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Duas Irmãs, Um Rei de Philippa Gregory
ISBN: 9789722625463
Editado em 2008 pela Livraria Civilização Editora
Sinopse
Duas Irmãs, Um Rei apresenta uma mulher com uma determinação e um desejo extraordinários que viveu no coração da corte mais excitante e gloriosa da Europa e que sobreviveu ao seguir o seu próprio coração.
Quando Maria Bolena, uma rapariga inocente de catorze anos, vai para a corte, chama a atenção de Henrique VIII. Deslumbrada com o rei, Maria Bolena apaixona-se por ele e pelo seu papel crescente como rainha não oficial. Contudo, rapidamente se apercebe de que não passa de um peão nas jogadas ambiciosas da sua própria família. À medida que o interesse do rei começa a desvanecer-se, ela vê-se forçada a afastar-se e a dar lugar à sua melhor amiga e rival: a sua irmã, Ana. Então Maria sabe que tem de desafiar a sua família e o seu rei, e abraçar o seu destino. Uma história rica e cativante de amor, sexo, ambição e intriga.
A minha opinião
1.105 Kg de livro. Não estou a brincar, desta vez pesei o livro (na verdade foi um acidente, pousei o livro e só depois é que percebi que o tinha pousado na balança. Coisas que se fazem às 7h50 da manhã antes do café...). Acho que foi a única vez que tive consciência que não preciso de ir para o ginásio levantar pesos. Já o faço quando decido andar com estes livros às costas ou debaixo do braço.
Adiante...
Duas Irmãs, Um Rei conta-nos a história depois de Catarina de Aragão, de como Henrique VIII, uma criança mimada, um rei pouco preparado e adulado por todos, se interessa por Maria Bolena, para, logo de seguida se perder de amores por Ana Bolena que será a segunda das seis mulheres que este rei terá e que leva à cisão da Inglaterra com a Igreja Católica.
Confesso que esperava que o livro fosse narrado por ambas, Ana e Maria. Mas é apenas pela voz de Maria que conhecemos este período conturbado que termina com a decapitação de Ana Bolena e com Maria longe da corte onde, um dia, foi a favorita.
Mais uma vez tenho de me repetir. Estes livros são extraordinários para se aprender história, para se perceber o passado. Admito, naturalmente, que haja alguma ficção misturada com a realidade dado que é praticamente impossível termos certezas do que se passou na época. Mas são retratos tão fieis que nos sentimos a viver na corte de Henrique VIII, sentimos a dor de Catarina (que mulher extraordinária, ainda que neste livro apenas a acompanhemos pelos olhos de Maria Bolena), e irritamo-nos com Ana Bolena e o seu feitio singular.
Vá, nenhum de nós acredita que ela tenha praticado bruxaria. E todos aceitamos a homossexualidade como natural. O incesto não, claro que não. Mas nada disto justificaria que a jovem perdesse, literalmente, a cabeça.
Nota-se, em todo o livro (em todos os livros desta autora), o trabalho de investigação que é feito. E o conhecimento profundo do que era a realidade no período Tudor. As influências sociais e as tramas existentes na corte. Mas Duas Irmãs, Um Rei mostra-nos também como as mulheres das famílias mais próximas dos reis eram exploradas sexualmente pelos seus pais e familiares mais próximos com o único intuito de as ajudarem a subir na corte, na maioria das vezes obrigadas a esconder os seus sentimentos e, quantas vezes, obrigadas a saltar de homem em homem.
Philippa Gregory consegue, mais uma vez, construir personagens fortes, interessantes e muito convincentes. E, acima de tudo, consegue, em cada livro, que as personagens que os "escrevem" (os narradores) não se confundam entre si. A forma como escreve, os diálogos, as descrições... Duas Irmãs, Um Rei apenas é idêntico aos outros na qualidade da escrita. E isso é uma das muitas mais valias destes livros. (isso e servirem de arma de arremesso se nos chatearmos com alguém enquanto os lemos)
Classificação:
Entretanto...
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