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Seduzido até Domingo

por Magda L Pais, em 20.08.17

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Seduzido até Domingo de Catherine Bybee

The Weekday Brides #6

ISBN: 9789722533638

Editado em 08-2017 pela Bertrand Editora

Sinopse

Meg Rosenthal: Casamenteira de dia, realista à noite, Meg não se vai deixar levar por um belo homem de negócios qualquer com o seu fato de designer. Foi a uma fantástica estância avaliar o potencial dessa ilha privada para a sua agência, não foi para namorar com o seu dono. Mas aquele homem tem um magnetismo qualquer a que é difícil resistir, até mesmo para uma mulher que se recusa a apaixonar-se. Valentino Masini: Homem de negócios bem sucedido e lindo de morrer, Valentino está habituado a ter o que de melhor há no mundo. No entanto, nunca quis nada com a intensidade com que quer Meg, que provocou um terramoto no seu coração. Mas justamente quando decide convencê-la a ficar, alguém decide tirar Meg da ilha… para sempre.

A minha opinião

"É um livro de gajas". "Não me parece a tua cara". "Acho que não vais gostar". Estas foram as reacções de três amigas quando viram a capa deste livro que a Bertrand enviou para a Revista Baton para que eu lesse e desse a minha opinião sincera (até porque se alguém espera encontrar aqui opiniões não sinceras, está, seguramente, no local errado).

A avaliar por estes comentários.... estava bem arranjada já que fui para uma repartição da Autoridade Tributária e não levava mais livro nenhum. Só este. E portanto lá estava eu, o livro e 15 pessoas à minha frente. Comecei o livro e, vá lá que me lembrei, de repente, que talvez fosse boa ideia olhar para o monitor para ver em que número ia. Quer dizer, na verdade, eu achei que tinha passado pouco tempo. Mas já ia no número 13, tinham passado 60 minutos e 210 páginas dum livro que alguém achou que eu não ia gostar.

Ao almoço foram mais umas quantas páginas, na viagem de regresso a casa mais umas quantas e, quando dei por isso, a minha sexta feira - que tinha começado nas Finanças com este livro - terminou com o fim do livro. Nada mau para um livro de gajas e que não era a minha cara.

Seduzido até Domingo é um romance mas também é um policial com algum suspense e uma pitada de humor. Um livro que se lê bem, uma escrita despretensiosa e interessante. Um romance que obedece à regra simples: homem conhece mulher e apaixonam-se perdidamente. Mas nada demasiado idílico, demasiado meloso ou demasiado sexo envolvido (até porque nem todos os autores sabem descrever uma cena de sexo sem a tornar pornográfica - se bem que Catherine Bybee está incluída no grupo que sabe o que faz).

Seduzido até Domingo tem as doses certas de cada um dos ingredientes e isso torna-o numa leitura agradável, num livro que nos faz sentir como se fossemos da casa e não voyeurs. Conseguir isso não é tarefa fácil mas Catherine Bybee consegue-o e até faz com que pareça ser fácil.

Este é, seguramente, um daqueles livros que não se podem julgar pela capa mas sim pelo conteúdo. E que conteúdo!

(leia aqui as primeiras páginas)

 

D - Detestaste ler

por Magda L Pais, em 18.08.17

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O filme estreou por estes dias e, confesso, estava na esperança que fosse melhor que o livro (na verdade não era dificil sê-lo). Mas a NIT diz que o filme só serve para um bocejo aqui, outro ali, mais um acolá. Falo d'O Pistoleiro, o primeiro livro da série A Torre Negra de Stephen King que é, talvez, um dos piores livros que li até ao fim. Que me desculpem os fãs desta série mas o livro é mesmo muito mau

***

Por 26 dias, eu, a JustMaria João CovasSofia GonçalvesMulaAlexandraDrama QueenCaracolGorduchitaB♥Sandra.wink.winkFátima BentoHappyCarla B. e Princesa Sofia respondemos a 26 perguntas sobre livros, tendo como mote o alfabeto. Às segundas, quartas e sextas, às 14h, não se esqueçam de cuscar as nossas respostas, em cada um dos blogs. Ou consultem aqui todos os posts publicados no Sapoblogs com esta tag (não consigo colocar aqui as tags da blogspot).

Contigo para Sempre

por Magda L Pais, em 18.08.17

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Contigo Para Sempre de Takuji Ichikawa 

ISBN: 9789722345767

Editado em 2011 pela Editorial Presença

Sinopse

Quando Mio, de vinte e nove anos, morre de doença, deixa para trás Takumi, um marido problemático, e Yuji, o filho de cinco anos. Mas um dia, enquanto estes passeiam num bosque, eis que a reencontram, confusa e sem qualquer memória do que lhe aconteceu. Mio quer saber o que esqueceu, por isso o marido conta-lhe a sua história, à medida que procura respostas para a reaparição da mulher e tenta reconciliar-se com a perspectiva de a ir perder uma segunda vez… Um romance mágico e comovente sobre o poder redentor do tempo e das recordações.

Contigo Para Sempre é a história de amor mais lida no Japão e em Hong Kong, cujo enorme sucesso inspirou um filme, uma série para a televisão e uma banda desenhada.

A minha opinião

Mais uma vez, e mesmo correndo o risco da repetição, este é um livro que, não fora o livro Secreto e eu nunca olharia duas vezes para ele. E, no entanto, é um livro fabuloso, não só sobre o amor mas também, e principalmente, sobre as opções que tomamos no dia a dia, sobre a forma como encaramos algumas situações e sobre o que poderia ter sido.

Contigo para Sempre é um livro de degustação lenta, em jeito de quem ouve uma história que já conhece bem para adormecer. Uma história que começa pelo fim, sabemos exactamente o que vai acontecer, só não sabemos como se chega lá.

Esta é uma história doce, romântica sem que, ainda assim, haja grandes declarações de amor. Sem grandes altos e baixos, sem conflitos. Um amor puro relatado num livro puro.

Um excelente livro, sem sombra de alguma dúvida.

leiam aqui as primeiras páginas

Às vezes podes julgar um livro pelo filme

por Magda L Pais, em 17.08.17

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Lá em casa ninguém gosta de ver um filme ou uma série comigo se desconfiarem que já li o livro. Não consigo perceber porquê... talvez tenha a ver com o facto de passar o filme a arengar porque, na grande maioria dos casos, a história é completamente alterada e não é respeitado o livro.

Já se sabe, um livro é sempre mais completo. Mais perfeito. Mais livro. E é quase impossível passar para um filme toda essa perfeição. Mas às vezes consegue-se (era mesmo bom que a indústria cinematográfica aprendesse com estes exemplos):

O Quarto de Jack – as diferenças entre o livro e o filme são inevitáveis. O livro é narrado por uma criança de cinco anos e a angústia que sentimos resulta - em boa parte - dos pensamentos de Jack, da forma como ele vê o mundo. A menos que o filme fosse narrado (o que era capaz de se tornar uma grande seca), esses pensamentos não se conseguem traduzir em imagens. Ainda assim foi feito um excelente trabalho.

Milagre no Rio Hudson – um caso raro em que o livro e o filme se complementam na perfeição. O livro conta-nos a história de Sully, a pessoa certo no local certo, mostrando-nos como tudo o que se passou na vida de Sully foi essencial para que, naqueles três minutos e vinte e oito segundos, ele soubesse exactamente o que fazer para salvar as 155 pessoas que iam a bordo daquele avião. Já o filme foca o trabalho da comissão de inquérito e a tentativa que fizeram para provar que Sully tinha errado (como é possível terem pensado, nem que fosse por apenas uns segundos, que tinha havido ali erro se se salvaram todos os passageiros e tripulação?). Ambos - livro e filme - são importantes.

Viver depois de ti – um excelente livro que trata um tema polémico. A eutanásia. Um excelente filme, completamente fiel ao livro. São poucos os casos em que se pode dizer que o filme é o livro, mas este Viver depois de ti é, talvez, o mais fiel dos fieis, talvez em Ex aequo com os dois que se seguem.

Um Homem Chamado Ove – um dos livros mais ternurentos que já li, um livro que nos deixa - com humor q.b. - a pensar no dia-a-dia, nas coisas realmente importantes, em como mudamos - às vezes sem querer - a vida de quem nos rodeia e na importância que - mais uma vez, às vezes sem querer - temos na vida dos outros. E que os outros tem na nossa vida. E um filme exactamente igual, em que até os actores são, em quase tudo, tal e qual como os imaginamos enquanto líamos o livro. Óscar da melhor adaptação para aqui, por favor.

A Rapariga que Roubava Livros – outra fabulosa adaptação, em que nada falha em relação ao livro. A ternura que nos inspira o livro é rigorosamente a mesma que nos inspira o filme. Mesmo que tenha a morte como narrador.

E vocês, que outros casos conhecem em que a adaptação do livro ao cinema tenha corrido tão bem que eu posso ver o filme com a família?

C - Citação literária preferida

por Magda L Pais, em 16.08.17

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Vou escolher três.

A primeira dedicada ao meu avó, tirada d'O Livro dos Baltimore de Joël Dicker;

A ternura do seu riso não me sai da memória. Bem como a sua exigência. Nem o seu modo de andar e a sua eterna elegância. (...)

Glória a ti, meu avô amado. Fica sabendo que fazes falta cá em baixo. Gosto de pensar que estás a olhar para mim aí de cima e que acompanhas o meu percurso com uma mescla de diversão e emoção. (...)

Estou-te grato por tudo o que me deste. Descansa em paz.

 A segunda dedicada aos livros, tirada do livro A Livraria dos Finais Felizes de Katarina Bivald

Sara estava convencida de que a maioria das pessoas que alguma vez pensava nela achava que os livros lhe serviam de escape.

E talvez fosse verdade. Logo no liceu, percebera que poucas pessoas prestavam atenção a quem tivesse o nariz enfiado num livro. De vez em quando, Sara tivera de levantar o olhar para se desviar de uma régua ou de um manual escolar que voava pelos ares, mas, habitualmente, não tinham sido atiradas para ela em particular, e não costumava ficar sem saber em que parte do livro ia. Enquanto os seus colegas martirizavam os outros ou eram, eles próprios, atazanados, inscreviam símbolos sem significado nos tampos das secretárias ou rabiscavam os cacifos uns dos outros, ela viver paixões avassaladoras, morte, gargalhadas, terras distantes, dias perdidos. Os ouros poderiam achar-se encalhados num velho liceu em Haninge, mas ela fora uma geisha no Japão, deambulara lado a lado com a última imperatriz da China entre as quatro paredes dos claustrofóbicos aposentos na Cidade Proibida, crescera com a Ana dos Cabelos Ruivos, cometera uma boa dose de homicídios e amara e sofrera uma e outra vez.

Os livros tinham constitutivo uma defesa, sim, mas não era só isso. Tinham protegido Sara do mundo à sua volta, mas também o tinham transformado num difuso pano de fundo para as verdadeiras aventuras existentes na sua vida.

E a terceira sobre a paixão de ler, retirado do livro A sombra do vento de Carlos Ruiz Zafón

- Nunca me tinha sentido agarrada, seduzida e envolvida por uma história como a que aquele livro narrava - explicou Clara. (...) o prazer de ler, de explorar portas que se nos abrem na alma, de nos abandonarmos à imaginação, à beleza e ao mistério da ficção e da linguagem.

(...)

Aquele livro mostrou-me que ler me podia fazer viver mais e mais intensamente, que me podia devolver a vista que tinha perdido.

***

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