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A Sacerdotisa da Luz de Trudi Canavan
A Idade dos Cinco - Livro I
ISBN: 9789896570637
Editado em 2010 pela Editorial Planeta
Sinopse
O seu heroísmo salvou uma aldeia à beira da destruição. Agora, dez anos depois, eleita por cinco divindades, Auraya terá de testar os limites dos seus novos Dons e provar-se digna da honra e grave responsabilidade que lhe foram atribuídas. Um caminho recheado de ciladas e a amizade ilícita com um Tecedor de Sonhos - membro de uma seita proscrita de curandeiros - poderão pôr em risco o seu futuro, e, com ele, o destino de toda a Ithania do Norte. Vindos do Sul, misteriosos feiticeiros negros lideram um exército de feras, homens e semideuses. À medida que os invasores se aproximam da fronteira, vencendo todas as barreiras naturais, Auraya e os seus companheiros trabalham incansavelmente para selar alianças e unir todos os povos do Norte. O tempo, porém, escasseia...
A minha opinião
Em 2014 li, pela primeira vez, este livro. Depois comprei os dois livros seguintes mas não os cheguei a ler. Por este ou aquele livro que se atravessaram à frente, por um ou outro que tinha mesmo mesmo de ler... resultado, quando agora quis, finalmente, retomar a trilogia A Idade dos Cinco não tive outro remédio senão começar pelo primeiro para recuperar a história da qual só me lembrava em traços demasiado largos.
Gosto, confesso, da forma como Trudi Canavan dá voz às mulheres, como as torna mais fortes, como as torna capazes de tomar as rédeas do seu próprio destino (sem vergonhas como no caso de Emmerahl que se torna prostituta), claramente modernizando as suas personagens. Já o tinha notado na A Trilogia do Mágico Negro com Sonea, agora na Idade dos Cinco esse traço característico alarga-se a Emmerahl e a Auraya ou mesmo a Danjin.
Trudi Canavan não é Anne Bishop nem Brandon Sanderson. Mas isso não a torna menos capaz e nem os seus livros menos interessantes. Tal como Anne Bishop e Brandon Sanderson, Trudi Canavan cria um mundo, uma geografia, uma linguagem própria e diferentes seres. Acreditem que vale a pena ler.
Nem Todas as Baleias Voam de Afonso Cruz
ISBN: 9789896651275
Editado em 2016 pela Companhia das Letras
Sinopse
Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, para cativar a juventude de Leste para a causa americana. A ideia era organizar concertos com grandes nomes do jazz para lá das fronteiras do Muro e, assim, derrubar barreiras e preconceitos anti-americanos, seduzir o inimigo com a música e ganhar terra.
É neste pano de fundo que conhecemos Alex Gould, pianista exímio, apaixonado, capaz de visualizar sons e de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranhada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro, sem deixar rasto, sem deixar uma carta de despedida.
Erik Gould tentará de tudo para a reencontrar, mas não lhe restando mais esperança do que o acaso. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria..
A minha opinião
Dizem os entendidos que uma regra, para o ser, tem de ter uma excepção já que é ela - a excepção - que confirma a regra.
Para mim este livro é a excepção que confirma a regra. Tenho adorado (uns mais que outros) todos os livros que li de Afonso Cruz, sendo que, para mim, Para onde vão os guarda-chuvas é o melhor dos três que li.
Infelizmente este Nem Todas as Baleias Voam fica exactamente no oposto. A tal excepção que confirma a regra. Apesar de ter achado interessante (o suficiente para o ler até ao fim), a verdade é que me apaixonei, não me prendeu, não me trouxe o factor UAU que os outros livros deste autor me trouxeram. Talvez por ser uma escrita totalmente diferente dos outros livros, talvez pelo timing da leitura, talvez ... nem sei bem explicar porque, a história é fabulosa (foi o que mais gostei) mas a escrita, desta vez, não me prendeu como das outras vezes.
Pode ser (acredito que seja) problema meu. Para termos a certeza, leiam vocês também e digam-me o que acham. Conversemos sobre isto e, quem sabe, eu mudo de opinião.
O Quarto de Jack de Emma Donoghue
ISBN: 978-972-0-04343-6
Editado em 2016 pela Porto Editora
Sinopse
Original, poderoso e soberbo, Jack é inesquecível: a coragem e o imenso amor numa história perturbante contada pela voz da inocência.
Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho.
O quarto é um lugar que nunca vai esquecer; o mundo é um sítio que nunca mais olhará da mesma maneira.
A minha opinião
Se quisesse definir este livro numa única palavra, seria angustia. Este é, sem dúvida alguma, um livro angustiante. Porque Jack é uma criança de cinco anos que não sabe o que sentir o sol na cara, o vento, que há outras crianças como ele. Não sabe o que é correr ou molhar-se à chuva. Nunca viu um escorrega ou um baloiço. Nunca subiu ou desceu umas escadas. Não conhece outras pessoas sem ser a sua mãe. E o Nick Mafarrico que aparece, no quarto onde Jack vive, de vez em quando, mas, mesmo assim, a ele só lhe conhece a voz porque tem de ficar fechado no Guarda Fato quando ele aparece. Para Jack, o mundo reduz-se a um pequeno quarto com uma pequena clarabóia, onde a única visão do resto do mundo é através da televisão. Para Jack, o mundo é aquele quarto.
Através dos olhos de Jack, vamos percebendo como o quarto - apesar de muito pequeno - é enorme. E como o mundo - fora do quarto - pode ser assustador para quem nunca o viu.
Angustiante.
Mas também ternurento porque a história é-nos narrada por uma criança, com toda a sua inocência e ternura, sem maldade ou malícia.
E depois, quando Jack e a mãe saem, finalmente, do quarto, a mesma ternura e inocência no relato do mundo lá fora. Que assusta mas, ao mesmo tempo, atrai.
Este é um livro que - tirando a parte da fuga - se degusta devagarinho, sem a ânsia de querer saber o fim, que pode ser lido calmamente, sem aquela necessidade de se chegar ao fim para saber como acaba. E é, acima de tudo, um livro que recomendo a todos, principalmente aos que se queixam do pouco que tem, para que percebam como se consegue, do pouco, fazer muito.
O Assassino do Bobo de Robin Hobb
Saga Assassino e o Bobo nº 1
ISBN: 9789897730528
Editado em 2017 pela Saída de Emergência
Sinopse
Tomé Texugo tem levado uma vida pacífica há anos, retirado no campo na companhia da sua amada Moli, numa vasta propriedade que lhe foi agraciada por serviços leais à coroa. Mas por detrás da sua respeitável fachada de homem de meia-idade, esconde-se um passado turbulento e de violência. Na verdade, ele é FitzCavalaria Visionário, um bastardo real, utilizador de estranhas magias e assassino. Um homem que tudo arriscou pelo seu rei, com grandes perdas pessoais.
Até que, numa noite fatídica, um mensageiro chega com uma mensagem que irá transformar o seu mundo. O passado arranja sempre forma de se intrometer no presente, e os acontecimentos prodigiosos de que foi protagonista na companhia do seu grande amigo, o Bobo, vão voltar a enredá-lo. Se conseguirem, nada na sua vida ficará igual…
A minha opinião
Uau! Uau! Uau! FitzCavalaria Visionário está de volta e eu, logo que soube que ele voltar, parecia uma adolescente idiota a festejar o regresso do Amado (creio que, quem conhece esta saga irá perceber a razão desta palavra. Quem não conhecer, vai só achar que estou a precisar urgente de cuidados. Se assim for, saia uma cura pelo Talento para mim).
Divagações à parte (até porque, se é para divagar, que seja sobre qual a magia que eu preferia. Manha - a capacidade de nos unirmos mentalmente a um animal - ou Talento - demasiado complexa. Por mim seria a Manha que o Talento parece-me necessitar de mais trabalho)
Dizia eu, divagações à parte, a verdade é que, na última semana, regressei a Torre do Cedro e a Floresta Mirrada na companhia de FitzCavalaria Visionário, Don Breu, Urtiga e Moli. Faltou-me Olhos-de-Noite, o Lobo de Tomé Texugo e o Bobo. Mas, em compensação, uma nova personagem (fulcral nesta nova trama) encheu-me de alegria.
Leio sempre nos transportes públicos, enquanto almoço ou janto. Na casa de banho ou ao domingo à tarde, enquanto vegeto no sofá. Raramente leio nos elevadores ou me sento no sofá, depois de jantar a ler (excepto em período de férias) mas O Assassino do Bobo fez-me ler nesses momentos mais raros. Ou enquanto esperava na fila para pagar o pequeno almoço. Ou enquanto esperava pelo autocarro. Eu tinha de saber mais, tinha de ler mais aquela página, mais aquele capitulo, mais o livro todo. Mas, ao mesmo tempo, e enquanto sentia que o fim deste livro estava a chegar (e FitzCavalaria - estupidamente - não percebia a enigmática mensagem que recebe do seu Amado), sentia também angustia por perceber que vou estar uns meses à espera da continuação desta fantástica história. Conhecem essa sensação? a de querermos acabar um livro mas não o queremos acabar?
Agora resta-me esperar. Esperar que saia o segundo volume desta saga (que espero e desejo que não demore muito que me parece que o meu coração não aguenta). A menos que, pelo meio, saia algum livro de Anne Bishop...
(delicie-se aqui com as primeiras páginas)
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