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Os 10 livros mais traduzidos da história

por Magda L Pais, em 27.10.15
1 – A Bíblia
O livro mais vendido da história é também o que foi mais vezes traduzido. Está, neste momento, traduzido em 2883 idiomas. "O Velho Testamento” foi traduzido para 1329 línguas diferentes e “O Novo Testamento” para 531 línguas.
Não existe uma tradução original. A Bíblia foi escrita em diversas línguas, incluindo línguas mortas como o aramaico.
 

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2 - Pinóquio (1883), de Carlo Collodi

A história que conhecemos do boneco de madeira que quer ser criança é um pouco diferente da original escrita em italiano. O livro foi traduzida para 260 idiomas e também já foi adaptado ao cinema.

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3 – O principezinho (1943), de Antoine Saint Expéry

Um lindo clássico da literatura que devia ser lido por todas as criança e por todos os adultos. Foi escrito em francês e já foi traduzido para 253 idiomas diferentes. Também já foi adaptado para o cinema diversas vezes.

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4 – O Peregrino (1678), John Bunyan

Um livro que mistura aspectos históricos e teologia dentro de um relato de ficção. A obra está disponível em 200 idiomas.

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5 - Alice no País das Maravilhas (1865), de Lewis Carroll

Um livro classificado para adolescentes, e que é considerado um labirinto filosófico. Escrito originalmente em inglês, foi traduzido para 174 idiomas e adaptado diversas vezes ao cinema.
 

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6 – Contos de Christian Andersen (1835 -1852), de Hans Christian Andersen

Trata-se duma das maiores colecções de contos de fadas, alguns dos quais bastante conhecidos. A obra original foi escrita em dinamarquês, mas as traduções chegam a 153 idiomas. Muitas dessas histórias foram adaptadas ao cinema, inclusive pela Disney.

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7- Vinte Mil Léguas Submarinas (1870),  de Julio Verne

Julio Verne publicou uma série de livros de ciência e ficção, mas este foi o livro que o tornou mais popular. Podemos encontrá-lo em 148 idiomas e a obra também foi adaptada para o cinema.

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8 – Asteríx (1959-2010), de René Goscinny e Albert Uderzo

A obra é composta por diversos livros de banda desenhada escrita em francês. Com bom humor, conta as histórias de guerreiros gauleses que resistem à invasão romana. A obra foi traduzida para 112 idiomas e também chegou ao cinema.

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9 - As Aventuras de TinTim (1929-1976), de Hergé

TinTim é um jovem jornalista que adora resolver mistérios. A obra foi escrita em francês e reúne vários livros de banda desenhada. Já foi traduzida para 96 idiomas, tem desenhos animados e até mesmo um filme.

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10 - Pippi das Meias Altas (1945), de Astrid Lindgen

Um livro de origem sueca que conta as aventuras de Pippi das Meias Altas, uma jovem com uma personalidade especial. O livro já foi traduzido para 70 idiomas e também adaptado ao cinema e a televisão.
 

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 fonte

Ódios literários: o outro lado dos livros

por Magda L Pais, em 27.10.15

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A M* fez-me pensar nos Ódios literários: o outro lado dos livros. Porque, afinal - e como em tudo na vida - também nos livros há coisas que não gostamos, que odiamos até. Porque não tenhamos ilusões. Nem tudo são rosas nos livros. Podemos amar os livros, podemos ler para viver (e quase viver para ler) mas também podemos não gostar de um ou outro livro, ou de uma ou outra parte dum livro.

Personagem masculina que menos gostei... 

É difícil escolher apenas uma personagem masculina no romance O Asteca de Gary Jennings, publicado em Portugal dividido em dois volumes - Orgulho Asteca e Sangue Asteca.

São vários os homens que, ao longo do livro, despertam sentimentos de ódio ou de raiva, desde o jovem que se enamora da irmã de Mixtli mas que, como não é correspondido, desgraça toda a família da jovem ou o padre que ouve a história do Asteca e que acaba por o condenar à morte sem esperar pela decisão do Rei de Espanha.

Ainda assim, creiam-me, são excelentes livros que continuo a recomendar, especialmente a quem goste de romances históricos (ainda que violentos).

Personagem feminina que menos gostei...

É, de novo, n'O Asteca de Gary Jennings que encontro uma das personagens femininas que não gostei. Lua que Espera, irmã de Zyanya, a mulher de Mixtli. Lua que Espera inferniza a vida de Mixtili, de Zyanya e da filha de ambos, por achar que Mixtili devia ter casado com ela - não por amor mas por ela ser a mais velha.

E aqui tenho de ir ao encontro da opinião da M*. Margo, a jovem que é uma das personagens principais em Cidades de Papel

É claro que o livro, sem Margo, não existiria - afinal é a busca por Margo que serve de mote a todo o livro. Mas a verdade é que Margo é egoísta e mimada e a que só se interessa por ela própria.

O/A vilão/ã mais odiado/a...

Sem eles os livros não teriam qualquer sentido e, muito provavelmente, não teriam o sucesso que tiveram. Falo, é claro, de Voldemort (Harry Potter)

e de Sauroman (O Senhor dos Anéis)

Ambos dispensam apresentações e ambos serão, talvez, os vilões mais amados de sempre.

Claro que, depois de ter lido o livro Mil Sóis Resplandecentes percebo o ódio que a M* tem a Rashid (que, aliás, é o meu também) mas, tal como os anteriores, sem ele o livro não teria o mesmo impacto.

 Um livro que li de capa feia...

Se vos dizer que não ligo muito às capas, vocês acreditam? E se vos dizer que, quando estou a escrever os posts com as críticas tenho de ir confirmar se a capa é mesmo aquela? é talvez um problema, mas a verdade é que, como uso uma capa de pano para proteger os livros que leio (e tudo porque eles andam comigo na mala para todo o lado, com as normais consequencias para as capas), acabo por me esquecer das capas dos livros. Opto, por isso, por saltar esta pergunta porque, para mim, todos os livros tem uma capa azul com bolinhas brancas ou uma capa vermelha com estrelas brancas.

 A dupla de personagens que menos gostei...

É no Voo Final que encontramos a dupla que menos gostei. Talvez por também não ter gostado lá muito do livro.

Hermia e Harald, ambos desinteressantes, pouco desenvolvidos... este livro foi uma desilusão para mim, não obstante Ken Follett ser um dos meus escritores favoritos.

Um livro que achei que não iria gostar e, no final, adorei...

Jane Eyre é um excelente exemplo.

Tenho de confessar que, apesar das recomendações, tive algum receio ao ler as primeiras páginas. Mas, ao fim do primeiro capitulo estava quase rendida.

Um livro que pensei que iria adorar mas que, na verdade, me decepcionou...

Os Caçadores de Livros é o exemplo mais recente.

A capa atraiu-me, a sinopse idem mas, ao fim de 80 páginas desisti. Nada me conseguiu prender ao livro...

O final de uma saga mais decepcionante...

Sou a primeira a reconhecer (e a batalhar para que outros reconheçam) que o final desta saga é o mais lógico e que, desde as primeiras linhas, que somos preparados para o fim.

Seja como for, apesar de tudo isso, de facto senti-me decepcionada com o final desta trilogia juvenil.

O pior livro que já li...

Há livros que, pura e simplesmente, não foram escritos para que eu os lesse. E, nesses casos, quando tento e não consigo, pura e simplesmente ponho de parte e não volto a tentar. Tenho vários, na estante, em que isso aconteceu - comprei porque a sinopse me interessava, porque alguém falou bem, porque as criticas eram boas. Mas quando comecei a ler percebi que afinal não tinha sido escrito para que eu o lesse. Não posso, em consciência, dizer que um é pior que o outro. Nem sequer dizer que são livros maus. Não sou a dona da verdade - nem nos livros nem na vida - e o que não presta para mim pode prestar para outros. Escuso-me, por isso, a enumerar aqui todos aqueles que comecei mas não acabei.

O livro que está na moda, todos adoraram, mas tu não...

Não li. Li apenas excertos que me levaram a decidir não ler a trilogia nem sequer a pensar nisso. Falo, claro, do fenómeno (inexplicável para mim) das Cinquenta Sombras

 E vocês, quais são os vossos ódios literários?

Os livros são mudados pelas traduções?

por Magda L Pais, em 26.10.15

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Confesso aqui em público (acho que já o fiz várias vezes, mas pronto, faço esta confissão de novo) que, apesar de perceber bastante bem a língua inglesa, não gosto de ler livros em inglês. É a pura da preguiça a vir ao de cima.

Reconheço, no entanto, que se perde bastante com a tradução. Claro que, quanto maior qualidade tiver a tradução, menor são as perdas mas, ainda assim, elas existem.

Lembro-me, por exemplo, duns livros que comprei numa conceituada editora e que vinham tão mal traduzidos que cheguei a enviar-lhes um email sobre isso. Uma coisa é um erro ou outro, somos todos humanos e todos podemos falhar, outra coisa é uma tradução ter falhas de tal modo graves que conseguiram chegar ao ponto de baralhar a história.

Normalmente percebo que há asneiras grossas nas traduções quando vejo a palavra eventualmente utilizada de forma errada. É um erro de principiante e de quem está a traduzir quase à letra – o que, supostamente, não devia acontecer a este nível – e que resulta numa quase vontade de atirar o livro à cabeça do tradutor e do editor. Literalmente!

Mas, como em tudo, há outro lado mais estranho. Já não sei quem me disse – e isto aqui é mesmo um dizquedisse – que, no caso das 50 Sombras, a versão portuguesa consegue ser melhor que a inglesa porque os tradutores lhe deram um “jeitinho”. Isto, a ser verdade, é, para mim, tão mau como traduzir mal. Vamos lá pensar. Se eu compro um livro dum determinado escritor, porque é dele que gosto, porque terei eu de ler um livro escrito pelo tradutor?

Quer com uma má tradução, quer com uma tradução melhorada, o que acontece, na realidade, é que deixo de ler o que o autor quis e passo a ler o que o tradutor achou. Não me agrada.

Felizmente não são muitos os casos em que isto acontece e, por isso, creio que continuarei a ser preguiçosa o suficiente para ler apenas em português. É mais ou menos como os ebooks… apesar de perceber que são mais fáceis de “usar”, continuo a preferir em papel.

Manias…

O Viajante do Século

por Magda L Pais, em 26.10.15

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O Viajante do Século de Andrés Neuman

Editado em 2010 pela editora Alfaguara Portugal

ISBN: 9789896720223

Sinopse

Um viajante enigmático. Uma cidade em forma de labirinto da qual parece impossível sair. Hans, o cidadão errante que carrega o mundo inteiro dentro da mala de viagem, está prestes a partir de Wandernburgo quando conhece um velho tocador de realejo que o impede de deixar a cidade. Este encontro mudará irreversivelmente o destino de Hans, que vai ficando pela cidade onde as ruas que mudam de sítio o levam ao encontro de Sophie.

O resto é amor e literatura: um amor memorável, que agita camas e livros de igual modo; e um mundo imaginário, que condensa, em pequena escala, os conflitos da Europa moderna.

A minha opinião

Este seria um daqueles livros que eu não teria lido se não falasse tanto sobre livros. No outro dia estive quase duas horas a conversar com um cliente. Dez minutos, se tanto, foi a tratar do assunto que o tinha lá levado, o resto foi a trocarmos impressões sobre livros. E ele falou-me deste e disse-me que me haveria de o emprestar. Saiu, e passados uns minutos, estava de novo ao pé de mim com ele. Eu ia começar um livro naquele dia, por isso desisti dele e peguei neste.

Não me arrependi.

Não posso, em consciência, dizer que é o melhor livro que já li. Mas é um livro muito bom, com uma história invulgar e alguns momentos marcantes.

Hanz é um viajante que nunca fica muito tempo em cada cidade. Quando chega a Wandernburgo pensa demorar-se apenas meia dúzia de dias, se tanto. No entanto Wandernburgo é uma cidade diferente. Ou, melhor dizendo, é uma cidade que todos os dias é diferente. E desta cidade são raras as pessoas que chegam e se vão embora. Hanz não é excepção. A amizade que, aos poucos, o vai unindo ao velho tocador de realejo ajudam-no a ver as coisas de forma diferente, assim como a amizade com Alvaro (que, segundo o próprio, está de passagem em Wandernburgo há quase 17 anos…).

Sophie está noiva de Rudi mas, quando conhece Hanz, percebe que, afinal, amor é o que sente por Hanz. Dispõe-se, por isso, e com a desculpa das traduções de poemas estrangeiros, a encontrar-se, em segredo, com Hanz, o que acaba por levantar suspeitas em toda a cidade.

Resta, a Hanz, decidir se fica em Wandernburgo e mantêm uma relação adúltera, numa cidade onde tudo se sabe – menos o caminho para chegar a algum lado – ou se vai embora.

Para além desta citação, houve outra que gostei imenso. A da lenda dos sonhos:

E se os sonhos das pessoas que se amam estivessem unidos enquanto dormem por fios muito finos? Uns fios que movessem as personagens dos seus sonhos como marionetas por cima das suas cabeças, manejando as suas fantasias para que, ao acordar, uns pensem nos outros?

Escrever

por Magda L Pais, em 22.10.15

Escrever é um acto de contínua aprendizagem. E falo aqui escrever nas vertentes criativas, seja como blogger (é assim que se escreve?), como autor dum livro (ou de vários) ou como jornalista. Enfim, em todas as vertentes.

É precisamente por isso, porque também a escrever se aprende todos os dias, que me faz tanta confusão ver por ai autores/escritores/bloggers que agem de forma arrogante, achando‑se superior a todos os outros. Que não aceitam críticas e não reconhecem que, por melhores que sejam (e alguns nem sequer o são), podem sempre melhorar se ouvirem as opiniões de quem os rodeia.

Escrever é – ou devia ser – um acto de partilha. Escrever sem egoísmo, com humildade e com respeito. Respeito e consideração por quem lê e por quem se dá ao trabalho de nos dar a sua opinião.

Pena é que nem todos pensam assim. E mesmo que não os vejamos pessoalmente, basta ler o que escrevem para perceber que a arrogância com que o fazem não os deixa crescer e serem tão grandes quanto julgam que são.




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