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É um leitor compulsivo? Sim? Então esta crónica é, definitivamente, para si. Mas calma, que eu não quero excluir ninguém! O leitor aí atrás, de óculos e gabardina em pleno mês de Agosto, não gosta de ler? Mas convive com várias pessoas que gostam muito de ler, certo? Pronto, então esta crónica também é para si (dado que vai reconhecer essas pessoas nestes comportamentos e atitudes). O “Desnecessariamente Complicado” desta semana revela os dez Mandamentos do Leitor Compulsivo!
1º – Tem Sempre um Livro
Os leitores compulsivos têm, sempre, um livro consigo. Seja qual for o destino ou o tempo que terão disponível. Quem não nutre esta paixão frequentemente coloca a questão: “mas se vais ler pouco tempo porque levas o livro?”. Ler pouco tempo continua a ser ler. No fundo é como no sexo: uma hora pode ser qualquer coisa do outro mundo, mas nada nos garante que quinze minutos não podem ser extremamente agradáveis e memoráveis.
2º – Lê em Qualquer Lugar e a Qualquer Altura
Se vão ao médico o que levam consigo? Um livro, claro (afinal de contas ainda podem ter uns minutinhos para ler na sala de espera). Se vão para o trabalho de transportes públicos o que vai na mala/mochila/mão? Um livro, claro (seja qual for o percurso nunca será menos de vinte minutos/meia-hora, o que significa ler pelo menos umas dez a quinze páginas para cada lado). Se não conseguem adormecer o que vão fazer? Ler um livro, claro (sendo que este método não funciona com todas as pessoas como é óbvio). Qualquer altura é boa para ler, mas nem todos os livros se lêem em qualquer local, atenção!
3º – Quando Não Tem o Que Ler Desenrasca-se
A verdade é que nem sempre há um livro por perto. Em algumas situações do quotidiano um leitor compulsivo pode ser apanhado desprevenido, contudo (como bom português que é) vai desenrascar-se. Seja um rótulo de uma embalagem, um painel informativo ou uma revista antiga numa sala de espera, tudo serve para matar tempo. Claro que essas são leituras de conveniência, e não de puro prazer, mas ajudam a matar o tempo. Podem ter a certeza de uma coisa: um leitor compulsivo arranja sempre algo para ler, esteja onde estiver, seja qual for a circunstância!
4º – Não Resiste Quando Vê Livros à Venda
Um leitor compulsivo nunca esquece os livros. Ou seja, se passa (ou está) num local onde eles possam estar à venda é certinho que os vai ver em detalhe (pode já ter lá ido mil e uma vezes mas é inevitável ver tudo novamente). E sim, ele vê sempre os livros (nem que seja pelo canto do olho mas viu)! Obviamente que desde que os hipermercados entraram no universo literário tudo ficou ainda “pior” para quem não partilha desta paixão. É que agora os leitores compulsivos ficam colados aquela secção em busca de achados e promoções incríveis (e na maior parte dos casos encontram-nos, aí é que está!) em vez de irem às compras como era suposto. Portanto se um leitor compulsivo deixar de ir ver livros (sejam eles quais forem) por vocês podem ter a certeza que é por amor (atenção que há vários tipos de amor, ok? Pronto, ainda bem que nos entendemos quanto a isto!).
5º – Tem Uma Lista de Livros que quer Comprar um Dia
Todos os leitores compulsivos têm uma lista de livros que querem comprar um dia. Cada livro tem uma razão para ali estar: seja pelo autor, por fazer parte de uma trilogia que quer completar ou por ser um clássico que quer mesmo ler, há certamente uma razão. Atenção que esta lista não tem de estar escrita (muitas vezes está apenas na mente do leitor compulsivo), mas existe. E acreditem que poucos momentos são tão bons quanto aqueles em que adquirem um livro da referida lista e o colocam naquele lugar que há muito estava guardado para ele. Se há momentos mágicos na vida esse tem de ser um deles, caramba!
6º – Arranja Sempre Espaço para Mais um Livro em Casa
A esmagadora maioria dos leitores compulsivos não tem a mansão com que sempre sonhou. O que significa que também não terá uma estante tão grande quanto desejou. O que significa que, mais cedo ou mais tarde, faltará espaço para os livros que compra. E como um leitor compulsivo nunca parará de fazer crescer a sua colecção pessoal isto pode ser um grande problema. É que os livros têm um lugar e uma disposição própria, nada é ao acaso! Não pensem que qualquer espacinho serve para colocar livros, atenção! Poucas alturas são tão difíceis como aquelas em que, por motivos de força maior, é necessário escolher que livros têm de sair da estante para entrarem as recentes aquisições. Para um apaixonado pela sua colecção pode ser tão doloroso e marcante quanto ir à guerra, acreditem! Contudo, há sempre espaço para mais um livro. E, depois, para mais outro. E assim sucessivamente. O leitor compulsivo arranjará sempre solução, disso podem ter a certeza!
7º – Se Empresta Um Livro É Porque Confia nessa Pessoa
Como já perceberam um leitor compulsivo estima todos os membros da sua colecção. Aquelas obras-primas foram escritas por homens, e mulheres, maiores do que a vida que dominam as palavras como poucos seres humanos! Bolas, aquelas personagens tornaram-se parte da sua vida e ensinaram-lhe lições de vida inestimáveis! Com aquelas personagens ele riu, chorou, emocionou-se, soltou gargalhadas, ficou melancólico, deprimido, nervoso e tantas outras sensações que não cabem neste parágrafo. No fundo é como se fossem amigos (daqueles verdadeiros, que nunca nos deixam). Portanto se um leitor compulsivo lhe emprestar um livro é bom que o estime! Não só tem de o devolver como é bom que o mesmo esteja em perfeitas condições. Nada de arranhões, bebidas entornadas ou acidentes com cigarros, ouviram? É bom que sim estimados leitores, é bom que sim!
8º – Quantas Mais Páginas Melhor
O leitor normal, ocasional, tem em consideração vários factores antes de começar a ler um livro: o autor, o tema do livro, o preço (no caso de ter de o comprar) e, acima de tudo, o seu tamanho (ou seja, quantas páginas tem). E, como todos sabemos, o leitor ocasional procura um livro pequeno (de preferência que não seja muito pesado). Ora, um leitor compulsivo também gosta de livros pequenos, claro, mas tem uma paixão inexplicável por livros grandes. A partir de certa altura o tamanho do livro não só não é um contra como passa a ser uma vantagem! Ler livros grandes é a garantia de ainda mais palavras, logo ainda mais horas de leitura. E isso, meus amigos, nunca será negativo! E sim, há contos e pequenos livros fantásticos. Contudo, o prazer de ler um verdadeiro calhamaço é uma experiência única que mexe connosco, que nos aquece o coração e enriquece o nosso espírito.
9º – Dá Atenção aos Detalhes
Num livro tudo é importante. Claro que o mais importante é o conteúdo e, em alguns casos, a qualidade da tradução para português. Contudo há muitos detalhes que escapam aos leitores ocasionais. Mas vamos por partes. A capa é essencial. É o primeiro contacto que temos com o livro, com o seu autor e o seu título, logo uma capa que atraia a nossa atenção parte em vantagem em relação às restantes. Uma capa banal pode ser o suficiente para um leitor compulsivo desistir da compra daquele livro, por exemplo. Mas existem mais detalhes a ter em conta: a editora (muitos leitores encaram as editoras como clubes de futebol, sendo fãs acérrimos de umas e odiando outras), o ano de publicação, a edição ou mesmo o local de impressão (só para dar alguns exemplos). Mas, para mim, o detalhe mais importante de todos é…o toque. Sim, o toque. Sou um apaixonado pela leitura em papel, confesso, e adoro o toque do papel. Contudo nem todos os livros são iguais, o que faz com que algumas páginas não me atraiam tanto quanto outras. Sim, talvez seja uma parvoíce. Mas reparem: eu é que estou a comprar o livro, logo quero comprar algo que me satisfaça em pleno (e isso inclui o tipo de página certo). É como se eu fosse comprar um carro novo e insistisse em escolher a cor do veículo, rejeitando qualquer outra cor. Parece-me justo, não?
10º – Adora que lhe Ofereçam Livros
Sejamos sinceros: comprar presentes para aqueles de quem gostamos é difícil. Seja para a namorada, o marido, um sobrinho ou um amigo próximo a verdade é que é difícil oferecer algo que esteja dentro do nosso orçamento e que saibamos que a pessoa em causa irá gostar. Sim, porque já que vamos comprar algo ao menos que a pessoa goste, certo? Pois os amigos/família de leitores compulsivos só têm este drama se quiserem. Sim, porque estas pessoas são fáceis de agradar: ofereça-lhes um livro e aposto que o vai conquistar! O leitor ocasional dirá agora: “ah, mas os livros são caros!”. E eu respondo: são sim senhor, mas só alguns. Claro que há livros a muitas dezenas de euros, contudo há promoções, descontos e muitas opções a preços reduzidos (agora até pode fazer a compra num hipermercado e pagar com o seu cartão de cliente, ou seja, não tem de “pagar” verdadeiramente a prenda!). E o leitor ocasional pergunta agora: “Ok, eu até posso encontrar um livro barato, mas nada me garante que a pessoa vá gostar do livro que eu lhe ofereço!”. Pois não, mas pode arranjar forma de descobrir os gostos literários da pessoa em causa. Pode falar com a mulher, com a mãe ou com o avô que sabem do que ele gosta, por exemplo. Pode até abordar o assunto com ele (desde que o faça algum tempo antes da data em causa, para não dar nas vistas, obviamente). Ou seja? Só falha na escolha se quiser! Agora toca a oferecer livros aos seus amigos e familiares, ok?
Alguns comentários finais. Como perceberam eu próprio sou um leitor compulsivo. Ou seja? Grande parte do que descrevi acima acontece-me de forma regular. Sim, ando sempre com um livro atrás. Sim, leio-o sempre que posso mesmo que sejam apenas cinco minutos. Sim, tenho pouco espaço para os livros que compro. E sim, adoro que me ofereçam livros. Mas espero que muitos dos leitores desta crónica se consigam identificar com os dez mandamentos que criei.
Quanto aos mandamentos, outra nota final. Não existe qualquer conotação religiosa na crónica. Não existe qualquer desrespeito pelos mandamentos, pela religião ou por quem a pratica e nela acredita. Até porque eu próprio sou cristão.
Não interessa o autor, o tamanho do livro ou a capa. Interessa, isso sim, que leiam (mesmo que no final não gostem do livro). Acredito profundamente que a leitura nos torna melhores seres humanos. Rendam-se ao poder das palavras e deixem a vossa mente, e o vosso espírito, viajar ao som da vossa voz interior.
Boa semana.
Boas leituras.
Não, este texto não é meu. Descreve-me na perfeição, é verdade (e por isso o copiei para aqui) mas o autor é o Bruno Neves e foi copiado daqui
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Em Teu Ventre de José Luís Peixoto
ISBN: 9789897222573
Editado em 2015 pela Quetzal Editores
Sinopse
«Mãe, atravessas a vida e a morte como a verdade atravessa o tempo, como os nomes atravessam aquilo que nomeiam.» Numa perspetiva inteiramente nova, Em Teu Ventre apresenta o retrato de um dos episódios mais marcantes do século XX português: as aparições de Nossa Senhora a três crianças, entre maio e outubro de 1917. Através de uma narrativa que cruza a rigorosa dimensão histórica com a riqueza de personagens surpreendentes, esta é também uma reflexão acerca de Portugal e de alguns dos seus traços mais subtis e profundos. A partir das mães presentes nesta história, a questão da maternidade é apresentada em múltiplas dimensões, nomeadamente na constatação da importância única que estas ocupam na vida dos filhos. O sereno prodígio destas páginas, atravessado por inúmeros instantes de assombro e de milagre, confere a Em Teu Ventre um lugar que permanecerá na memória dos leitores por muito tempo.
A minha opinião
Este é um daqueles livros que tenho muita dificuldade em classificar. Cheguei ao fim sem saber bem se gostei ou não, se esperava mais ou menos ou sequer se o devo recomendar.
Sei que o consegui ler até ao fim (ao contrário do Galveias, do mesmo autor, do qual desisti ao fim de 30 páginas). Percebi a história, gostei desta perspectiva da vida dos pastorinhos mas, ao mesmo tempo, achei que era demasiado zen, demasiado parado, sem acção ou movimento.
Gostei da forma como a maternidade é abordada, dos sentimentos que assolam as mães, a forma como vêem os filhos, o que sentem e não dizem. E nem o facto da historia ser passada num meio rural do inicio do século XX, muda o que uma mãe é, o que uma mãe sente e o que transmite. Perfeito neste aspecto.
Em Teu Ventre tem alguns momentos perfeitos, aqueles que com que nos identificamos em algum momento:
Entender os outros não é uma tarefa que comece nos outros. O início somos sempre nós próprios, a pessoa em que acordámos nesse dia. Entender os outros é uma tarefa que nunca nos dispensa. Ser os outros é uma ilusão. Quando estamos lá, a ver aquilo que os outros vêem, a sentir na pele a aragem que os outros sentem, somos sempre nós próprios, são os nossos olhos, é a nossa pele. Não somos nós a sermos os outros, somos nós a sermos nós. Nós nunca somos os outros
Ou, mesmo a melhor definição de mãe:
Todas as pessoas têm direito a descanso, menos as mães. Para cada tarefa, profissão ou encargo há direito a uma folga, menos para as mães. Se alguma mãe demonstrar a mínima fadiga de ser mãe, haverá logo uma besta, ignorante de limpar baba e de parir, que se oferecerá para a pôr em causa. Não é mãe, não sabe ser mãe, não foi feita para ser mãe, dirá. Mas, se todas as pessoas têm direito a descanso, será que as mães não são pessoas? A culpa é nossa. Sim, a culpa é das mães. Deixámos que fossem os filhos a definir-nos.
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A vida na porta do frigorífico de Alice Kuipers
ISBN: 978-972-23-4246-9
Editado em 2009 pela Presença
Sinopse
Claire e a mãe vivem na mesma casa, mas, para todos os efeitos, é como se vivessem em planetas diferentes.
Claire tem quinze anos e uma vida imprevisível como qualquer adolescente, enquanto a mãe, uma obstetra dedicada, se vê muitas vezes absorvida por urgências no hospital.
As duas raramente se cruzam, e a porta do frigorífico acaba por se tornar a plataforma de contacto onde deixam recados uma à outra e se vão mantendo informadas acerca dos acontecimentos das suas vidas.
Mas um dia Claire depara-se com um recado diferente do habitual, e a partir daí terá de lutar contra a distância que a separa da mãe e contra o tempo que se esgota...
A opinião da Magui Ferreira
Na contra-capa do livro somos informados de que se trata duma narrativa despretensiosa, na altura em que o li era isso que me interessava, um livro “levezinho”, simples, com uma linguagem fluída para ler nas férias.
Não é o livro da minha vida, mas, curiosamente quando surgiu o convite da Magda lembrei-me imediatamente dele.
Porque o seu despojamento me cativou e a história entre mãe e filha, não sendo a minha realidade, me remeteu igualmente para o turbilhão de sentimentos que conheço bem.
As personagens podiam ser igualmente um pai e um filho, amigos, companheiros, cônjuges, porque o essencial é a relação existente entre duas pessoas que se amam.
Numa época em que o mundo gira à volta do digital, em que vamos comunicando uns com os outros através das redes sociais, é curioso constatar que ao mesmo tempo que esta mãe não tem telemóvel, também não tem disponibilidade para a filha adolescente, engolida que está pelo trabalho que é incompatível com os horários de Claire.
Não deixa de ser irónico que na era da comunicação, elas comuniquem através de recados deixados na porta do frigorífico.
O livro permite-nos entrar sem pudor naquela cozinha partilhada por mãe e filha, e ficar a conhecê-las através do que vão escrevendo uma à outra, sem nunca se cruzarem.
Sentimos a culpa da mãe, a revolta da filha, a frustração e o medo das duas, mas também o afecto, a cumplicidade.
E esperamos que num qualquer momento elas se encontrem perante nós e que os recados cedam lugar a um sorriso, um abraço, um bom dia de viva voz e vamos mantendo a esperança que isso aconteça.
Um livro comovente que nos leva a (re)pensar a forma como nos relacionamos com os outros, principalmente com aqueles que amamos.
É uma chamada de atenção, para aquilo que no fundo todos sabemos mas vamos ignorando. A vida é imprevisível e num instante o controlo que julgamos ter sobre ela nos foge irremediavelmente.
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(às 9h30 de segunda feira, leituras alheias traz-vos opiniões sobre livros de outros bloggers ou amigos)
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A Cidade dos Ossos de Cassandra Clare
Caçadores de Sombras #1
Editado em 2013 pela Editorial Planeta
ISBN: 9789896570231
Lido em 2015
Sinopse
No Pandemonium, a discoteca da moda de Nova Iorque, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que assiste à sua morte às mãos de três jovens cobertos de estranhas tatuagens. Desde essa noite, o seu destino une-se aos dos três Caçadores de Sombras e, sobretudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo, mas com tendência a agir como um idiota…
A minha opinião
Já não me lembro como é que este livro veio cá parar a casa. Gostava de dizer que me foi recomendado, que gostei da sinopse ou da autora mas a verdade é que não sei o que me levou a trazê-lo.
Sei, no entanto, que andava por ali no meio dos outros todos que esperam a sua vez até que a Neurótika que me falou nesta autora. Quando chegou a altura de escolher a nova leitura, peguei nele e comecei a ler.
Clary é uma adolescente normal, com uma mãe chata e um pai que morreu antes dela nascer. A sua vida é perfeitamente normal até ao dia em que assiste à morte dum rapaz na casa de banho duma discoteca. Apesar de não ser coisa que se veja todos os dias - felizmente -, a verdade é que o mais estranho é que o rapaz morto desaparece e os três que o mataram são caçadores de sombras que só Clary consegue ver.
No regresso a casa, a mãe de Clary e Luke tentam convence-la a irem todos passar as férias de verão longe de casa, na casa de Luke que fica longe de tudo e perto de nada. Clary sai de casa em fúria com a mãe mas, quando volta a tentar falar com a mãe ela proibe-a de voltar a casa e manda-a fugir.
Começa assim as aventuras de Clary e os seus novos amigos, Jace, Alec e Isabelle...
Aos poucos a trama vai-nos envolvendo, as voltas e reviravoltas são tantas que, enquanto não se desembrulha o laço, não queremos deixar o livro. E quando o fazemos... estamos atrasados para qualquer compromisso que tínhamos (sim, isto aconteceu-me mesmo!).
Muito ao jeito de Harry Potter, esta série do fantástico já me conquistou (e nem se teve de esforçar muito).
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Um Estranho Caso de Culpa de Harlan Coben
ISBN: 9789722337380
Editado em 2007 pela Editorial Presença
Sinopse
O horror de uma noite ficará gravado para sempre na memória de Matt Hunter: a noite em que ele inocentemente tentou acalmar uma luta e acabou transformado em assassino acidental. Agora, volvidos nove anos e após ter cumprido pena de prisão nos últimos quatro, a sua vida parece ter atingido a normalidade, contribuindo o casamento e a actual gravidez de Olívia para repor o seu equilíbrio anteriormente roubado injustamente. Porém, começam acontecer estranhas coisas a Matt, desde a recepção de informações que apontam para a infidelidade da mulher, a morte de um misterioso homem que Matt conhece e de uma simpática freira. Chamadas a agir, a polícia local e federal começam a desenhar o perfil do suposto homicida e as pistas conduzem-nos ao ex-condenado Matt Hunter. Com receio de perderem tudo uma segunda vez, Matt e Olívia entram numa espiral de pânico e desconfiança. Com um ritmo galopante que se vai intensificando, Um Estranho Caso de Culpa é uma leitura absorvente e compulsiva que não deixará ninguém indiferente.
A minha opinião
Este é mais um dos livros que andava lá por casa à espera do momento oportuno para ser lido. Curiosamente, nos últimos tempos, sempre que me aproximava da estante da vergonha, olhava para ele e pensava em dar-lhe uma hipótese. Acabou por acontecer na passada semana.
Apesar de gostar bastante de livros que dão a volta ao enredo, que nos encaminham num sentido e depois acaba por ser outra coisa diferente, Um Estranho Caso de Culpa leva essas reviravoltas a um novo patamar, deixando-nos, às tantas, confusos e sem perceber exactamente o que se está a passar, tal a mudança vertiginosa de direcção. Senti, em alguns momentos, que estava - quase que literalmente - a apanhar bonés.
Aliás, o que confirma a sensação que tive nas últimas páginas: aquele final pareceu-me forçado, fora de sentido, só mesmo para meter mais uma reviravolta ao barulho.
Não quero, com isto, dizer que não valha a pena ler. Que vale. Mas menos confusão seria uma mais valia, num livro com uma história interessante. Já as personagens... bem, se algumas foram bem construidas e são fortes, outras parecem andar ali, tal como eu, a apanhar bonés.
Não quero com isto dizer que o livro seja mau e nem sequer vos quero dizer que não o devem ler. Porque, no final, posso afirmar que o livro é bom e que cumpre o seu objectivo de nos entreter por umas horas. E deixou-me com vontade de ler mais deste autor.
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