A Livraria dos Finais Felizes de Katarina Bivald
Editado em 2016 pela Suma de Letras
ISBN: 9789896650704
Sinopse
Bestseller do The New York Times
“Uma história comovente sobre o poder transformador da literatura.” Revista People
“Originalmente cativante.... doce, peculiar.” Jornal The Washington Post
Se a vida fosse um romance, o da Sara certamente não seria um livro de aventuras. Em vinte e oito anos nunca saiu da Suécia e nenhum encontro do destino desarrumou a sua existência. Tímida e insegura, só se sente à vontade na companhia de um bom livro e os seus melhores amigos são as personagens criadas pela imaginação dos escritores, que a fazem viver sonhos, viagens e paixões. Mas tudo muda no dia em que recebe uma carta de uma pequena cidade perdida no meio do Iowa e com um nome estranho: Broken Wheel. A remetente é uma tal Amy, uma americana de 65 anos que lhe envia um livro. E assim começa entre as duas uma correspondência afectuosa e sincera. Depois de uma intensa troca de cartas e livros, Sara consegue juntar o dinheiro para atravessar o oceano e encontrar a sua querida amiga. No entanto, Amy não está à sua espera, o seu final, infelizmente, veio mais cedo do que o esperado. E enquanto os excêntricos habitantes, de quem Amy tanto lhe tinha falado, tomam conta da assustada turista (a primeira na história de Broken Wheel), Sara decide retribuir a bondade iniciando-os no prazer da leitura. Porque rapidamente percebe que Broken Wheel precisa de um pouco de aventura, uma dose de auto-ajuda e, talvez, um pouco de romance. Em suma, esta é uma cidade que precisa de uma livraria. E Sara, que sempre preferiu os livros às pessoas, naquela aldeia de poucas gente, mas de grande coração, encontrará amizade, amor e emoções para viver. E finalmente será a verdadeira protagonista da sua vida.
A minha opinião
Quando andei a passear na Bertrand (entre outras lojas) a semana passada - e tudo porque
NÃO sei organizar uma festa surpresa, este era um dos livros que estava em destaque. Entrei na livraria, vi o titulo e o subtítulo -
há sempre um livro para cada pessoa e uma pessoa para cada livro - e apaixonei-me. Tirei uma fotografia da capa (lindíssima por sinal) para depois o procurar por ai e continuei na minha volta pela livraria. Depois lá parei ao pé do livro de novo e diz-me o marido: porque andas aqui a rondar e não pegas nele de vez? porque tenho medo de não o largar, pensei eu. E foi exactamente isso que aconteceu quando peguei nele. Não o larguei. Ou talvez o tenha largado o tempo suficiente apenas para que fosse registado na caixa.
Aos 28 anos Sara vive com e para os livros. Quando a livraria onde trabalha fecha, Sara decide atravessar o mundo para ir conhecer Amy, uma amiga com quem tem trocado várias cartas e, claro, livros. Só que, quando chega a Broken Wheel, Amy morreu e Sara não conhece mais ninguém. Mas os habitantes conhecem-na e fazem questão de a receber e de a tratar como sabem que Amy desejaria. Sara descobre então que há vida para além dos livros ao mesmo tempo que percebe que não há, em Broken Wheel, hábitos de leitura. Resolve, por isso, mostrar aos seus novos amigos que há um livro para cada pessoa.
Poucas vezes senti que a minha paixão pela leitura e pelos livros estaria tão bem retratada num livro. Poucas vezes partilhei tanto em comum com um livro ou uma personagem como me senti com Sara. Mais que um livro, a Livraria dos Finais Felizes é uma declaração de amor aos livros, à literatura e a prova de que os livros podem mudar a vida duma pessoa (ou duma comunidade como é o caso de Broken Wheel).
São poucos, muito poucos, os livros que sinto vontade de reler. Não de seguida mas sim uns anos mais tarde, como forma de recordar a história e para me reaproximar dos amigos que vivem nesses livros. Com a Livraria dos Finais Felizes não é isso que se passa. Acabei-o à momentos e logo, quando regressar a casa, vou recomeçar de novo.
Por fim e porque esta opinião já vai longa, queria ainda contar-vos que, tal como a amizade de Amy e Sara nasceu por causa dos livros, também eu ganhei algumas amizades reais por causa da literatura. (Curiosamente uma delas chama-se Sara). Não que troquemos livros mas trocamos opiniões, sugestões e, acima de tudo, partilhamos a mesma paixão - os livros.