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No outro dia fomos ao Ikea. Nem sequer íamos com intenção de comprar coisa alguma, na realidade íamos apenas servir de transportadora para que uma amiga nossa fizesse algumas compras. E como ela sabia exactamente ao que ia, optamos por entrar logo pela zona das utilidades, mais perto das caixas e assim poupar-nos ao passeio interminável pelos móveis.
Infelizmente acabamos por ter de percorrer quase toda a zona das utilidades porque as coisas que a Joana queria estavam muito perto dos móveis e portanto passamos perto das molduras. E eu fiquei logo ali, parada a olhar para uma ideia brilhante que estava exposta. A moldura usada era esta:
mas lá dentro, em vez de fotografias, estava um livro, aberto ao meio. Estão mesmo a ver o que aconteceu, não é? pois, comprei logo quatro molduras e comecei a magicar que livros colocaria.
E ai começou o problema. A moldura tem 23cm*23cm com 4,5 cm de espessura. Ora para colocar um livro aberto ele teria de ter, no máximo 10 ou 11 cm de altura/largura para que, aberto, chegasse aos 23 cm. E a espessura não podia ultrapassar os 8 cm de maneira que, aberto ao meio, tivesse os 4,5 cm de máximo permitido pela moldura. Juntava-se ainda outro problema. Se as páginas apenas tivessem letras, ficaria muito monótono, pelo que queríamos utilizar o mesmo esquema que o Ikea, na loja: as páginas a ficar à vista teriam de ser ilustradas. Nada mas mesmo nada fácil encontrar livros com estas características.
Até que o meu marido teve uma ideia brilhante: e se, em vez de abrir o livro, se colocássemos o livro fechado, ficando apenas a capa à vista?
E lá fui eu até à Bertrand para escolher os livros (sim, podia ter usado os livros que lá tenho em casa. Mas e se depois os quisesse voltar a ler?). Daqui um agradecimento especial aos empregados da Bertrand do Fórum Almada que não acharam nada estranho que lhes pedisse sugestões de livros com capas bonitas, com 23*23 cm de altura e largura e com 4,5 cm de espessura. Certamente que, na história de pedidos estranhos numa livraria, este meu pedido está lá no topo...
Vou-vos poupar aos pormenores da escolha, dizendo-vos apenas que alguns dos livros que eu queria mesmo colocar na moldura (A Sombra do Vento ou A Livraria dos Finais Felizes por exemplo) não tinham o tamanho adequado.
Terminado o processo de escolha dos livros (tendo em consideração a capa mas também a importância do livro para mim e para a minha gaiata - no caso do Harry Potter - e da mensagem que a sua leitura transmite - nos outros casos), foi colocá-los nas molduras e pendurar na parede. Aqui está o resultado final
Digam lá que não fica simplesmente maravilhoso?
May we meet again
Entretanto...
À Luz Da Meia-Noite de Sherrilyn Kenyon
Predadores da noite #12
Tradução de Ester Cortegano
ISBN: 9789897101816
Editado em 2015 pela Saída de Emergência
Sinopse
Conheçam Aidan O’ Conner. Uma celebridade generosa que tudo oferecia e nada pedia em troca… até ser enganado pelos que o rodeavam. Agora Aidan nada quer do mundo ou sequer fazer parte dele. Quando uma estranha mulher aparece à sua porta, Aidan sabe que já a viu antes… nos seus sonhos. Uma deusa nascida no Olimpo, Leta nada sabe do mundo dos humanos. Mas um inimigo implacável expulsou-a do mundo dos sonhos e para os braços do único homem capaz de a ajudar: Aidan. Os poderes imortais da deusa derivam de emoções humanas, e a raiva de Aidan é todo o combustível que precisa para se defender… Uma fria noite de inverno irá mudar as suas vidas para sempre… Aprisionados durante uma tempestade de inverno brutal, Aidan e Leta terão que conquistar a única coisa que os poderá salvar a ambos - ou destruí-los - a confiança. Conseguirão triunfar sobre todos os obstáculos?
A minha opinião
Depois de ler Dispara, eu já estou morto precisava com urgência de um livro leve, que não me obrigasse a pensar e que fosse de rápida leitura. Olhei para a estante da vergonha e este À Luz Da Meia-Noite sobressaiu quer por ser pequeno quer porque já sei que as histórias da saga Predadores da Noite são leves e de leitura fácil.
Mal sabia eu que, para além da história principal - a de Aiden e Leta - ainda teria o bónus de 3 contos passados no mesmo universo no período de Natal.
Infelizmente Acheron não entra na história de Aiden e Leta - o que é uma pena já que é uma das personagens marcantes de toda a saga mas depois encontramo-lo num dos contos, com Simi (que também é fabulosa).
Confesso que À Luz Da Meia-Noite é, muito provavelmente, o mais fraco da série. Não sei se porque Aiden passa o livro quase todo a choramingar pelo que lhe aconteceu ou por ser tão pequeno que não nos permite ganhar carinho e empatia pelas personagens. De qualquer maneira é sempre um prazer ler Sherrilyn Kenyon, mesmo quando nos apetece bater na personagem principal por ser um choramingas...
(leia aqui as primeiras páginas)
Não sou muito de desafios de leitura. Gosto de ler sem regras, sem prazos, sem preocupações. A leitura pelo simples prazer de ler.
Mas como também me atrai a partilha de opiniões sobre livros, a descoberta de novos autores e temas, decidi, este ano, fazer parte do desafio Book Bingo "Leituras ao Sol" 2019.
Então em que consiste este desafio?
Então entre 21 de Junho e 22 de Setembro temos de ler os livros que quisermos de modo a preencher uma linha neste cartão:
E basicamente só existem duas regra: não se podem repetir livros (ou seja, o mesmo livro não pode cobrir duas categorias) e não se podem contornar as categorias. Há uma terceira recomendação que achei interessante: como a ideia é reduzir a estante da vergonha, não se devem comprar livros para o desafio.
Vou tentar fazer bingo e ontem já escolhi uns quantos livros (físicos e em ebook) para este desafio. Só me faltam escolher 3 livros:
Aceitam-se sugestões para livros para estas três categorias.
Vão estar por ai a acompanhar estas leituras?
E se quiserem participar, aqui fica o link do grupo do facebook
May we meet again
Entretanto...
Conheces o meu blog generalista?
Que esperam para me acompanhar no facebook e no instagram?
Dispara, Eu Já Estou Morto de Julia Navarro
Tradução Rita Custódio e Àlex Tarradellas
ISBN: 9789722529051
Editado em 2014 pela Bertrand Editora
Sinopse
Um romance extraordinário sobre o conflito israelo-árabe retratando personagens inesquecíveis, cujas vidas se entrelaçam com os momentos-chave da história a partir do final do século XIX a meados do século XX, e recriando a vida em cidades emblemáticas como São Petersburgo, Paris e Jerusalém. Aqui Julia Navarro conduz o leitor através de relações duras de homens e mulheres que lutam por uma parcela de terra onde possam viver em paz.
A minha opinião
Dispara, Eu Já Estou Morto é uma das razoes pelas quais o meu Kobo é um grande amigo. 840 páginas que, de outra forma, teriam de esperar por umas férias para poder ser lido (se bem que o tenho também em papel) e que, assim, foram lidas em viagens de comboio e enquanto almoçava.
Dispara, Eu Já Estou Morto é, talvez, dos últimos livros que li, aquele que mais me emocionou, que me chocou e me levou - em alguns momentos - em olhar à minha volta sem conseguir continuar a ler, tal a violência das descrições
(o que, aliás, é comum à maior dos livros que descrevem a vida nos campos de concentração na II Guerra Mundial e as atrocidades cometidas contra os judeus)
Pela voz de Ezequiel e de Wadi, judeu e árabe, amigos inseparáveis na infância, conhecemos a vida da família de ambos - três gerações de judeus e árabes unidos pela amizade e pela Horta da Esperança, obrigados a separar-se quando apenas queriam uma nação unida e sem guerra.
Dispara, Eu Já Estou Morto permite-nos uma visão muito próxima do conflito israelo-árabe, como começou mas, acima de tudo, como separou amigos de longa de data, criados juntos num clima de paz em que a religião era o menos importante mas que, ainda assim, foi por ela que foram separados.
Não direi que, historicamente, é o livro mais correcto, até porque não tenho conhecimentos suficientes para analisar por esse prisma. Mas é, certamente, um bom começo para quem, como eu, toda a vida ouviu falar nos conflitos entre os territórios ocupados da Palestina e Israel. Creio que, depois da leitura deste livro, consigo perceber melhor ambos os lados. Mas, ainda que os perceba, a questão que Samuel e Ezequiel colocam várias vezes ao longo do livro, é a mesma que eu coloco: se se sentassem à mesa - não agora mas logo ao inicio - judeus e muçulmanos, não teria sido possível viverem em harmonia?
Dispara, Eu Já Estou Morto é um livro fabuloso do principio ao fim, falhando apenas, em alguns momentos, na passagem entre os parágrafos (dando, às vezes, a sensação que algumas frases não foram escritas pela mesma autora). Prende-nos a atenção, prende a nossa imaginação e obriga-nos a querer chegar ao fim. E, quando acaba, ficamos com um vazio. Porque o fim é simplesmente brilhante.
Tempestade de Guerra de Victoria Aveyard
Rainha Vermelha #4
Tradução de Teresa Martins de Carvalho
ISBN: 9789897731587
Editado em 2019 pela Saída de Emergência
Sinopse
Mare Barrow aprendeu rapidamente que para vencer é preciso pagar um preço muito alto. Depois da traição de Cal, que praticamente a destruiu, Mare está determinada a proteger o seu coração e a continuar a lutar com os rebeldes para assegurar a liberdade de Vermelhos e sanguenovos. A jovem fará de tudo para derrubar o governo de Norta - começando pela coroa de Maven. Mas para a guerra que se avizinha é necessário ter aliados poderosos. Conseguirá Mare lutar ao lado dos que a magoaram para assegurar a vitória? Ou será a rapariga-relâmpago silenciada para sempre?
Na primeira parte da conclusão desta extraordinária série, Mare terá de abraçar o seu destino e convocar todo o seu poder. Quem sobreviverá aos testes que se aproximam?
A minha opinião
Este livro é a primeira metade do livro que termina a série Rainha Vermelha. E, contrariamente à minha opinião e a de muita gente, os meus ombros e a minha coluna agradecem a divisão.
Por outro lado, esta divisão ajudou-me a preparar psicologicamente para me despedir de mais uma série fabulosa.
Tempestade de Guerra, à semelhança dos outros livros da série está narrado a várias vozes. Cada um dos narradores vai partilhando connosco os seus pensamentos, o acontecimentos que os rodeiam, e, acima de tudo, a sua visão da história, tornando mais fácil, para o leitor, perceber toda a dinâmica da história.
Se, ao longo de todo o livro, se pode confirmar a qualidade da escrita de Victoria Aveyard, a verdade é que a qualidade sobe exponencialmente nas descrições das batalhas. Acho que já o tinha dito antes mas volto a reforçar. A descrição das batalhas é tão real que nos sentimos lá, com toda a insegurança natural dum cenário de guerra.
Agora resta-me esperar (sem desesperar) pela segunda parte para me poder despedir das personagens e encerrar mais uma série da qual fiquei fã.
Uma breve nota final: as capas desta série são simplesmente geniais, provando que, muitas vezes, menos é mais.
(leia aqui as primeiras páginas)
Classificação:
(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)
May we meet again
Entretanto...
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