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Em Março do ano passado a M.J. desafiou-nos a continuarmos numa segunda edição do livro secreto. Ora mete livros, mete leituras… é óbvio que aceitei logo sem qualquer hesitação.
A ideia é simples. Cada um dos participantes envia um livro do seu agrado e esse livro vai ser circulando entre todos os que participam. Todos os meses os livros circulam e nunca sabemos qual é o livro que vamos receber no mês seguinte.
Começamos 28, neste momento somos 25. Houve desistências que foram substituídas e outras que acabamos por decidir, em conjunto, não incluir mais ninguém. Como resultado destas não substituições, vai acontecer alguns receberem dois livros em vez de um ou mesmo receberem livros que já terão lido. Seja como for estamos todos – os actuais 25 – a fazer os possíveis por conseguirmos chegar ao fim. Diria que quase que já parece Os Jogos da Fome, à espera de ver quem se mantém até ao fim…
Terei de vos contar um segredo. Sinto-me orgulhosa do grupo. Temos tido alguns atritos e algumas situações chatas (livros perdidos, falta de cumprimento de prazos, etc) mas acho que é tudo normal dado que somos tantos.
Já na primeira edição tinha sentido o mesmo – o livro secreto é uma excelente forma de conhecermos novos autores, novas histórias, novos géneros literários. Há livros que não os teria lido doutra forma, que só li porque alguma alminha achou que mereciam ser lidos por outros e, vejam só, tinham toda a razão.
Da minha parte enviei Um homem chamado Ove que, por aquilo que tenho percebido, teve uma excelente aceitação pela maioria das pessoas que já o leram.
Lidos por mim, até agora, foram: A outra metade de mim, Chama-lhe Amor, Contigo para sempre, Ferrugem Americana, Homens Imprudentemente Poéticos, Obrigado pelas recordações, O Código D’Avintes, O Diário Oculto de Nora Rute, O Gato Malhado e andorinha Sinhá, O talentoso Mr. Ripley, O vendedor de passados e Rosa Brava.
Não consegui ler Palestina. O Primo Basílio esteve comigo numa altura em que não estava inspirada para o ler. Estão em circulação e ainda não passaram cá por casa: A encomendação das almas, Amor em tempos de cólera, As asas do Amor, As gémeas do gelo, As Terças com Morrie, Em teu ventre, Emigrantes, Ladrão de sombras, O carteiro de Paulo Neruda, O velho e o mar, Os bichos, Os olhos de Ana Marta, Um castigo exemplar e Uma praça em Antuérpia.
Dadas as trocas existentes, há livros que li que já não estão em circulação, assim como me faltam ler livros que, no final, terei de pedir que me sejam enviados porque entraram na iniciativa depois dela ter começado. Aliás acho que vou sugerir que todos façam o mesmo.
E uma terceira edição? Sabem como eu gosto de sair da minha zona de conforto, não sabem? Como gosto de arriscar nas leituras? Então e há lá melhor maneira de o fazer? Uma vez por mês recebo um livro novo para ler. E se gostar, óptimo. Se não gostar, também não me vou sentir mal por isso, afinal só gastei o dinheiro dos portes de envio pelos CTT. Parece que há mais gente no grupo com vontade de continuar por isso lá estaremos, sejamos muitos ou poucos.
May we meet again
Viver depois de ti é o livro quase perfeito. Intenso, obriga-nos a pensar, bem construído, personagens fortes e envolventes, diálogos bem construídos. Viver sem Ti destrói uma parte do encanto do primeiro livro e torna-se desnecessário.
Talvez seja andar com os livros para todo o lado. E quando digo para todo o lado, é mesmo todo o lado (casa de banho incluída). Normalmente andam dentro da mala o que significa que correm o grave risco de se estragarem.
Depende do número de páginas, de estar ou não a gostar, da minha vontade, se ando de transportes públicos ou de carro. Usando como referência o ano em que estamos, e sendo que li 63 livros desde o início do ano, correspondendo a 21800 páginas (informação do goodreads), diria que leio uma média de 95 páginas por dia
Depende mesmo muito. Há livros que se podem julgar pelos filmes e há séries televisivas que são bastante melhores que os livros
A última adaptação de Fahrenheit 451 é absolutamente diferente (para pior) do livro. Credo, mas onde estavam com a cabeça quando fizeram aquele filme horroroso?
Raramente leio jornais ou revistas em formato físico. Quanto muito espreito na internet.
Na realidade só não leio na cama, e tudo porque se me deito a ler corro o risco de descobrir que está na hora de me levantar para ir trabalhar. E como preciso mesmo muito de dormir caso contrario nem eu me aturo, prefiro não ler na cama.
Onde eu estiver com um livro.
Difícil é mesmo ouvir o que quer que seja que me rodeia quando estou a ler…
A única coisa que preciso realmente para ler é um livro. Mais nada.
Os livros. O meu irmão. Os meus professores da primária e o meu professor de português no ciclo.
Diria que gosto mais de os ouvir falar do que gostaria de entrevistar.
Ser amigo de alguém não depende da qualidade da escrita. Tento sempre separar a pessoa da escrita e a escrita da pessoa. Não quero sequer imaginar como serão os escritores no dia-a-dia. O que me interessa mesmo é a forma como escrevem, como nos encantam com as histórias que nos contam. Mais depressa gostaria de conhecer algumas personagens do que quem as imaginou.
Esta é fácil e já estava respondida. Naturalmente as Brumas de Avalon.
Nenhum em especial, confesso.
Todos aqueles que ajudassem os jovens a gostar de ler, independentemente da história ou do autor. O amor pelos livros não se ganha sendo obrigado a ler, ganha-se descobrindo que há livros de tantos géneros e feitios que é quase impossível não haver um que se gosto.
O meu professor de português no ciclo – foi meu professor no 5º e 6º ano – fez mais pelo amor aos livros dos seus alunos do que todos os outros professores de português nos outros anos. Todas as semanas, uma das aulas, era dedicada à leitura. Cada um de nós levava o livro que estava a ler ou que queria ler e passava a aula a lê-lo. O professor ia passando mesa a mesa, fazendo perguntas sobre o livro que estávamos a ler. Quando acabávamos a leitura, tínhamos cinco ou dez minutos para explicarmos aos outros alunos porque tínhamos escolhido aquele livro e o que tínhamos achado. Depois trocávamos de livros com os colegas.
Todos os que são de leitura obrigatória. A leitura tem de ser por prazer e não por obrigação. Tenho para mim que seria mais fácil convencer os adolescentes a ler se não fossem obrigados.
Acho que prefiro um de cada vez. Não que não consiga ler dois ao mesmo tempo (já experimentei e correu bem) mas parece-me que um de cada vez me permite dar mais atenção ao livro.
Não me importo de emprestar mas apenas e só a pessoas que confio que irão tratar o meu livro tão bem como eu própria e que me devolvem no fim. Também não me importo de ler livros emprestados.
Ontem comecei A Carta Proibida (os dotados #1) de Lisa Tawn Bergren mas chegou, no correio, Coração Negro de Naomi Novik e resolvi ler este primeiro. E pronto, assim de repente dou cabo da resposta à questão 39, estou a ler dois ao mesmo tempo…
Normalmente não sou eu que escolho a próxima leitura mas sim os livros que me escolhem a mim. A prioridade é sempre dada aos livros que me emprestaram (neste momento não há nenhum desta categoria em espera), que recebo das parcerias para ler (insere-se nesta categoria o que estou a ler agora, Coração Negro de Naomi Novik) ou os inseridos no livro secreto.
leiam a primeira parte aqui
May we meet again
Ler é, para mim, tão necessário como respirar ou comer. É uma forma de vida, a minha forma de vida.
Os passageiros do Tempo. Sigam o link para saber a opinião.
Todos os dias, de preferência a todas as horas. Dado que isso não é exactamente exequível, leio sempre que posso
Em condições normais, se o livro é mau, eu não o acabo de ler. Mas tendo acabado e terminado sem gostar especialmente, foi Homens Imprudentemente Poéticos.
A escrita, a história, má construção gramatical. Demasiado lamechas ou demasiado parvo.
Não o sou já, dado que vou escrevendo aqui no blog as minhas opiniões sobre os livros? Não é isso uma escritora?
Todos os livros, de uma forma ou de outra, influenciam a minha vida.
Tirando livros de auto ajuda, eu leio o que calha. Não tenho preconceitos com leitura erótica.
O erotismo não está ao alcance de todos. São poucos, muito poucos, aqueles que conseguem não resvalar para o ordinário e/ou pornográfico. Tendo perfeita noção das minhas (in)capacidades, seguramente que não arriscaria.
Acho que quem acompanha aqui o tasco com frequência conhece a resposta a esta pergunta…são os meus livros preferidos de sempre, talvez os mais mencionados aqui e os que li mais vezes. Falo, obviamente, das Brumas de Avalon
Anne Bishop, Dan Brown, Ken Follet, Robin Hodd… é tão mas tão difícil escolher apenas um.
Fantasia, Romance histórico, thrilher, policial… na realidade, tirando a resposta à pergunta 15, acho que não é o género que importa mas a história e a escrita.
Auto ajuda, religiosos e técnicos
Não. Se há coisa que realmente gosto de fazer é sair da minha zona de conforto. Experimentar novos autores, novos géneros. Às vezes descobrem-se verdadeiras perolas quando saímos da nossa zona de conforto.
Seguramente físicos. E-books não são livros, são documentos. Um livro tem de ter cheiro, de ter peso, folhas para virarmos. Há todo um mundo de sensações que um livro físico nos transmite que se perde num e-book. E não, não concordo nada com a opinião da Elsa
- Nunca tinha visto tantos livros, é quase doentio. Nunca ouviu falar em iPad?
A mulher ergue de novo os olhos. Demora-os muito tempo em Elsa
- Gosto de livros.
- E não acha que eu não gosto? Mas pode guardá-los num iPad. Não precisa de ter um milhão de livros no escritório.
As pupilas da mulher saltitam de um lado para o outro na secretária. (...)
- Gosto de livros físicos.
- Pode ter todo o tipo de livros no iPad.
Os dedos da mulher tremem ligeiramente. (...)
- Não era isso que queria dizer com "físico". Refiro-me a livros no sentido de capa, páginas...
- Um livro é um texto. E pode ler o texto num iPad!
Os olhos da mulher abrem e fecham como persianas.
- Gosto de segurar o livro quando leio.
- Pode segurar o iPad.
A mulher acena com a cabeça, o aceno mais lento que Elsa já viu na vida. Elsa abre os braços.
- Mas, ei, faça como quiser! Até pode ter um milhão de livros físicos! Só estava curiosa. Sabe que não deixa de ser um livro se o ler no iPad. Sopa é sopa, seja qual for a tigela.
As primeiras letras aprendi com a matra(i)ca da família. A minha avó ensinou-me as letras e a juntá-las antes de ir para a escola primária. Depois foram os professores que tomaram a seu cargo ensinar-me a ler.
Nem imaginam o quanto… Sai mais vezes da minha zona de conforto, comprei mais livros, leio mais. Só vantagens (apesar da minha carteira não concordar).
Como é bonito o céu azul. Lembro-me tanto deste livro apesar de nunca mais o ter visto (não acredito que tenha ido para o lixo).
Morgana de Fey. Não sabem quem é? Bem, leiam as Brumas de Avalon e vão perceber.
Todos os livros me transportam para outros lugares. Viajo nas páginas de cada livro que leio, por este mundo e o outro. É uma das grandes vantagens da leitura, viajar sem sair do sítio onde estamos.
Assim de repente, confesso que, na esmagadora maioria dos casos, gosto da forma como os livros terminam, sem respostas em aberto, sem dúvidas, sem questões. Claro que, nalguns casos, gostávamos de continuar a viver naquele universo, a acompanhar as personagens mas prefiro ficar com saudades do que me fartar.
(amanhã a esta hora, a segunda parte)
May we meet again
Os Passageiros do Tempo de Alexandra Bracken
Passenger #1
ISBN: 9789897543494
Editado em 2018 pela Marcador
Sinopse
Numa noite devastadora, em Nova Iorque, Etta Spencer, uma violinista prodígio, perde tudo o que conhece e ama. Enganada por uma mulher estranha e misteriosa, Etta vê-se subitamente a viajar, não apenas milhares de quilómetros, mas centenas de anos, descobrindo assim um dom herdado de uma família que ela nem sequer conhecia.
Nicholas Carter, ex-escravo, está feliz com a sua vida no mar, a bordo de um navio pirata, após se livrar da poderosa família Ironwood, nas colónias inglesas da América do Norte. Mas, com a chegada de uma passageira invulgar ao seu navio, o passado volta a agarrá-lo e Nicholas vê-se de novo nas garras da família que o subjugou.
Juntos, Etta, uma miúda nova-iorquina do século XXI, e Nicholas, um marinheiro negro do século XVIII, embarcam numa viagem perigosa através dos séculos e de vários continentes, da Revolução Americana à Segunda Guerra Mundial, das Caraíbas a Paris, seguindo e interpretando pistas deixadas por um viajante do tempo que fez tudo para esconder dos poderosos Ironwood o objeto misterioso.
A minha opinião
Este livro andava a passear lá por casa quase desde Novembro do ano passado. Nada de grave - há lá em casa livros à espera há mais tempo - não fosse o caso deste livro me ter sido emprestado. E livros emprestados, por norma, tem primazia sobre os restantes. O problema foi que já o tinha começado, em meados de Dezembro, mas só consegui ler meia dúzia de páginas.
Hesitei, por isso, em dar-lhe uma segunda oportunidade. Mas não o queria devolver sem ler por isso acabei por, na semana passada, decidir que estava na altura de arriscar.
Ainda bem que o fiz...
Os Passageiros do Tempo não é uma obra literária de excelência. Nem sequer é o melhor livros sobre viagens no tempo (A Mulher do Viajante no Tempo é, seguramente, melhor) mas é um livro bastante interessante.
No fim, são as nossas escolhas que importam. Não os desejos, nem as palavras nem as promessas.
Houve, da parte da autora, muito cuidado na escrita d'Os Passageiros do Tempo e isso nota-se na investigação feita a cada uma dos tempos que são visitados neste primeiro livro. Mas não é só isso que torna este livro interessante.
Não me recordo de nenhum livro (mas admito que exista) em que uma das personagens principais é um homem negro que se envolve com uma mulher branca. Numa só palavra: é refrescante.
Temos também a mãe de Etta, uma mãe que, ao inicio, parece ser uma fraca figura, desmazelada com a filha, despreocupada. Normalmente as mães são apresentadas como leoas, capazes deste mundo e do outro pelos filhos.
E as reviravoltas, principalmente nas últimas páginas?
Terei de dizer que as personagens podiam (e deviam) ter sido mais desenvolvidas. Ou talvez se pudesse ter mais perspectivas de Nicholas ou alguma de Sofia em vez de só lermos o que Etta nos quer contar.
Seja como for, espero ansiosamente encontrar rapidamente o segundo volume, já agora quero saber como acaba...
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May we meet again
A Maldição do Rei de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos #7
ISBN: 9789896576660
Editado em 2015 pela Editorial Planeta
Sinopse
Uma personagem feminina forte, a maldição de um rei, um romance rico em pormenores históricos e investigação rigorosa.
No centro da rápida deterioração da corte dos Tudor, Margarida terá de decidir se a sua lealdade é para com o cada vez mais tirânico Henrique VIII ou para a sua amada rainha. Aprisionada na corte, terá de escolher o seu caminho e esconder a todo o custo o seu conhecimento de uma antiga maldição sobre os Tudor, que lentamente se torna realidade...
A minha opinião
Uma das razões que me leva a não me cansar de Philippa Gregory e dos seus livros sobre a guerra dos primos é que esta autora consegue cunhar cada um dos livros com uma marca própria. Cada mulher retratada tem uma personalidade diferente das anteriores, mantendo apenas em comum o facto de serem fortes, bem construidas e, acima de tudo, resultado de uma pesquisa histórica fabulosa.
A Maldição do Rei não foge a estas regras e leva-nos pela corte dos Tudor, no dia a seguir aos últimos acontecimentos d'A Princesa Branca, permitindo-nos acompanhar a vida de Margarida Pole enquanto Henrique VIII se torna num rei louco, capaz das maiores atrocidades.
(desconfio que, naquela época, o melhor mesmo era ser camponês. à partida não estaríamos na mira do Rei e não estaríamos na calha para a forca)
A Maldição do Rei deixa-nos atrofiados. Margarida faz de tudo para sobreviver - ela e os seus filhos - e, ainda assim, aos 73 anos, é brutalmente assassinada na Torre por ordem do Rei. A escrita de Philippa Gregory envolve-nos de tal modo que conseguimos sentir de perto a angustia de Margarida pela morte dos seus familiares e amigos, da sua rainha e a raiva por ver um louco a governar o pais que ama.
Para quem, como eu, é fã de romances históricos, este é mais um livro de leitura obrigatória.
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May we meet again
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