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A Mulher do Viajante no Tempo

por Magda L Pais, em 16.04.17

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A Mulher do Viajante no Tempo de Audrey Niffenegger

ISBN: 9789722332743

Editado em 2010 pela Editorial Presença

Sinopse:

Audrey Niffenegger estreia-se na ficção com um primeiro romance absolutamente prodigioso. Revelando uma concepção inovadora do fenómeno da viagem temporal, cria um enredo intrigante e arrebatador, que alia com magistralidade a riqueza emocional a um apurado sentido do suspense. Este livro é, antes de mais, uma celebração do poder do amor sobre a tirania inflexível do tempo. Para Henry, essa inexorabilidade assume contornos estranhamente inusitados: ele é prisioneiro do tempo, mas não como o comum dos mortais. Cronos preparou-lhe uma armadilha caprichosa que o faz viajar a seu bel-prazer, para uma data e um local inesperados, onde aparece completamente desprovido de roupa ou de outros bens materiais. A Clare, sua mulher e seu grande amor, resta o papel de Penélope, de uma Penélope eternamente reiterada a cada nova partida de Henry para onde ela não pode segui-lo. Quando Clare e Henry se encontram pela primeira vez, ela é uma jovem estudante de artes plásticas de vinte anos e ele um intrépido bibliotecário de vinte e oito. Clare já o conhecia desde os seis anos… Henry acabava de a conhecer… Estranho?! Poderia parecer, não fosse a mestria de Audrey para tecer os fios do tempo com uma espantosa clareza. Intenso e fascinante, "A Mulher do Viajante no Tempo" é um livro inesquecível pela qualidade das reflexões que provoca, pela sensibilidade com que nos retrata a luta pela sobrevivência do amor no oceano alteroso do tempo. Na orla desse oceano, perscrutando o horizonte, ficará sempre Clare, à espera de um regresso anunciado…

A minha opinião

Foi talvez há 3 ou 4 anos. Estava com um ataque de renite alérgica que não me deixava em paz e a minha Bunny estava num dia mais agitado que o normal e eu, que não conseguia ler por causa da renite, peguei nela ao colo e sentei-me no sofá para a acalmar enquanto via qualquer coisa na televisão. Calhou passar por um qualquer canal e estar a começar um filme que me chamou a atenção pelo titulo: A Mulher do Viajante no Tempo. E eu, que nem sou muito de filmes, fiquei presa ao ecran. Um excelente filme, pensei eu, sem me lembrar de ir ver se havia ou não o livro.

Nunca mais pensei nisto até que a Célia falou no livro. E não pensei em mais nada senão em te-lo nas mãos para o poder ler.

Terminei ontem e não me desiludiu, antes pelo contrário.

A história de Clare e de Henry é-nos contada a duas vozes, numa espécie de diário que ambos mantém. A autora tem sempre o cuidado de dizer a data e a idade de cada um dos protagonistas, de modo a que nos possamos situar. E aos poucos conhecendo a vida de Clare que, aos 6 anos, conhece aquele que virá a ser o seu marido, apesar de Henry apenas a conhecer aos 28 anos. Henry é um viajante no tempo que nunca sabe quando viajará ou para onde, apenas sabe que viaja e que, quando chega ao destino, está nu e que não pode levar nada com ele, nem roupas nem próteses, nem dinheiro.

Sendo que Henry consegue viajar para o passado ou para o futuro - ainda que sejam apenas umas horas em cada sentido - poder-se-ia pensar que a trama se tornaria confusa ou que haveria pontas que ficassem soltas. Se há, confesso que não as encontrei (nem no filme nem no livro), havendo apenas um detalhe que poderia ser explicado de outra forma para não se ficar a pensar nele (confesso que talvez já quase no fim do livro é que encontrei a justificação para o que se passou, não porque estive lá expressa a explicação mas porque me fazia confusão que Henry não pudesse escolher para que tempo viajava mas que, a determinada altura, com um determinado acontecimento, parece-se que ele tinha escolhido a que tempo ir. Confusos? leiam que depois eu explico).

A Mulher do Viajante no Tempo é, não só um livro obrigatório mas - e acreditem que é raro eu dizer isto - também um filme a ver. Confiem em mim e vão ver que não se arrependem.

 



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