por Magda L Pais, em 24.07.16
As Instruções da Pitonisa de Erik Axl Sund
As Faces de Victoria Bergman - Livro III
ISBN: 9789722528825
Editado em 2015 pela Bertrand Editora
Sinopse
Um carro é devorado pelas chamas em Tantoberget. No interior, estão os corpos carbonizados de duas mulheres, as principais suspeitas dos assassínios em série das antigas alunas do internato de Sigtuna que Victoria Bergman frequentou. Na posse de uma delas, a polícia encontrou várias polaroides dos assassinados rodeados por túlipas amarelas. A detetive Jeanette Kihlberg compreende que, sob a aparência de suicídio a loucura mortífera prossegue o seu caminho. Sofia Zetterlund mantém as sessões de autoterapia para tentar, finalmente, compreender quem realmente é. Victoria Bergman recusa-se a ser dominada e ameaça continuar. Entretanto Madeleine, pensa na sua próxima vítima. É tempo de pagar.
A minha opinião
As faces de Victoria Bergman ficam, para mim, marcadas por serem a trilogia com a temática mais pesada que alguma vez li. Não que isso lhes tire crédito, antes pelo contrário. Sinto-me arrebatada, em completo, por estes livros sendo que este último nos traz algumas reviravoltas inesperadas, comprovando que nem sempre tudo o que parece é, e às vezes nem para os próprios envolvidos. Já falei na temática da trilogia - a pedofilia e os seus efeitos a longo prazo nas crianças. A parte psicológica dos traumas. Acima de tudo são livros com uma forte componente psicológica e que, por isso, podem não agradar a toda a gente.
Mas a escrita? o que dizer da forma como estes livros estão escritos? bom, creio que o facto de ter lido os três em cinco dias demonstrará que, se a história é envolvente, a escrita também, tal como a estrutura. Entre viagens ao passado e ao presente, vários pontos de vista diferentes e locais distintos, é necessária alguma atenção para não nos perdermos. Mas no fim... no fim tudo se entende e as pontas que ficam soltas não são, de todo, fundamentais.
Termino com uma frase que aparece algures no final do livro retirada do romance de Hemingway, "Por quem os sinos dobram".
O mundo é um lugar esplêndido que merece que se lute por ele