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Quem gosta de ler que atire a primeira pedra se nunca pediu uma refeição que se possa comer só com um garfo ou uma colher para poder ler melhor. Ou quem nunca usou a carteira, o telemóvel, o rebordo do prato ou o suporte dos guardanapos para segurar o livro enquanto come. Ou quem nunca desistiu de ler para poder comer.
Pois que parece que esses dias terminaram... Estes suportes são fantásticos para essas situações.
Podem encontrá-los à venda aqui e aqui
Pela minha parte... já encomendei!
Se não me falha a memória, foi em finais de Novembro que a MJ, actual CEO do grupo, nos lançou o desafio de trocar livros. Cada pessoa emprestaria um livro para o desafio, sendo que o livro circularia entre as diversas participantes para leitura. Um livro por mês, sem nunca sabermos o que nos chegaria às mãos.
Livros, leitura... porque haveria eu de dizer que não? Além disso era (e está a ser) uma excelente oportunidade para conhecer autores que, doutra forma não leria. E até agora tem corrido tão bem que não considerei, sequer, a hipótese de desistir.
Os livros que li até agora foram:
A Contadora de Filmes de Hernán Rivera Letelier
A Pérola de John Steinbeck
Lua de Mel em Paris de Elizabeth Adler
Navegador Solitário de João Aguiar
A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón
Também me coube em sorte A Tragédia da Rua das Flores de Eça de Queiroz. Estava tremendamente entusiasmada porque seria a minha primeira experiência com Eça mas infelizmente a parte gráfica do livro fez com que não o conseguisse ler. Lia uma ou duas páginas e ficava com uma tremenda dor de cabeça. Devolvi-o dentro do prazo sem o ler mas já consegui arranjar uma versão com maior qualidade que irei ler dentro em breve.
Cabe-me, para este mês, Adultério de Paulo Coelho. Já li dois ou três livros deste autor, há muitos anos e não fiquei propriamente fã. Mas lerei, claro, porque é esse o intuito deste grupo - ler os livros que nos calham em sorte. Até porque tem esta passagem marcada pela Sandra:
Depois duma certa idade, passamos a usar uma máscara de segurança e certezas. Com o tempo, essa máscara agarra-se ao rosto e não sai mais.
Da minha parte enviei um livro difícil. Cloud Atlas. Enviei-o porque é um livro de que gosto bastante, pouco divulgado (apesar do filme). Percebi, no entanto, que, apesar de eu ter adorado o livro, tem havido algumas pessoas que o acharam demasiado pesado e de difícil leitura. Terei isso em atenção na segunda volta do livro secreto (espero que se realize!) e escolherei um livro mais simples (mas bom à mesma). Talvez As Serviçais, Furiosamente Feliz ou A Menina dos Meus Olhos.
Dos livros já lidos, seguramente que A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón é o melhor de todos. Ao ponto de fazer parte do top5 das minhas leituras de sempre. Não posso, em consciência, escolher (pelo menos até agora) o que menos gostei porque, de todos, de uma forma ou outra, acabei por gostar.
Balanço final: bastante positivo e a desejar que continue!
Pura Malícia de Jill Mansell
Editado pela Chá das Cinco em 2011
Rir é sempre o melhor remédio e, depois da trilogia As faces de Victoria Bergman estava mesmo a precisar dum livro que me deixasse bem-disposta. Jill Mansell é A opção nestes momentos e Pura Malícia não desiludiu.
Jill Mansell é perita em romances leves, divertidos, com finais felizes e personagens imperfeitas. Nada de demasiado profundo para não estragar e isso torna estes livros bastante apetecíveis quando queremos desanuviar duma leitura pesada.
Neste romance encontramos a história de três mulheres. Janey e Maxime, duas irmãs diferentes como a água e vinho e Thea, a mãe de ambas. Os romances das três vão-se interligar duma forma ternurenta e hilariante, sendo que, no caso de Thea, percebemos que, afinal, o amor não escolhe idades.
Para quem nunca leu esta autora, este livro pode ser um bom começo.
As Instruções da Pitonisa de Erik Axl Sund
As Faces de Victoria Bergman - Livro III
ISBN: 9789722528825
O mundo é um lugar esplêndido que merece que se lute por ele
Fome de Fogo de Erik Axl Sund;
As Faces de Victoria Bergman - Livro II
ISBN: 9789722528382
Editado em 2014 pela Bertrand Editora
Sinopse
Os esforços de Jeanette Kihlberg para solucionar os casos dos meninos mortos são cerceados quando um homem de negócios é assassinado em Estocolmo, naquilo que parece ser uma morte ritualista. Alguns pormenores sugerem um ato de vingança. Mas vingança de quê?
Entretanto, Jeanette continua à procura da desaparecida Victoria Bergman e as suas investigações levam-na a um colégio interno de elite, bem como à Dinamarca e a acontecimentos do seu próprio passado. Por seu turno, a psicoterapeuta Sofia Zetterlund tenta encontrar-se a si própria. À semelhança do primeiro livro desta trilogia, somos confrontados com voltas e reviravoltas e um final absolutamente inesperado.
A minha opinião
Pesado. Negro. Profundamente marcante. Estas são as palavras que podem descrever esta trilogia. O lado mais obscuro da mente humana, o crime mais hediondo que se pode cometer - a pedofilia - contado pelas crianças que o sofrem. Mas contado também pelos adultos que um dia foram crianças abusadas sexualmente pelos pais e pelos amigos dos pais. Vendidas, exploradas até ao âmago, obrigadas a dar para adopção as crianças nascidas desses abusos que, por sua vez, são abusadas pelos adoptantes.
Assustador.
Este é um dos thrillers mais pesado e mais negro que li nos últimos tempos. Mas, ao mesmo tempo, viciante. Sem grandes surpresas, confesso. Mas, ao mesmo tempo, é essa ausência de surpresas ao longo do livro que nos levam a ser ainda mais surpreendidos pelo final deste segundo volume. Creio que os autores quiseram chamar a atenção para as consequências psicológicas da pedofilia, nos danos permanentes (alguns deles físicos) que ficam nas crianças que foram abusadas. E conseguem-no. Conseguem-no de tal modo que damos connosco a olhar à volta e a pensar nas crianças que nos rodeiam e esperamos, desejamos, que nunca sintam o mesmo.
Recomendo, vivamente, a leitura. A todos.
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