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Pétalas ao Vento de V.C. Andrews
(Dollanganger #2)
Sinopse
Eram crianças tão valentes para suportarem tanto sofrimento. Crianças tão espertas para escaparem a tamanho terror!
Para Carrie, Chris e Cathy, o sótão era um horror sombrio que jamais lhes saia da cabeça, mesmo enquanto eles construíam vidas novas e promissoras. Naturalmente, a mãe tinha que fingir que eles não existiam. E a avó estava convencida de que eles traziam o demônio dentro de si. Mas a culpa não era deles, Era? Cathy sabia o que fazer. Agora, tinha os poderes que aprendera da linda mãe. Sabia-o pelo modo como o irmão ainda a desejava, pela maneira como o tutor a tocava, pelo jeito como todos os homens a olhavam.
Ela sabia que chegara a ocasião de colocar em prática seu conhecimento. De mostrar à mãe e à avó que o sofrimento e terror no sótão não podiam ser esquecidos… Mostrar a elas - de uma vez por todas.
A minha opinião
Depois de ter lido Herdeiros do Ódio que a Mula me emprestou – e que me deixou quase sem palavras – tinha de ler a continuação da saga dos miúdos Dollanganger. Na altura lembro-me que li o livro com um misto de horror e de curiosidade mórbida. Não que a escrita seja qualquer coisa de extraordinário (é boa mas falta-lhe qualquer coisa. Ou eu estou a ficar demasiado exigente) mas a história em si, o desenrolar dos acontecimentos e a dúvida: o que está realmente a acontecer fora do quarto?
Pétalas ao Vento responde a quase todas as questões que ficam em aberto no primeiro. O que acontecia fora do sótão, do quarto onde os quatro miúdos viviam, o que a mãe e a avó faziam e, acima de tudo, o destino de todos – mãe, avó e miúdos.
Mas, acima de tudo – e aqui pode haver alguma culpa por ter lido em ebook e numa versão brasileira – a escrita não é nada de extraordinária. Só não digo que a escrita é má porque prefiro dar o benefício da dúvida pela tradução para brasileiro e por não ser uma versão oficial do livro. Ainda assim, e apesar disso, a história continua a prender, a interessar e a vontade de, eu própria, bater em Cathy para que ela deixe de fazer asneiras atrás de asneiras, é constante.
É que, credo, bem sei que a adolescência de Cathy foi complicada – fechada num sótão, ameaçada constantemente pela mãe e pela avó, viu o seu irmão mais novo morrer envenenado pela própria mãe e avó – mas há um limite. Há um limite para os disparates e há um limite para a descoberta “foi ele que sempre amei”. É que, nas 431 páginas que este livro tem, Cathy conclui que “foi ele que sempre amei” em relação a quatro homens diferentes…
Tirando este pequeno detalhe e o facto da escrita ser minimamente aceitável, o livro vale a pena pela história. Por isso não se coíbam e leiam-na.
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