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A Mulher no Expresso do Oriente de Lindsay Jayne Ashford
ISBN: 9789897103148
Editado em 2018 pelas Edições Chá das Cinco
Sinopse
Depois de um divórcio difícil, Agatha Christie embarca incógnita no famoso Expresso do Oriente. Mas, ao contrário da sua personagem Hercule Poirot, ela não consegue desvendar com clareza os mistérios com que se depara nessa viagem fatal.
Agatha não é a única pessoa a bordo com segredos. O casamento da sua companheira de cabine acabou em tragédia, levando-a a uma segunda relação envolta em engano. Outra, recém-casada mas grávida de um estranho, tenta desesperadamente esconder essa gravidez. Cada mulher oculta ferozmente o seu passado, mas, à medida que o comboio para o Médio Oriente avança, as suas vidas acabam por se cruzar e as repercussões irão mudá-las para sempre.
Recheado de imagens evocativas, suspense e complexidade emocional, A Mulher no Expresso do Oriente explora o laço de irmãs forjado pela partilha da dor e dos segredos.
A minha opinião
Confesso que fiquei empolgada com A Mulher no Expresso do Oriente. Romances baseados em factos verídicos também são a minha praia. Junte-se a Rainha do Policial e temos um romance que nos envolve e nos leva numa viagem inesquecível, ajudada também pelas imagens que vamos desenhando na nossa cabeça enquanto lemos as descrições dos sítios por onde Agatha e as suas duas amigas viajam.
Agatha, Nancy e Katharine, personagens principais deste livro. Três mulheres fortes e independentes, com características totalmente diferentes entre si mas todas capazes de sobreviver, sozinhas, numa sociedade machista e que deixava, para as mulheres, um papel secundário. Creio que Agatha Christie se teria sentido honrada quer pela forma como é descrita neste livro, quer pela descrição do seu romance com Max, pela sua amizade com Katharine e pela coragem que mostra em não deixar que o facto de ser mulher atrapalhe a sua vida.
A Mulher no Expresso do Oriente é um livro envolvente. Pelas personagens e pela história mas também pelas paisagens onde se desenrola e pela forma fabulosa como a autora desperta os nossos sentidos e nos deixa com vontade de, tal como Agatha, largar tudo e nos enfiarmos no Expresso Oriente para aquela que pode ser a viagem duma vida.
(e que eu, provavelmente, nunca farei já que o pacote mais barato “só” custa € 10.000,00 por seis dias de viagem. Emprestam-me por favor um ombro para eu chorar?)
A Mulher no Expresso do Oriente é também um livro sobre a amizade e o seu poder para curar as feridas, sobre segundas oportunidades (ou não se desse o caso da autora comentar, nos agradecimentos, que “se existir algo como um santo patrono dos segundos casamentos, não consigo pensar em nenhum candidato melhor que Agatha Christie”
(e talvez essa seja também uma das razões pelas quais sou fã dos seus livros)
Sem darmos conta, A Mulher no Expresso do Oriente entranha-se nos nossos sentidos e deixa-nos sem vontade de o largarmos. Obriga-nos a pegar no livro mesmo quando estamos com sono e devíamos dormir mais um bocadinho. E isso é tão, mas tão bom!
Classificação:
(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)
Entretanto...
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