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A Grande Solidão de Kristin Hannah
Tradução: Marta Pinho
ISBN: 9789722535991
Editado em 2019 pela Bertrand Editora
Sinopse
1974, Alasca. Indómito. Imprevisível. E para uma família em crise, a prova definitiva. Ernt Allbright regressa da Guerra do Vietname transformado num homem diferente e vulnerável. Incapaz de manter um emprego, toma uma decisão impulsiva: toda a família deverá encetar uma nova vida no selvagem Alasca, a última fronteira, onde viverão fora do sistema. Com apenas 13 anos, a filha Leni é apanhada na apaixonada e tumultuosa relação dos pais, mas tem esperança de que uma nova terra proporcione um futuro melhor à sua família. Está ansiosa por encontrar o seu lugar no mundo. A mãe, Cora, está disposta a tudo pelo homem que ama, mesmo que isso signifique segui-lo numa aventura no desconhecido. Inicialmente, o Alasca parece ser uma boa opção. Num recanto selvagem e remoto, encontram uma comunidade autónoma, constituída por homens fortes e mulheres ainda mais fortes. Os longos dias de verão e a generosidade dos habitantes locais compensam a inexperiência e os recursos cada vez mais limitados dos Allbright.
À medida que o inverno se aproxima e que a escuridão cai sobre o Alasca, o frágil estado mental de Ernt deteriora-se e a família começa a quebrar. Os perigos exteriores rapidamente se desvanecem quando comparados com as ameaças internas. Na sua pequena cabana, coberta de neve, Leni e a mãe aprendem uma verdade terrível: estão sozinhas. Na natureza, não há ninguém que as possa salvar, a não ser elas mesmas. Neste retrato inesquecível da fragilidade e da resiliência humana, Kristin Hannah revela o carácter indomável do moderno pioneiro americano e o espírito de um Alasca que se dissipa - um lugar de beleza e perigo incomparáveis. A Grande Solidão é uma história ousada e magnífica sobre o amor e a perda, a luta pela sobrevivência e a rudeza que existe tanto no homem como na natureza.
A minha opinião
É extraordinário quando um livro nos desperta os sentidos de um modo tão indelével que, enquanto lemos, nos sentimos parte da paisagem e quase que olhamos por cima do ombro para termos a certeza que estamos seguros.
A Grande Solidão fez-me exactamente isso. Senti medo e frio, ao mesmo tempo que me encantava com o Alasca e a sua beleza. Sorri com Leni e Mat, temi por Cora e odiei Ernt (ainda que, no meu entender, o pai de Leni podia/devia ter sido mais desenvolvido).
A Grande Solidão é um livro de leitura quase compulsiva. E digo quase porque, na primeira parte, a cadencia dos acontecimentos é um pouco lenta e porque o final, apesar de surpreender, é demasiado rápido. Mas é também um livro sobre amor, sobre superação. Sobre a força que a amizade pode ter e como a capacidade de sobreviver se sobrepõe a tudo. É sobre família de sangue e de coração.
A Grande Solidão é, acima de tudo, um livro a ler.
(leia aqui as primeiras páginas) e veja o book trailer aqui
Classificação:
Entretanto...
Uma Viagem pelo Tempo de Deborah Harkness
Universo Todas as Almas #1
Tradução: Ana Lourenço
ISBN: 9789897801075
Editado em 2019 pela Casa das Letras
Sinopse
Uma história de amor arrebatadora que enlaça passado e presente, viajando entre Paris contemporânea, Londres e as colónias americanas da Revolução Americana.
Nos campos de batalha da Revolução Americana, Matthew de Clermont conhece Marcus MacNeil, um jovem cirurgião do Massachusetts, durante um momento de despertar político em que parece que o mundo está à beira de um futuro melhor.
Quando Matthew lhe oferece a oportunidade de ser imortal e uma nova vida livre das restrições da sua educação puritana, Marcus aproveita a oportunidade para se tornar vampiro. Mas a sua transformação não é fácil e as antigas tradições e responsabilidades da família De Clermont chocam com as crenças profundamente arraigadas de Marcus na liberdade, igualdade e fraternidade.
Uma Viagem pelo Tempo, uma história de amor apaixonada e uma exploração fascinante do poder da tradição não apenas na mudança, mas também na revolução, traz-nos o fascinante ambiente sobrenatural que transformou A Trilogia de Todas as Almas num bestseller, um novo momento fundamental na história e um amor que irá atravessar séculos.
A minha opinião
Depois da leitura da trilogia Todas as Almas fiquei com aquele amargo de boca, normal quando se terminam livros dos quais gostamos mesmo muito e quando sabemos, de antemão, que nos vamos ter de despedir de algumas personagens. Imaginam por isso a minha surpresa quando descobri, pouco tempo antes de acabar o terceiro volume que já tinha sido editado este quarto que nos traz mais da história de Marcus.
Dividido entre o passado e o presente, este livro - apesar de manter a qualidade da escrita - acaba por ser menos interessante que os anteriores, uma vez que não há qualquer suspense, não há situações criticas e tudo corre relativamente bem.
Em comparação com os anteriores, Uma Viagem pelo Tempo é um livro morno de emoções, que nos permite reencontrar personagens conhecidas e de que gostamos mas que seria bem melhor se tivesse mais acção.
leia aqui as primeiras páginas
Classificação: (com os novos emojis que a equipa do Sapo nos ofereceu, a classificação deixa de ser em estrelas e passa a ser em livros, o que faz muito mais sentido)
Entretanto...
Em Busca do Livro da Vida de Deborah Harkness
Trilogia de Todas As Almas #3
Tradutor: Luís Santos
ISBN: 9789897413179
Editado em 2019 pela Casa das Letras
Sinopse
Ansiosamente aguardado por leitores de todo o mundo, Em Busca do Livro da Vida conclui, com magia e suspense inebriantes, a Trilogia de Todas as Almas. O que descobriram em tempos as bruxas? Porque foi esse segredo guardado num livro misterioso chamado Ashmole 782, procurado durante séculos por demónios, vampiros e até pelas bruxas? Como é que a bruxa Diana Bishop e o cientista vampiro Matthew Clairmont poderão viver o seu amor quando o peso das suas histórias os tenta separar?
Na história de Em Busca do Livro da Vida, Diana e Matthew regressam dramaticamente da Londres isabelina ao presente, onde enfrentam novas crises e velhos inimigos. Em Sept-Tours, o lar ancestral de Matthew, reencontram os adorados personagens de A Noite de Todas as Almas - com uma importante exceção. Mas a verdadeira ameaça ao seu futuro ainda está por revelar. Quando tal acontece, a busca pelo Ashmole 782 e as suas páginas perdidas assume um caráter ainda mais urgente.
A minha opinião
Esta trilogia foi, sem dúvida, uma grande e positiva surpresa, quer pela escrita - fluida, simples e vibrante - pela história, pelas personagens - cativantes, fortes, consistentes - mas também pelas várias mensagens subjacentes.
Apesar da historia de amor que serve de base à trilogia (entre uma bruxa e um vampiro que rompem com a tradição e um Pacto que os proíbe de se amarem), a verdade é que Em Busca do Livro da Vida não pode ser chamado exactamente de romance. Apesar de o ter, claro que sim, mas, felizmente, sem demasiados lamechismos que não abonam a favor de qualquer livro.
Gostei bastante do cuidado dado pela autora às cenas sexuais. Já se percebeu que há autores que conseguem descrever estas cenas de forma bastante erótica, deixando que seja a imaginação do leitor a fluir. Nem todos o conseguem fazer e alguns, na tentativa de o fazer, estragam por completo o livro. Deborah Harkness não arriscou e, com isso ganhou. Acredito que não tenha sido fácil fugir à tentação mas mais vale assim do que sair disparate (e é pena que não haja mais autores a pensar assim).
Outro detalhe que é introduzido nesta trilogia de uma forma subtil é o casamento homossexual. Tínhamos, desde o primeiro livro, o casamento de Emm e Sarah, as duas bruxas que criaram Diana desde que os pais faleceram. Agora, neste terceiro volume, conhecemos Fernando que foi companheiro de Hugh, dois vampiros que viveram juntos quase seis séculos.
(e o que eu daria para ter seis séculos de vida para poder ler o que quisesse....)
Quando terminei este livro, fiquei apenas com pena de se perder o rasto de Gallowglass. Espero, honestamente, que mais tarde saia um livro com a história dele. E que ele encontre o seu par perfeito.
leia aqui as primeiras páginas
Classificação: (com os novos emojis que a equipa do Sapo nos ofereceu, a classificação deixa de ser em estrelas e passa a ser em livros, o que faz muito mais sentido)
Entretanto...
Faço parte daquele grupo que vê A Guerra dos Tronos.
Vá, nem vocês iam acreditar se vos dissesse que não tinha lido os livros. É claro que li primeiro os livros (todos os que foram editados em Portugal) e, em relação a isso, gostaria de vos recomendar que os lessem - quer tenham ou não visto a série. Tenham paciência com o primeiro e com o décimo livro - o primeiro porque é chato que doí (eu percebo porquê... afinal as famílias são quase todas apresentadas no primeiro livro o que torna a coisa chata) e o último porque me deu a sensação que o autor queria mesmo era cumprir calendário. Os outros... bem, os outros devorei num instantinho na ânsia de chegar ao fim.
Não comecei a ver a série logo que começou (vi as primeiras cinco temporadas de seguida e depois comecei a acompanhar na sexta mas sempre uns dias depois da emissão). Ah e tal li os livros, não sei se não os vão estragar e tal e coisa. O meu costume, portanto, quando se tenta misturar livros com televisão ou filmes. Fui acompanhando as noticias e ficando estupefacta. Então aquele sururu todo com o Casamento Vermelho? credo, senhores que escandaleira que foi. Se morre tanta gente e de formas tão violentas, como é que se fica escandalizado com o Casamento Vermelho?
Já nessa altura me fazia confusão a quantidade de spoilers que circulavam em formato de memes, noticias ou de meros desabafos. Não me fazia especial confusão porque, afinal, tendo lido os livros sabia o que ia acontecer. Mas pensei sempre nos coitados que, sem lerem os livros, iam ter direito aos spoilers.
É que - realmente - só se desligando da internet é que se consegue escapar aos spoilers! E até nem assim uma vez que vi, por ai, uma aplicação que permite que se envie (anonimamente) spoilers aos amigos por sms.
Até à sexta temporada a coisa ia mais ou menos. Pronto, há ali algumas diferenças entre os livros e a série mas nada de mais. Morre quem tem de morrer e sobrevive quem tem de sobreviver. Mas quando começou a sétima temporada (e agora esta), valha-me nossa senhora dos spoleirs.
Olhem estes exemplos:
Joana - este é para ti. Ontem fui sair com uma amiga. E do meio do nada diz-me ela: Pois, é que já sabe que o ..... sobrevive. Mas olha que a morte de .......... Não a deixei terminar! é que ainda não vi o episódio que deu esta semana. E logo a menina Joana que não gosta nada de spoilers. Nem que eu lhe diga: olha, esta semana morreu gente quanto mais dizer-lhe quem morreu. Apeteceu-me bater-lhe, a serio que sim.
Logo a seguir à Batalha de Winterfell (quêquefoi? é o nome do episódio, não é spoiler!), fui lanchar. Na mesa ao lado da minha: epá, viste aquilo? não achei piada nenhuma à morte de ...., e achei que ......... devia ter sido ................. Foi logo mandado calar pelos outros, ninguém tinha ainda visto o episódio. E eu só não lhe atirei com o meu Kobo à cabeça porque é demasiado leve (tivesse eu um livro físico e era capaz de considerar mais seriamente essa hipótese).
Então mas expliquem-me lá, vocês que partilham spoilers. Tem alguma coisa que todos nós sejamos surpreendidos pelo mesmo que vocês? que soframos e nos alegremos como vocês que puderam ver primeiro? E se fossemos nós a fazê-lo? como é que se iam sentir?
Não sabem a resposta? então vejam este vídeo com depoimentos anónimos de viciados em spoilers e que hoje se arrependem. Pensem na vossa família e amigos (e, oh Joana, pensa lá em mim da próxima vez que vires os episódios antes de mim, tá bem?)
Aos viciados em spoilers... não ignorem o vosso problema. Antes de partilharem alguma coisa, pensem bem: E se fosse contigo?
(e já agora... que raio de morte é aquela do .....?)
Nas Trevas da Noite de Deborah Harkness
Trilogia De Todas As Almas #II
Tradução: Luís Santos
ISBN: 9789724621609
Reeditado em 2019 pela Casa das Letras
Sinopse
No primeiro volume desta trilogia Diana Bishop, uma historiadora de Oxford e última descente de uma linhagem de bruxas e Matthew Clairmont, um vampiro geneticista de 1500 anos de idade vão juntos desvendar os segredos de Ashmole 782 e impedir que esse poderoso manuscrito caia nas mãos erradas.
Agora, neste segundo tomo, Diana e Matthew viajam no tempo para a Londres de 1590, mas rapidamente se apercebem de que o passado pode não ser um lugar seguro. Matthew alia-se ao Escolha da Noite, um grupo radical de amigos e desregrados demónios, onde se encontram o dramaturgo Christopher Marlowe e o matemático Thomas Harriot e ao assumir as suas anteriores funções como espião de Isabel I, fica em contato com o submundo de uma Londres em ebulição e sedenta da caça às bruxas.
Juntos, Matthew e Diana procuram nas velhas livrarias e nos laboratórios de alquimia o célebre Ashmole 782, sem o qual não poderão regressar ao tempo presente. Diana descobre que os seus poderes são muito maiores do que imaginava mas precisa de uma bruxa que lhe ensine a acordar, desenvolver e controlar as suas forças de tecedeira, o que não é fácil para a fêmea de um vampiro!
A minha opinião
E, ao segundo livro, a confirmação. Esta trilogia é realmente extraordinária e merece ser lida (por alguma razão ganhou, em 2012, o prémio do goodreads em 2012).
Não é fácil resumir, em meia dúzia de linhas, todas as emoções que este livro nos transmite. É fácil dizer que nos sentimos - em alguns momentos - de volta ao passado com Diana e Matthew e que, com eles, sentimos a emoção de podermos rever os entes falecidos de quem não tivemos oportunidade de nos despedir
Mas não é tão fácil pensar como vos transmitir o mesmo entusiasmo que senti com esta leitura sem me repetir.
Nas Trevas da Noite, tal como A Noite de Todas as Almas, mistura vários géneros literários. Temos fantasia, romance, thriller e mistérios. Temos histórias e personagens reais que convivem com personagens e histórias fictícias. Uma mistura que, para funcionar, precisa de muito jogo por parte do autor. Fiquei surpreendida, pela positiva, pela forma como Deborah Harkness conseguiu meter pitadas de tudo num caldeirão, tirando de lá esta trilogia (vá, temos de acreditar que foi feita magia).
Ainda que já tenha começado mas ainda não tenha terminado o terceiro livro, só pelos dois primeiros, direi que a Trilogia De Todas As Almas ficará muito bem classificada nos topos das minhas preferências.
leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
Entretanto...
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