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Voo Final

por Magda L Pais, em 28.02.18

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Voo Final de Ken Follett

Editado em 2009 pela Editorial Presença
ISBN: 9789722341141
Lido em 2015
 
Sinopse
Do autor de Os Pilares da Terra e Um Mundo sem Fim, um livro com um enredo complexo que leva o leitor pelos meandros do thriller onde suspende é uma constante.

Em Junho de 1941 a Dinamarca encontra-se sob a ocupação de Hitler, enquanto a Grã-Bretanha é a única potência europeia em condições de fazer frente ao avanço dos nazis. Mas os aviões que partem em missões de bombardeamento são sistematicamente abatidos pelos esquadrões germânicos, como se de algum modo estes conhecessem os planos de ataque da RAF. Uma agente do MI6 é destacada para investigar o que está a beneficiar os alemães, numa missão secreta à Dinamarca... Ao mesmo tempo, na pequena ilha de Sande, o jovem Harald, encontra numa base secreta dos alemães algo cuja descoberta pode ser vital para mudar o curso dos acontecimentos... Um thriller empolgante e complexo, baseado num caso verídico, pela mão do grande mestre da arte de contar que é o mundialmente famoso Ken Follett.

A minha opinião

É, com certeza, notório que KF é um dos meus escritores favoritos. Os seus livros tem, quase sempre, uma ponta de verdade e respeitam a verdade histórica, o que os torna, para mim, bastante apetecíveis. Ainda assim e apesar disso, não foi dos meus livros favoritos deste autor. Talvez culpa da intensidade que senti com a Trilogia o Século. Por esta razão é chegada a altura de fazer uma pausa na leitura de Ken Follett para depois voltar a conseguir apreciar devidamente os seus livros.

Estamos em Junho de 1941, na Inglaterra. Quando Bart regressa de mais uma missão, partilha com o seu irmão, Digby que, estranhamente, a aviação alemã está a sair vitoriosa da guerra no ar porque advinham onde estão os aviões ingleses e conseguem abatê-los antes de chegarem ao seu destino.

Digby leva essa impressão do irmão até ao primeiro ministro que o encarrega de descobrir o que será Freya, a máquina que, aparentemente, permitirá a informação antecipada da posição da RAF. Essa maquina estará na Dinamarca e só Hermia, que lá viveu durante muitos anos, conseguirá descobrir o que se passa.

Será Harald que vai descobrir, por acidente, a dita máquina. Mas resta um problema - como fazer chegar essa informação à Inglaterra se a policia dinamarquesa - principalmente o filho do inimigo declarado do pai - o persegue por desconfiar do que se passa.

A segunda guerra e a ocupação da Dinamarca, assim como quezílias entre famílias, levam-nos a conhecer melhor como nasceu a resistência Dinamarquesa, conhecida como Guardas Nocturnos. Acompanhamos, a par e passo, as vitorias e derrotas de cada um - alemães e ingleses - torcendo sempre, claro pelo bem. Acredito que teria apreciado mais se não o tivesse lido tão perto da Trilogia que já falei mas gostei do que li.

(leia aqui as primeiras páginas)

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A Filha do Conspirador

por Magda L Pais, em 25.02.18

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A Filha do Conspirador de Philippa Gregory

A Guerra dos Primos - Volume IV

ISBN: 9789722635196

Editado em 2013 pela Livraria Civilização Editora

Sinopse

"Perdi o meu pai numa batalha, a minha irmã às mãos de uma espia de Isabel Woodville, o meu cunhado às mãos do seu carrasco e o meu sobrinho às mãos de um seu envenenador, e agora o meu filho foi vítima da sua maldição…"

A apaixonante e trágica história de Ana Neville e da sua irmã Isabel, filhas do Conde de Warwick, o nobre mais poderoso da Inglaterra durante a Guerra dos Primos. Na falta de um filho e herdeiro, Warwick usa cruelmente as duas jovens como peões, mas elas desempenham os seus papéis de forma previdente e poderosa.

No cenário da corte de Eduardo IV e da sua bela rainha Isabel Woodville, Ana é uma criança encantadora que cresce no seio da família de Ricardo, Duque de Iorque, transformando-se numa jovem cada vez mais corajosa e desesperada quando é atacada pelos inimigos do seu pai, quando o cerco em seu redor se aperta e quando não tem ninguém a quem possa recorrer, a quem possa confiar a sua vida.

A minha opinião

A cada livro de Philippa Gregory sobre a guerra dos primos (ou a guerra das rosas) a nossa lealdade vai mudando. Bem, talvez n'A Rainha Vermelha tal não tenha acontecido que Margarida enerva qualquer mortal, mas, tirando isso, e conforme vamos conhecendo as mulheres envolvidas nesta guerra, vamos acreditando cada vez naquela que nos relata a mesma história, deixando que as outras - dos livros anteriores e, quem sabe, dos posteriores, relegados para segundo plano.

Gosto disto. Gosto de conhecer os vários lados da mesma história. E gosto, especialmente, de ver como as mulheres tiveram um papel fundamental na história que as quis relegar para último plano, atrás do cão, do canário ou do cavalo.

Philippa Gregory é uma contadora de histórias reais. Uma escritora que pegou no pouco (ou muito) que se sabe sobre as mulheres da casa de Iorque, da casa de Lencaster e da Tudor - os primos em luta - e que nos conta como foi, ou como ela acha que foi. Apesar de sabermos o fim ou de sabermos como se entrelaçam as várias personagens históricas, é muito bom e muito gratificante saber como se chegou lá.

Ás vezes fica confuso, é verdade. Mas a culpa não é da autora mas sim dos primos, que se casaram entre eles e cujos filhos eram: Eduardo, Jorge ou Ricardo. E havia uma colecção de Isabeis de assustar qualquer um. O mesmo problema que em Portugal, com as Teresas, Urracas, Henriques e Afonsos. O que me faz acreditar que a falta de imaginação para nomes era (é?) um problema das casas reais (e a causa das guerras, talvez, já que ninguém se entendia...)

Bem, faltam-me ler alguns desta série. A Princesa Branca está na minha wishlist, principalmente depois de ter visto a série de televisão. Além disso a história d' Filha do Conspirador está intimamente ligada a Isabel, a Princesa Branca, filha de Isabel e de Eduardo, amante de Ricardo e casada, por fim, com Henrique, de quem teve um filho chamado Eduardo. (percebem agora o problema dos nomes?...)

 

(leia aqui as primeiras páginas)

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Os Despojados

por Magda L Pais, em 23.02.18

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Os Despojados de Ursula K. Le Guin

ISBN: 9789897730566

Editado em 2017 pela Saída de Emergência

Sinopse

A jornada de um homem em busca da reconciliação de dois mundos Em Anarres, um planeta conhecido pelas extensas áreas desérticas e habitado por uma comunidade proletária, vive Shevek, um físico brilhante que acaba de fazer uma descoberta científica que vai revolucionar a civilização interplanetária. No entanto, Shevek cedo se apercebe do ódio e desconfiança que isolam o seu povo do resto do universo, em especial, do planeta gémeo, Urras. Em Urras, um planeta de recursos abundantes, impera um sistema capitalista que atrai Shevek, decidido a encontrar mais liberdade e tolerância.

Mas a sua inocência começa a desaparecer perante a realidade amarga de estar a ser usado como peão num jogo político letal. Que esperança e idealismo restam a Shevek, aprisionado entre dois mundos incapazes de ultrapassar as diferenças? E ao desafiar ambos os regimes políticos, conseguirá ele abrir caminho para os ventos da mudança?

A minha opinião

Depois d'Um Estranho Numa Terra Estranha, foi a vez de pegar neste livro. Não porque me apetecesse especialmente mas porque fui intimada pelo meu irmão. "já leste?" "não, tenho lá para ler" "vai ler. Já. larga o que estiveres a ler e lê já este" "tá bem, mas deixa-me acabar este" "não, não deixo, vai ler" (às vezes o meu irmão António consegue ser muito chato!). Bem, consegui acabar a leitura do que estava a ler, ainda li mais um ou dois livros (não lhe digam nada por favor) e, há três ou quatro dias peguei neste.

Logo nas primeiras páginas uma sensação estranha. Eu já li isto. Eu já conheço esta história. Ou será que é plágio doutra? Ou serão parecidas? essa sensação foi-se acumulando ao longo do livro e, no fim, percebi. Eu realmente já tinha lido este livro, algures na minha adolescência. Mais uma "vitima" das trocas de livros entre mim e o meu irmão.

Nada de grave. Este é um livro que é suposto ler várias vezes para o descascar na sua plenitude. Um livro que, tal como o Shrek (o ogre), tem várias camadas, várias percepções diferentes, consoante a idade e o estado de espírito em que é lido.

Como seria viver num mundo em que todos trabalham em tudo, onde não há ordenados, não há classes sociais e não há um governo? Onde a comida é distribuída em refeitórios, onde basta chegar e comer o que se quer (ou o que é distribuído), onde a roupa é dada a quem dela precisa, onde cada um reside num quarto individual ou duplo, consoante as suas necessidades, sem pagar nada por isso? Uma sociedade onde a única regra é não egotizar, onde as relações entre indivíduos são livres e sujeitas apenas à vontade de cada um. Onde as crianças são ensinadas, desde terna idade, a partilhar tudo e todos e onde o sexo é encarado com toda a naturalidade, seja entre casais ou entre amigos (e sejam eles do mesmo género ou não). Uma sociedade onde só é permitido o interesse do grupo. Será que nos íamos sentir perfeitos ou nos iríamos sentir prisioneiros?

É nesse mundo que vive Shevek. Que agoniza por se sentir preso, por não ter pares com quem falar e debater as suas ideias. Até que lhe surge a oportunidade de visitar o outro mundo, onde o sistema é capitalista, onde imperam as regras e a suposta abundância. Afinal, qual será o melhor?

Os Despojados é um livro que se estranha. Mas que depois entranha. E que nos deixa na memória algumas passagens, que nos leva a reflectir sobre a nossa vida, sobre o que queremos ser e o que fazemos em sociedade. Que nos obriga a pensar em quem nos rodeia, na falta que todos fazemos nesta grande roda que é viver em sociedade. É, sem qualquer margem para dúvida, um livro obrigatório.

Por fim, uma passagem que - espero bem - não seja profética e que se refere ao nosso planeta, tão mal estimado pelos humanos:

- O meu mundo, a minha terra, é uma ruína. Um planeta destruído pela espécie humana. Multiplicámos-nos, tragámos e lutámos até não sobrar nada, e depois morremos. Não controlámos os apetites nem a violência; não nos adaptámos. Destruímos-nos a nós mesmos. Mas primeiro destruímos o mundo. Já não há florestas na minha terra. O ar é cinzento, o céu é cinzento, está sempre calor. É habitável, continua a ser habitável, mas não como este mundo aqui. Este é um mundo vivo, uma harmonia. O meu é discordância. Vocês, Odonianos, escolheram um deserto; nós, Terranos, fizemos um deserto... Sobrevivemos lá, como vocês. As pessoas são resistentes! Somos quase meio bilião. Já fomos nove biliões. Ainda hoje é possível ver, por todo o lado, as cidades antigas. Os ossos e os tijolos desfazem-se em pó, mas os pedaços de plástico nunca - e também nunca se adaptam. Falhamos enquanto espécie, enquanto espécie social.

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Uma Vida Muito Boa

por Magda L Pais, em 22.02.18

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Uma Vida Muito Boa – Os Benefícios do Fracasso e a Importância da Imaginação de J. K. Rowling

ISBN: 9789722361354

Editado em 2017 pela Editorial Presença

Sinopse

Em 2008, J.K. Rowling proferiu um discurso profundamente marcante na Universidade de Harvard perante uma audiência de jovens recém-formados. Uma Vida Muito Boa, agora publicado pela primeira vez em língua portuguesa, contém palavras sábias de J.K. Rowling, proporcionando orientações a todos os leitores que se encontrem num momento de viragem decisivo das suas vidas, colocando questões profundas e estimulantes: como aceitar o fracasso? Como podemos usar a nossa imaginação em benefício não só de nós próprios mas também dos outros?

Partindo das suas vivências enquanto jovem recém-formada, a mundialmente famosa escritora trata neste pequeno livro de algumas das questões mais importantes da vida com inteligência e força emocional. Abordando temas como o fracasso, as adversidades, a imaginação e a inspiração, este livro permanece tão relevante hoje como da primeira vez que J.K. Rowling proferiu estas palavras, há 9 anos.

A Presidente da Universidade de Harvard, Drew Gilpin Faust, afirmou: «O percurso de J.K. Rowling constitui um poderoso exemplo. O discurso que a autora de Harry Potter proferiu constitui uma dádiva extraordinária para todos nós que tivemos o privilégio de a ouvir e agora de a ler.»

J.K. Rowling doará as receitas provenientes das vendas deste livro à Lumos Foundation, instituição de solidariedade a que preside. Esta iniciativa insere-se no seu compromisso de financiar os custos operacionais da referida instituição, permitindo assim que todas as doações possam ser encaminhadas diretamente para os projetos no terreno.

A minha opinião

Este pequeno livro de apenas 80 páginas podia perfeitamente ser de leitura obrigatória. Para todos, pequenos e grandes, novos e velhos. São oitenta páginas que se lêem com muita facilidade, com dicas perfeitas para que tenhamos uma boa vida, sem medo de falharmos, sem medo de fazermos o que realmente gostamos e, acima de tudo, com coragem para enfrentarmos as adversidades que sempre aparecem na nossa vida.

J.K. Rowling tem um percurso de vida extraordinário. E é precisamente com base na vida que viveu, que escreveu este discurso que, oito anos depois, continua tão actual como quando foi proferido.

O único defeito que encontro neste livro é ser tão curto... Resta esperar que, um dia, J.K. Rowling queira desenvolver mais estes temas. E eu cá estarei para a ler.

Por fim... deixo-vos a terminação do discurso e que bem podia ser o lema de todos nós:

tal como um conto, assim é a vida: não pelo tempo que dura, mas por quão boa ela é; é isso que importa.

 

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Chama-lhe Amor

por Magda L Pais, em 16.02.18

Chama-lhe Amor de Vera Lúcia Silva
Editado em 2015 pela Lua de Marfim
ISBN: 978-989-8724-65-6

Lido em 2015

Sinopse 

Maria é uma mulher de meia-idade, casada, com três filhas e com um trabalho estável onde perde os dias. No entanto, não é feliz.

Durante anos Maria coloca em papel as palavras que lhe intoxicam a alma e que são a descrição de um amor impossível, que a acompanha desde sempre, num crescimento e formação pessoal.

Este livro é a descrição dos anos que passam por entre a vida, num sentimento lúgubre de ausência, abandono, inutilidade e amor obsessivo e um acompanhamento da perda das suas capacidades mentais e físicas até lhe ser dada a perceber a real dimensão do sentimento que a consome.

A minha opinião

Não posso precisar o dia em que a Vera me falou, a primeira vez, no livro que ia começar a escrever. Sei que, conhecendo a escrita dela como conheço, fiquei ansiosa por o começar a ler e pedi-lhe, por tudo, que me fosse enviando conforme fosse escrevendo. E ela, que é uma querida (mas não lhe digam nada) assim fez.

E, definitivamente, apesar de esperar qualidade, a verdade é que fui surpreendida pela excelência. Posso contar-vos que, acho que foi na segunda remessa de texto, após receber o texto, comecei a ler às 23h, pensando que só ia ler um bocadinho antes de ir dormir. Pois… li até ao fim e fiquei aborrecida por terminar ali. Quando, finalmente, recebi a versão final, li todas as páginas de seguida e sem intervalo.

Chama-lhe Amor é um diário. O diário de Maria, uma tipa comum que, no Sábado, foi calçar umas meias, e que se apaixona de uma forma intensa. 

Todos devíamos amar com a intensidade com que Maria se apaixona e como vive esse amor. Porque não há amores errados ou pessoas erradas. E é isso que vamos pensando enquanto Maria nos vai descrevendo como passa os dias e como se sente em relação a este amor.

Se esperam um romance leve, um romance que não vos obrigue a pensar, então este é o livro errado. Como o amor de Maria, este é um livro que nos leva a reflectir sobre a dimensão do amor e da mente humana. Mais não fosse por isso e valeria cada palavra nele escrita. Juntemos-lhe a concretização dum sonho da Vera e temos este Chama-lhe Amor. Leiam e depois digam-me se não tenho razão.

 

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