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Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno

por Magda L Pais, em 24.11.17

 Rainha Santa.jpg

Isabel de Aragão – Entre o Céu e o Inferno de Isabel Stilwell

A rainha que Portugal imortalizou como Rainha Santa

ISBN: 9789898818867

Editado em 2017 pela Manuscrito Editora

Sinopse

Entre o céu e o inferno. Assim foi a vida de Isabel de Aragão.

Nasceu envolta no saco sagrado, a 11 de fevereiro de 1270, em Saragoça. Intocável. Protegida. Com poucos dias de vida o avô, Jaime I, levou-a consigo para Barcelona, no meio de uma tempestade. Cresceu a ouvir histórias de grandes conquistas, de reinos divididos por lutas sangrentas entre pais e filhos e entre irmãos. A história de Caim e Abel. Uma história que se repetiu ao longo da sua vida…

Aos 12 anos casou com D. Dinis, rei de Portugal, e junto dele governou durante 44 anos. Praticou o bem, visitou gafarias, tocou em leprosos e lavou-lhes os pés, gastou a sua fortuna pessoal a ajudar os que mais precisavam e mandou construir o mosteiro de Santa Clara, em Coimbra. Da sua lenda fazem parte milagres, curas e feitos. Mas a melhor rosa de Aragão, que herdou o nome da Santa Isabel da Hungria, era boa para ser rei, como dizia muitas vezes o marido.

Junto dos seus embaixadores e espiões, com a ajuda da sua sempre fiel Vataça, jogou de forma astuta no tabuleiro do poder. Planeou e intrigou. Mas a história teimava em repetir-se. Caim e Abel. Pai contra filho, o seu único filho varão contra os meios-irmãos bastardos.

Morreu aos 66 anos, depois de uma penosa viagem de dezenas de léguas de Coimbra a Estremoz, montada numa mula, para evitar mais um conflito entre Portugal e Castela. Sempre acreditou que a película em que nascera a protegeria de tudo, mas nos últimos tempos de vida sentia-se frágil e vulnerável. E duvidava. Onde falhara como mulher e mãe?

A minha opinião

O que tem, em comum, D TeresaD. Maria II e D Isabel, além do facto óbvio de terem sido três rainhas de Portugal? Bem, quase tudo, de acordo com os livros de Isabel Stilwell. Confesso que esperava que este terceiro livro me tirasse esta ideia da cabeça mas não. Apesar de ter gostado de o ler, a verdade é que, em muitos (demasiados) momentos, achei que estava a repetir a leitura.

Esta é, para mim, a grande falha de Isabel Stilwell. Todas as rainhas que imortaliza nos seus livros tem as mesmas características intrínsecas. São copy + past umas das outras. É verdade que se aprende imenso com estes livros, para quem gosta de romances históricos (como eu) são excelentes, aprendemos enquanto nos distraímos, quase sem dar por isso. Mas gostava, confesso, de não estar esta sensação estranha de que estas três rainhas foram iguais (apesar de, claramente, D Isabel ser bastante mais religiosa que D Maria II ou mesmo D Teresa).

Acresce ainda - de forma menos positiva - que houve momentos, neste livro, em que me pareceu que estavam a ser debitados factos soltos. Confesso que me senti, em determinado momento, numa aula de história, com um professor enjoado a falar para alunos desinteressados e não é isso que eu procuro num romance histórico. Nesse aspecto, D Teresa e D. Maria II foram bem mais interessantes.

De qualquer modo nem tudo foi mau, principalmente porque realmente conheci melhor quem foi a Rainha Santa, como nasceu a lenda das Rosas e quem foi D Dinis, o Rei que deve andar às voltas no túmulo por ver o seu Pinhal destruído nos incêndios deste ano. Aprender - por pouco que seja - da nossa história é aprendermos também quem somos e isso não tem valor.

Leia aqui as primeiras páginas

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