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Os livros que devoraram o meu pai de Afonso Cruz
ISBN: 9789722120951
Editado em 2010 pela Editorial Caminho
Sinopse
Vivaldo Bonfim é um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde está empregado. Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo. Esta é a sua verdadeira história — contada na primeira pessoa pelo filho, Elias Bonfim, que irá à procura do seu pai, percorrendo clássicos da literatura cheios de assassinos, paixões devastadoras, feras e outros perigos feitos de letras.
A minha opinião
Termino as leituras de 2016 com um autor que me deixou a pensar Para onde vão os guarda-chuvas e por quem me estou, gradualmente a encantar.
Afonso Cruz traz, no regaço dos seus livros, uma escrita diferente - em bom! - obrigando-nos a querer ler cada vez mais e a chegar ao fim dos livros (ainda mais este que é lido num trago) com desejos de continuarmos embrenhados nas suas histórias.
Este livro, pequeno em número de paginas, é grande na empatia que sentimos por Vivaldo, principalmente aqueles entre nós que tem o hábito de se perder nas páginas dum livro. Confesso que nunca pensei na hipótese de esconder os livros no meio do trabalho que faço mas seria menina para isso, não fosse dar-se o caso de gostar tanto do que faço profissionalmente.
Este é um livro seguramente mais imaginativo, mais fantasioso, menos real que Para onde vão os guarda-chuvas mas, ao mesmo tempo, mantêm-nos igualmente presos do principio ao fim. Também nós queremos saber o que aconteceu a Vivaldo Bonfim. Também nós nos queremos perder nas páginas dum romance e também nós nos entristecemos com as personagens que também nos levam a sorrir.
Os livros que devoraram o meu pai não está, para mim, ao nível do Para onde vão os guarda-chuvas. Mas a magia das letras de Afonso Cruz está lá e só por isso vale a pena ler.
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