lemos, lavamos a mente de outras coisas e pronto, livro pronto para guardar ou, neste caso especifico, pronto para seguir para a próxima morada.

Neste livro - leve, levezinho - acompanhamos o diário de Nora Rute, durante o fantástico ano de 1969 - a ida do homem à lua, o sismo de Junho, as eleições. Falha, quanto a mim, por não haver referencia a um acontecimento extraordinário que aconteceu a 26 de Novembro desse ano: Nasci eu! Calculo que tenha sido apenas esquecimento, mas adiante.

Além de considerar bastante interessante que Mário Zambujal - um "velhote" - tenha conseguido escrever um livro na pele duma jovem de 20 anos, sinto que também tenho de referenciar a capa, que é simplesmente fantástica.

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Admirável Mundo Novo

por Magda L Pais, em 26.11.17

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Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley

Editado em 1932

Releitura em 2015

Sinopse

Publicado em 1932, Admirável Mundo Novo tornar-se-ia um dos mais extraordinários sucessos literários europeus das décadas seguintes. O livro descreve uma sociedade futura em que as pessoas seriam condicionadas em termos genéticos e psicológicos, a fim de se conformarem com as regras sociais dominantes. Tal sociedade dividir-se-ia em castas e desconheceria os conceitos de família e de moral. Contudo, esse mundo quase irrespirável não deixa de gerar os seus anticorpos. Bernard Marx, o protagonista, sente-se descontente com ele, em parte por ser fisicamente diferente dos restantes membros da sua casta. Então, numa espécie de reserva histórica em que algumas pessoas continuam a viver de acordo com valores e regras do passado, Bernard encontra um jovem que irá apresentar à sociedade asséptica do seu tempo, como um exemplo de outra forma de ser e de viver. Sem imaginar sequer os problemas e os conflitos que essa sua decisão provocará. Admirável Mundo Novo é um aviso, um apelo à consciência dos homens. É uma denúncia do perigo que ameaça a humanidade, se a tempo não fechar os ouvidos ao canto da sereia de uma falsa noção de progresso.

A minha opinião

Li este livro há uns anos atrás, não sei ao certo quantos, e andava com vontade de o reler. Aproveitei as minhas férias para o fazer e ainda bem.

Foi com este Admirável Mundo Novo que as distopias começaram a aparecer. Estávamos em 1932 e Aldous Huxley imaginou uma sociedade que é feliz. Mas a que custo?

Comecemos pelo princípio. O nascimento. Neste Mundo, não existe tal coisa. Só nas Reservas dos Selvagens é que ainda há nascimentos. Os bebés da sociedade “evoluída” são decantados no Centro de Incubação e de Condicionamento. Enquanto estão nas provetas, os responsáveis decidem a que casta vão pertencer e que trabalho vão executar. Por norma essa decisão terá em linha de conta quem morreu e, por isso, precisa de ser substituído. Tomada a decisão, com mais ou menos álcool, mais ou menos pseudosangue ou com ou sem a divisão do óvulo que foi fertilizado in vitro, a criança acaba por ser decantada e entregue numa enfermaria onde é tratada por enfermeiras especializadas – em dar de comer, de beber e de mudar as fraldas/roupas. Não há qualquer ligação afectiva entre adultos e crianças. Aliás, esta sociedade abomina relações afectivas entre os seus membros. Não há casamentos – os membros são incentivados a ter o máximo de amantes que quiserem e são criticados caso não tenham vários em simultâneo – não há nascimentos e não há parentes. Deus é substituído por Ford (uma clara alusão a Henry Ford) e a cultura é considerada nojenta – ler, por exemplo, é proibido porque só são aceites actividades que sejam feitas em conjunto.

Voltando às crianças, através de hipnopedia – indução durante o sono – elas aprendem, desde cedo, a que a casta a que pertencem é a melhor, a mais importante e a que as deixa mais felizes. Aprendem, da mesma forma, qual a profissão que vão ter (e como se sentem felizes com isso) e que todas as outras castas – sejam elas mais baixas ou altas – são necessárias e por isso estão felizes por elas existirem.

A felicidade condicionada desde a decantação até à morte!

(confesso que a única coisa de vantagem que esta sociedade tem é a forma natural como encara a morte. As crianças começam, muito cedo, a ter contacto com a morte, a perceber como ela é natural e a não teme-la por ser inevitável).

Mas nem tudo corre sobre rodas. Às vezes é decantada uma pessoa que contesta a sociedade e que não a entende da mesma forma. É o caso de Bernard, um jovem que tem uma estrutura física quase que oposta à dos restantes membros da sua casta e que, por isso, desde sempre se sente diferente.

Quando Bernard visita uma das reservas dos Selvagens e conhece John, filho de uma jovem da sua sociedade que se perdeu numa visita anterior à reserva, resolve levá-lo para a sociedade da felicidade – ou, mais exactamente, para a sociedade que foi habituado a achar que era feliz. Mas John, o Selvagem, foi criado com outros princípios, com outra forma de ser e estar e essas diferenças acabam por se revelar bastante perigosas para todos.

Depois de Jogos da Fome, da Saga Divergente e outras distopias, soube bem voltar a ler aquele que foi o “pai”. Soube bem mas, em contrapartida, deixa-nos com um nó no estômago. Estaremos, de alguma forma, a caminhar para uma sociedade destas? E, se sim, será que ainda o podemos evitar?

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Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno

por Magda L Pais, em 24.11.17

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Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno de Isabel Stilwell

A rainha que Portugal imortalizou como Rainha Santa

ISBN: 9789898818867

Editado em 2017 pela Manuscrito Editora

Sinopse

Entre o céu e o inferno. Assim foi a vida de Isabel de Aragão.

Nasceu envolta no saco sagrado, a 11 de fevereiro de 1270, em Saragoça. Intocável. Protegida. Com poucos dias de vida o avô, Jaime I, levou-a consigo para Barcelona, no meio de uma tempestade. Cresceu a ouvir histórias de grandes conquistas, de reinos divididos por lutas sangrentas entre pais e filhos e entre irmãos. A história de Caim e Abel. Uma história que se repetiu ao longo da sua vida…

Aos 12 anos casou com D. Dinis, rei de Portugal, e junto dele governou durante 44 anos. Praticou o bem, visitou gafarias, tocou em leprosos e lavou-lhes os pés, gastou a sua fortuna pessoal a ajudar os que mais precisavam e mandou construir o mosteiro de Santa Clara, em Coimbra. Da sua lenda fazem parte milagres, curas e feitos. Mas a melhor rosa de Aragão, que herdou o nome da Santa Isabel da Hungria, era boa para ser rei, como dizia muitas vezes o marido.

Junto dos seus embaixadores e espiões, com a ajuda da sua sempre fiel Vataça, jogou de forma astuta no tabuleiro do poder. Planeou e intrigou. Mas a história teimava em repetir-se. Caim e Abel. Pai contra filho, o seu único filho varão contra os meios-irmãos bastardos.

Morreu aos 66 anos, depois de uma penosa viagem de dezenas de léguas de Coimbra a Estremoz, montada numa mula, para evitar mais um conflito entre Portugal e Castela. Sempre acreditou que a película em que nascera a protegeria de tudo, mas nos últimos tempos de vida sentia-se frágil e vulnerável. E duvidava. Onde falhara como mulher e mãe?

A minha opinião

O que tem, em comum, D TeresaD. Maria II e D Isabel, além do facto óbvio de terem sido três rainhas de Portugal? Bem, quase tudo, de acordo com os livros de Isabel Stilwell. Confesso que esperava que este terceiro livro me tirasse esta ideia da cabeça mas não. Apesar de ter gostado de o ler, a verdade é que, em muitos (demasiados) momentos, achei que estava a repetir a leitura.

Esta é, para mim, a grande falha de Isabel Stilwell. Todas as rainhas que imortaliza nos seus livros tem as mesmas características intrínsecas. São copy + past umas das outras. É verdade que se aprende imenso com estes livros, para quem gosta de romances históricos (como eu) são excelentes, aprendemos enquanto nos distraímos, quase sem dar por isso. Mas gostava, confesso, de não estar esta sensação estranha de que estas três rainhas foram iguais (apesar de, claramente, D Isabel ser bastante mais religiosa que D Maria II ou mesmo D Teresa).

Acresce ainda - de forma menos positiva - que houve momentos, neste livro, em que me pareceu que estavam a ser debitados factos soltos. Confesso que me senti, em determinado momento, numa aula de história, com um professor enjoado a falar para alunos desinteressados e não é isso que eu procuro num romance histórico. Nesse aspecto, D Teresa e D. Maria II foram bem mais interessantes.

De qualquer modo nem tudo foi mau, principalmente porque realmente conheci melhor quem foi a Rainha Santa, como nasceu a lenda das Rosas e quem foi D Dinis, o Rei que deve andar às voltas no túmulo por ver o seu Pinhal destruído nos incêndios deste ano. Aprender - por pouco que seja - da nossa história é aprendermos também quem somos e isso não tem valor.

Leia aqui as primeiras páginas

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