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Harry Potter and the Cursed Child

por Magda L Pais, em 12.08.16

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Harry Potter and the Cursed Child - Parts I & II de J. K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne

Editado em 2016 por Little Brown

ISBN: 9780751565355
 
Sinopse

Based on an original new story by J.K. Rowling, Jack Thorne and John Tiffany, a new play by Jack Thorne, Harry Potter and the Cursed Child is the eighth story in the Harry Potter series and the first official Harry Potter story to be presented on stage.
The play will receive its world premiere in London’s West End on 30th July 2016. It was always difficult being Harry Potter and it isn’t much easier now that he is an overworked employee of the Ministry of Magic, a husband, and father of three school-age children. While Harry grapples with a past that refuses to stay where it belongs, his youngest son Albus must struggle with the weight of a family legacy he never wanted.
As past and present fuse ominously, both father and son learn the uncomfortable truth: sometimes, darkness comes from unexpected places.

Tradução livre da sinopse

Baseado numa nova história de J.K. Rowling, Jack Thorne e John Tiffany, uma nova peça de Jack Thorne, Harry Potter e a criança amaldiçoada é a oitava história na série Harry Potter e a primeira história oficial de Harry Potter a ser apresentada em palco e cuja estreia ocorreu no West End de Londres, em 30 de julho de 2016.

Sempre foi difícil ser Harry Potter. E agora que é um funcionário sobrecarregado do Ministério da magia, um marido e pai de três crianças em idade escolar, não está mais fácil. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar onde pertence, o seu filho do meio Albus tem de aceitar o peso do legado de família que nunca quis.

Enquanto passado e presente se fundem ameaçadoramente, tanto o pai como o filho aprendem uma verdade desconfortável: às vezes, a escuridão vem dos lugares mais inesperados.

A minha opinião

Sou fã de Harry Potter desde que li o primeiro livro. Li, não. Devorei o primeiro, devorei os outros que se seguiram. Vi os filmes. Estive nos estúdios da Warner em Londres e até entrei na plataforma 9 e 3/4

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Portanto, quando soube que este livro estava para sair, comecei logo a tremer de excitação. Mas havia um problema. O livro ia sair em inglês e eu, apesar de perceber bem e a língua inglesa, a verdade é que sou deveras preguiçosa. Nunca li livros em inglês precisamente por culpa da preguiça. Nunca vi séries ou filmes sem legendas pela mesma razão. A preguiça.

Mas Harry Potter é Harry Potter e, depois da minha gaiata ter lido o livro numa noite e me ter passado o livro para a mão dizendo: lê mãe, tens mesmo mesmo de ler, eu lá me resolvi e ontem, pelas 15h30 peguei no livro. Jantei pelo meio e, ao fim da noite já o tinha acabado. Pelo meio muitas emoções, muitos ah's e oh's e no final o mesmo sentimento: voltou a acontecer magia.

Sim, é uma peça de teatro. Sim, basicamente são diálogos. Mas quem é fã de Harry Potter sabe que a magia existe e tem o universo de Potter na memória. Ao ler o livro, de uma forma mágica, estava a ver as cenas, conseguia perceber as expressões das personagens e até os trejeitos de cada um. Esta é a magia de Harry Potter. Só precisamos dos diálogos porque o resto é o leitor que lá coloca.

Claro que, quem espera um livro com a intensidade dos outros sete, pode esperar sentado e tenha cuidado, ainda assim não ganhe raízes. Este é um guião duma peça, muito bem pensada e conseguida, que nos leva ao futuro de Harry Potter, que nos apresenta os seus filhos - que, tal como todos os adolescentes, têm crises de identidade, ciumes dos irmãos e que fazem coisas verdadeiramente estúpidas - e que nos leva de regresso a Hogwarts (no presente e no passado).

E isso só pode ser bom!

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Misery

por Magda L Pais, em 11.08.16

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Misery de Stephen King

Editado pela Bertrand Editora em 2007

ISBN: 9789722515832

Lido em 2015
 
Sinopse
Paul Sheldon, um escritor famoso de romances cor-de-rosa, acaba de "matar" Misery, a personagem que o celebrizou. Depois de o fazer tem um acidente. Quando acorda, descobre que foi salvo por uma ex-enfermeira, Anne Wilkes, que o leva para sua casa e trata dele. Anne, fanática da heroína de Paul, está furiosa com a morte ficcional de Misery. Sob tortura, obriga Sheldon a escrever um novo livro, um regresso de Misery. Paradoxalmente, este virá a ser o seu melhor livro.
 
A minha opinião
Confesso que foi o primeiro livro que li de Stephen King e nem sequer sabia que tinham feito um filme. Certo, eu sou distraída, não vale a pena baterem-me por causa disso.

Paul Sheldon é um escritor consagrado cujos romances tem, como personagem principal, Misery que ele decide matar no último livro que edita. E mata-a porque a odeia, porque sente que esses romances não são tão bons quanto poderiam ser e que Misery é uma personagem fraca. Só que Annie Wilkes, fã incondicional da série Misery (tanto que tem uma porca com esse nome) não o aceita.

Paul, quando acaba de escrever o seu novo livro (sem Misery), resolve festejar e acaba por ter um acidente de carro. Quando acorda do coma, toma consciência que está em casa de Annie, uma enfermeira reformada que o mantêm preso e que vai tratando dele, ao mesmo tempo que lhe exige que escreva um novo livro com Misery, sendo necessário que Misery seja ressuscitada de forma credível, porque Annie, apesar de louca, não aceita qualquer solução.

Paul é então obrigado a escrever para sobreviver à loucura de Annie, sempre sem saber o que o espera no dia seguinte ou mesmo no minuto a seguir, uma vez que, qualquer contrariedade pode alterar o estado de espirito de Annie. E é às ordens de Annie que Paul escreve aquele que será o melhor (no entender dele) livro da série Misery. Resta saber se Paul sobreviverá para o poder editar e em que condições estará nessa altura.

Sendo que este livro deu aso a um filme de terror, eu vou confessar que nem o achei tão de terror assim, excepto numa parte que envolve um machado e uma perna (e como hoje é dia de confessionário, pelos vistos, confesso ainda que esta parte tive de saltar ou ia direitinha ter com a minha amiga sanita para vomitar). Suspense sim, muito, até porque Sheldon passa, literalmente, as passinhas do Algarve, com Annie.

Não direi que é o melhor livro de sempre, mas direi que é um excelente livro de estreia para quem, como eu, não conhecia Stephen King. Não foram poucas as vezes em que, ao almoço, me distrai com o livro e cheguei mais tarde ao trabalho. E ontem, quando estava na recta final, optei por sair mais tarde para ir para a praia para não ter de interromper a leitura.

Se não o leram ainda, não percam mais tempo. Não sabem o que estarão a perder se não o lerem.

Uma melodia inesperada

por Magda L Pais, em 10.08.16

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Uma Melodia Inesperada de Jodi Picoult

Edição 2011 pela Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722633840
Lido em 2014
 
Sinopse
Zoe Baxter passou dez anos a tentar engravidar e, quando parece que este sonho está prestes a realizar-se, a tragédia destrói o seu mundo. Como consequência da perda e do divórcio, Zoe mergulha na carreira como terapeuta musical. Ao trabalhar com Vanessa, o relacionamento profissional entre as duas transforma-se numa amizade e depois, para surpresa de Zoe, em amor. Quando Zoe começa a pensar de novo em formar família, lembra-se de que ainda há embriões dela e de Max congelados que nunca foram usados.
 
A minha opinião
Depois de ouvir ler a Nathy falar tanto dos livros da Jodi Picoult, fiquei curiosa para ler alguma coisa desta autora. Por sugestão da Nathy escolhi este como primeiro e confesso que não me arrependi nem um pouco.
Zoe é terapeuta musical e Max é jardineiro no verão e limpa neves no inverno. Após 10 anos de casamento estão, finalmente, a viver uma gravidez. Foram precisos vários tratamentos e algumas fertilizações in vitro para que Zoe chegue, finalmente, às 28 semanas de gravidez e tudo indica que conseguirá levar a gravidez até ao fim. 10 anos depois do seu casamento, as amizades foram sendo perdidas - afinal Zoe e Max eram o único casal sem filhos e a passar por todo o processo de infertilidade. Ver os amigos e amigas a serem pais era demasiado doloroso para ambos.
Quando a mãe de Zoe resolve oferecer o chá de bebé, são as pessoas com quem Zoe se relaciona profissionalmente que são convidadas e, entre elas, está Vanessa, uma psicóloga escolar. E é precisamente enquanto decorre o chá de bebé que Zoe aborta. Apesar de infelicíssima com esta situação, Zoe está na disposição de tentar de novo após o aborto mas Max, sentindo-se posto de parte, a única coisa que quer é o divorcio.
Após o divórcio, Vanessa e Zoe começam a trabalhar juntas para ajudar Lucy, uma adolescente deprimida que já tentou cometer suicídio diversas vezes. O que começa por ser uma relação profissional torna-se, aos poucos, numa amizade que acaba por desabrochar em amor, para surpresa de ambas. Vanessa sempre soube que era lésbica. Mas, no seu entender, a pior coisa que pode acontecer a um homossexual é apaixonar-se por alguém que não o seja. Afinal, como ela própria diz: 
A primeira vez que isso acontece, pensamos: "sou capaz de mudá-la (...). E, invariavelmente, acabamos com uma relação desfeita ou até um coração desfeito.
E aqui entre nós, isto é válido para todas as relações. As pessoas não mudam assim tanto.
Voltando ao livro, Zoe demora mais tempo a perceber o que sente por Vanessa. Mas quando o faz, descobre que encontrou, ao lado de Vanessa, o amor que sempre quis, que precisava e que não sabia que existia. E quando casam, a vida é perfeita para Zoe. Excepto por não ter um filho - afinal sonhou com isso toda a sua vida. Lembra-se então que, do último tratamento de fertilidade sobraram embriões, que lhe pertencem e de Max, viáveis e que podem ser implantados em Vanessa de modo a que tenham um filho em comum.
Contacta então Max para que ele autorize a implantação dum embrião em Vanessa. Mas Max, que se tornou membro duma igreja, não o aceita.
Este livro aborda, com mestria, a eterna luta entre alguns membros da igreja que, por mais que lhes mostrem que estão errados, não aceitam nem a homossexualidade nem a adopção de crianças por casais do mesmo sexo, usando argumentos retrógrados e muitos deles sem qualquer fundamento. Mostra-nos também que o amor, o verdadeiro amor, vence os preconceitos - a mãe de Zoe começa por não aceitar muito bem a relação da filha com outra mulher mas acaba por perceber que, mais importante do que a pessoa por quem Zoe está apaixonada, é a filha estar feliz.
Confesso que, inicialmente, me custou a ler. Não pela escrita mas pelo tema da infertilidade num casal. Porque a minha irmã mais nova viveu esse problema. Felizmente, ao contrário de Zoe, com um final feliz (vejam aqui e aqui a história se quiserem). Por outro lado, a não aceitação da homossexualidade também me toca. Tenho alguns amigos homossexuais e que tiveram muita dificuldade em serem aceites, por "amigos" e por alguns familiares (se calhar deviam aprender alguma coisa com a mãe da Zoe).
Pelo tratamento destes dois temas, polémicos, de uma forma leve, sem preconceitos, sem melindrar, sem chocar, mostrando os prós e os contras de cada um dos lados, e pela forma como está escrito, considero que foi um inicio duma longa amizade literária entre mim e a autora. Obrigado Nathy por nos teres apresentado.!

Pokémon Go Book Tag

por Magda L Pais, em 09.08.16

Encontrei este desafio nas Encruzilhadas literárias e, como ando numa de caçar gambozinos, também, achei que seria engraçado responder.

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Quem quiser copiar, esteja à vontade. Pode ter havido algum erro de tradução mas, se assim for, corrijam-me.

Ora então vamos lá a isto:

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Starters O livro que te fez apaixonar pela leitura

Pois, temos aqui um problema. Não me lembro como começou a minha paixão pela leitura. Lembro-me de ler desde sempre. Provavelmente apaixonei-me pela leitura no dia em que peguei num livro pela primeira vez. Amor à primeira vista e ainda em chama acessa. 

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Pikachu Um clássico que irás sempre gostar

São dois os meus clássicos favoritos: Mulherzinhas de Louisa May Alcott e A Princesinha de Frances Hodgson Burnett

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Zubat Um livro que perdeste o interesse porque está, literalmente, em todo o lado

Não sou muito fã de livros da moda. Por isso, às vezes, quanto mais publicidade um livro tenha, menos vontade tenho de o ler. Mas há uma série da qual me desinteressei e que talvez caiba neste ponto - Guerra dos Tronos de George R. R. Martin

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Ditto um livro que te lembra outros livros mas que, ainda assim, gostas imenso

Cidades de Papel de John Green. Todos os livros deste autor rodam à volta dos mesmos temas, tendo eu, às vezes, a sensação que todos falam do mesmo grupo de adolescentes. Mas este gostei especialmente por o considerar uma ode à amizade.

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Snorlax um livro ou uma série que ainda não leste por causa do tamanho

Ainda não li mas hei-de ler. Guerra e Paz de Tolstoi. É enorme mas inspira-me imensa confiança.

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Gengar Um livro que te manteve acordado à noite

A Ilha das Trevas de José Rodrigues dos Santos. A Bibliotecária de Auschwitz de António Iturbe. Ambos baseados em factos reais e que me deixaram a pensar no nível de maldade a que um ser humano pode chegar

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Nidoking/Queen o casal perfeito

Morgaine e Artur- amantes, irmãos e inimigos - naquela que é a minha série favorita e que tive oportunidade de reler nas últimas férias

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Rapidash um livro que leste muito rapidamente

O Silêncio do Mar de Yrsa Sigurðardóttir. Excelente livro, um dos melhores que li este ano

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Eevee séries que não ficas farta ou que não te importas de ver as continuações

Harry Potter, naturalmente. Mas também Os Outros de Anne Bishop

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Poke-Egg um livro de estreia pelo qual estás entusiasmado

Órfão X de Gregg Hurwitz inspira-me bastante confiança, quero ler logo que possível.

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Lure Module Um autor que compras imediatamente

Anne Bishop e Joël Dicker

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Legendary uma série demasiado publicitada mas que, mesmo assim, queres muito ler

O Lar da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares de Ransom Riggs e a continuação

 

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Server's Down Um livro cujo lançamento estás à espera desde sempre

Não será tanto um livro mas sim vários. Gary Jennings escreveu O Asteca, um dos melhores livros que já li e gostava de continuar a ler livros deste autor. Infelizmente só este foi editado em Portugal

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Magikarp Um livro ou uma série surpreendentemente fabulosa

As faces de Victoria Bergman de Erik Axl Sund ou Divergente de Veronica Roth

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Mew & Mewtwo um livro do qual gostavas de ter uma edição de coleccionador

Senhor dos Aneis, de J. R. R. Tolkien; Harry Potter, de J. K. Rowling

O Silêncio do Mar

por Magda L Pais, em 08.08.16

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O Silêncio do Mar de Yrsa Sigurðardóttir

Editado em 2016 pela Quetzal Editores

ISBN: 9789897222849

Sinopse

Um iate de luxo chega à marina de Reiquiavique sem ninguém a bordo. O que aconteceu à tripulação e à família que seguia nele quando zarpou de Lisboa? Um iate abandonado e uma jovem família desaparecida - um romance policial arrepiante pela pena da rainha do noir nórdico. O melhor e mais assustador romance que Yrsa Sigurðardóttir escreveu até hoje e um bestseller internacional.

A minha opinião

É uma frase dita vezes sem conta, às vezes sem sabermos bem porquê mas que, neste caso, se aplica. Há realmente males que vêm por bem. Na sexta feira fomos para Sesimbra para mais um fim de semana e estava tudo combinado com a Nathy para que hoje começássemos a ler um livro em conjunto. Como tinha o Adultério para ler no âmbito do Livro Secreto, ia estar na praia com umas amigas dos States e com a caça ao gambozinos, pensei que teria o fim de semana feito em termos de leitura (até porque haveria sempre a hipótese de começar, ainda no domingo, a leitura do livro em vez de segunda). Só que o livro secreto acabou por ser um verdadeiro flop e, na sexta à noite, estava sem livro para ler. Não stressei. Afinal a feira do livro de Sesimbra ainda estava a acontecer e, por isso, lá fui ter com o Rui e expliquei-lhe o que pretendia: um bom livro que se lesse rapidamente. Foi-me passado este livro para a mão e pronto, vim-me embora.

Sabem, às vezes, as coisas inesperadas são uma agradável surpresa. E não é a primeira vez que, na Feira do Livro de Sesimbra, me surpreendem com excelentes sugestões. Esta vez não foi excepção e, de novo, vejo-me encantada com uma autora que, de outra forma, nem me chamaria a atenção.

Um iate chega a Reiquiavique sem vivalma a bordo. Nem tripulantes, nem a família de um deles. O que terá acontecido naquele navio? 

Ao mesmo tempo que acompanhamos Thóra - a advogada contratada pelos pais de um dos desaparecidos - que tenta, a todo o custo, descobrir o que se passou com o filho, a nora e as netas dos seus clientes, também acompanhamos a vida no iate, permitindo-nos vislumbrar o que se passou para que todos desaparecessem.

Sendo uma autora totalmente desconhecida para mim, fiquei agradavelmente surpreendida com a escrita intensa e chocante, com a forma como, subtilmente, nos leva numa direcção para, depois, nos fazer perceber que essa era a direcção errada e que afinal, as coisas aconteceram de outra forma (ou então não). Gosto de autores que não me deixam antever o fim do livro, que me fazem suar as estopinhas para acabar a leitura, que me fazem esquecer que estou ao sol, à sombra ou ao vento. Que me fazem mergulhar nas palavras (apesar desta analogia, neste caso especifico, ser um pouco perigosa) perdendo noção das horas e de quem me rodeia.

Resumindo, se este foi o primeiro livro que li de Yrsa Sigurðardóttir, posso-vos garantir que não foi, seguramente, o último.

Por fim, quando deixei o livro... olhei em volta e o mar estava assim:

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