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O Homem de Giz de C J Tudor
Tradução: Victor Antunes
ISBN: 9789896579937
Editado em 2018 pela Editorial Planeta
Sinopse
O livro de estreia de C. J. Tudor é um thriller com uma atmosfera densa e viciante que se passa em dois registos, em 1986 e nos nossos dias.
A história começa em 1986 e, após um hiato de trinta anos, o passado surge para transformar a vida de Eddie.
As influências de Stephen King e o toque de Irvin Welsh, conferem ao livro não só um tipo de narrativa diferente como um suspense ao limite.
O que contribui para que a história tenha um desfecho muito real e chocante.
O Homem de Giz conta-nos a história de um grupo de crianças, não poupando nos pormenores sociais onde estão inseridas e em como as influências de famílias disfuncionais contribuem para exacerbar o imaginário infantil.
A história começa quando aos doze anos Eddie e os amigos tiveram contacto com o misterioso Homem de Giz. Uma personagem central na trama e Eddie será assombrado por ela.
As estranhas figuras de giz conduzem Eddie e os amigos a um cadáver de uma rapariga pouco mais velha que eles e esta descoberta irá marcámos para sempre. Tudo aconteceu há trinta anos, e Eddie convenceu-se de que o passado tinha ficado para trás. Até ao dia em que recebeu uma carta que continha apenas duas coisas: um pedaço de giz e o desenho de uma figura em traços rígidos.
À medida que a história se vai repetindo, Eddie vai percebendo que o jogo nunca terminou.
A minha opinião
Apesar de ter sido o livro sensação em 2018, só agora peguei nele. E apenas porque o encontrei em ebook gratuito.
Tento sempre afastar-me dos livros sensação. Salvo raríssimas excepções, só os leio depois da poeira assentar, quando sinto que não vou ser muito influenciada pela opinião dos outros.
O Homem de Giz é o romance de estreia de CJ Tudor e, portanto, quero acreditar que algumas das falhas que tem serão corrigidas nos livros seguintes.
A escrita não está má para um primeiro livro e, confesso, prende e entusiasma. A história é previsível, principalmente para quem já leu uma boa quota parte de livros do género - o que não é um bom cartão de visita num primeiro livro - mas está bem estruturada.
As personagens são consistentes e - principalmente o narrador - bem desenvolvidas e algumas descrições são pesadas.
Ou seja, O Homem de Giz tem todas as características para um livro cinco estrelas.
Só que, e aqui é que a coisa piora, a última parte do livro (talvez o último 1/4) é atabalhoado e até um pouco forçado, com pouca credibilidade, de tal modo que me faz baixar a classificação. Lerei o segundo livro desta autora daqui a uns tempos, pode ser que esteja melhor.
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