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Pequenas Grandes Mentiras de Liane Moriarty
ISBN: 9789892330945
Editado em 2015 pelas Edições Asa
Sinopse
A vila costeira de Pirriwee é um bom lugar para viver. As ruas são seguras, as casas são elegantes, e os seus habitantes distintos. Bom… quase todos…
Madeline é tudo menos perfeita. Para começar, recusa-se a viver para as aparências e não se coíbe de dar a sua opinião (principalmente quando não é pedida). O seu lema "Nunca perdoar. Nunca esquecer." vai ser inesperadamente testado ao limite.
Celeste tem o tipo de beleza que leva as pessoas a parar na rua.
É tão serena que ninguém repara que por detrás dos seus magníficos olhos se escondem sombras negras. Nem as suas melhores amigas sabem o que se passa quando a noite cai.
Jane acabou de chegar. Ao fim de anos a tentar encontrar um lar, a idílica vila parece ter tudo o que procura… e até já conseguiu fazer duas amigas, cujas vidas perfeitas, espera, venham a ter uma boa influência sobre si. É mãe solteira e tão jovem que, no recreio da escola, a confundem com uma babysitter. Mas a sua inocência há muito que se perdeu.
Um acidente vai unir estas três mulheres numa amizade aparentemente indestrutível. Pelo menos, até à noite da festa. Na vila, nada mais será como antes. São muitas as versões mas o facto indiscutível é que houve uma morte. Como aconteceu? Quem viu? Acima de tudo, quem morreu?
A minha opinião
Infelizmente para mim, vi as duas temporadas da série da HBO antes de ler este livro o que foi uma tremenda duma asneira. Em minha defesa, quando comecei a ver a série não sabia que havia um livro...
(já agora, se ainda não viram a série, vejam! para além da música do genérico ser simplesmente maravilhosa, os actores/actrizes são extraordinários)
E digo infelizmente porque um dos pontos mais forte é não sabermos, até quase às últimas páginas, quem morreu pelo que o elemento surpresa perdeu-se.
Pequenas Grandes Mentiras joga com a surpresa e o suspense. Diria até que é um livro-cebola, com várias camadas que vamos retirando, página a página, até se perceber todas as ligações entre as personagens até à solução do mistério principal: quem morreu e porquê).
(e, de novo, para mim as camadas estavam todas retiradas desde a primeira página por causa da série)
Mas, para além disso, Pequenas Grandes Mentiras mostra-nos como nem tudo o que parece é, que a violência sexual/doméstica pode acontecer em todos os círculos sociais e como, nem sempre, a pessoa agredida aceita com facilidade que é uma vitima - ainda que tenha todas as marcas, físicas e psicológicas.
Ainda que soubesse o fim da trama e o que aconteceria a cada uma das personagens (acreditam que as via/ouvia tal como na série? tenho problemas, eu sei), tive muita dificuldade em parar a leitura. A construção da história e das personagens está perfeita, deixando-me com vontade de ler mais livros desta autora.
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
May we meet again
Conheces o desafio de escrita dos Pássaros?
Já podes votar nos finalistas dos Sapos do Ano 2019
Styxx (parte II) de Sherrilyn Kenyon
Predadores da Noite #23
ISBN: 9789897103520
Editado em 2019 pelas Edições Chá das Cinco
Sinopse
Conseguirá Styxx voltar a confiar depois de onze mil anos de traição?
Depois de séculos a lutar contra Acheron, Styxx tem finalmente a oportunidade de provar a sua lealdade ao irmão, juntando‑se a ele na busca pelo antigo mal que foi libertado e que está à procura de vingança. Mas Styxx não confia facilmente, e o desafio de lutar ao lado do irmão revela‑se uma tarefa digna dos deuses.
Porém, a realidade nem sempre é tão clara como parece, e quando Bethany surge novamente na vida de Styxx, o guerreiro terá de escolher entre a mulher que um dia foi dona do seu coração e o irmão em quem está a aprender a confiar.
Conseguirá Styxx pôr o passado de lado e confiar naqueles que poderão salvar o mundo? Ou o destino da humanidade está em risco devido a séculos de traição?
A minha opinião
Correndo o risco de repetir o que disse quando li a primeira parte deste livro, Styxx é o melhor livro da série predadores da noite. Sherrilyn Kenyon consegue que, depois de tantos livros a odiar Styxx, deixemos esse ódio de parte e se consiga ver o seu lado da história (seguindo, aliás, o conselho de Acheron, que nos diz - em quase todos os livros, que cada história tem tantos lados quantos aqueles que estão envolvidos, para além da verdade do que realmente aconteceu).
Styxx revolta o estômago. Está tão bem escrito assim. Por mais que pensemos que é apenas um livro, as descrições das torturas a que Styxx é sujeito durante anos (mais 3 anos que Acheron) revoltam o estômago. Da mesma forma que o amor e carinho entre Bethany e Styxx nos aquece o coração (ainda que seja um cubo de gelo como o meu...)
A empatia que sentimos com Styxx é tão real que dei por mim a sorrir com as suas pequenas conquistas e a arrepiar-me com o seu sofrimento.
E, quando finalmente estava a chegar ao fim da leitura (apenas 48 horas depois de a ter começado, apesar das suas quinhentas e poucas páginas), fiquei com aquela sensação de que já tinha saudades - a dum livro que vai precisar que eu faça o seu luto, que o absorva sem o macular com outra leitura desta série.
Sem dúvida que Styxx (ambas as partes) está no top 5 dos livros lidos este ano (e sim, vou só considerar como um livro apesar de ter sido editado em duas partes).
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
(este livro foi-me oferecido pela Saída de Emergência em troca duma opinião honesta e sincera)
May we meet again
Conheces o desafio de escrita dos Pássaros?
Já podes votar nos finalistas dos Sapos do Ano 2019
Para além de já poderes votar nos finalistas dos Sapos do Ano 2019, os finalistas foram convidados pela trupe a responder a algumas questões. E, em dia de aniversario (o meu meio século) trago-vos as minhas respostas:
O Stoneartbooks nasceu num dia que não me lembro se era de chuva ou de sol, logo a seguir a ter publicado uma foto das minhas patudas a passear na praia. Como a equipa do Sapo Blogs tinha colocado o Stoneart no separador dos livros, houve uma personagem que comentou “mas o que é que livros tem a ver com cães?” E eu pensei: de facto… porque é que não hei-de separar os temas? E assim fiz. No dia 22 de Setembro de 2015 nasceu o Stoneartbooks. Um ano mais tarde, em Outubro de 2016, a minha querida Gaffe teve o trabalho de fazer um novo layout que se mantém até hoje e que eu adoro.
Péssima para a minha carteira. Péssima para a minha estante da vergonha (onde coloco os livros que ainda não li). Eu até era mais ou menos controladinha na hora de comprar livros mas desde que comecei a ler outros blogs sobre livros e a trocar opiniões sobre as leituras… foi a desgraça. Portanto é muito má de tão boa que tem sido.
Honestidade nas opiniões, penso eu. Ou pelo menos acredito que sim. Se não gosto, não gosto e digo‑o mesmo que o livro me tenha sido enviado por alguma editora para publicar a opinião. Tento sempre não falar muito na história – até para evitar spoilers – mas sim nas minhas sensações sobre o livro, a escrita e as personagens.
Dificilmente poderia estar noutra categoria dado que o Stoneartbooks apenas fala sobre livros….
Mas afinal isto são os Sapos do Ano ou o Desafio dos Pássaros? Assim não há condições…. Ora bem, levaria livros, muitos livros. Quiça até o meu Kobo. Nada como aproveitar todos os momentos para ler.
Se quiserem ler o que o David escreveu como texto livre, sigam por aqui
May we meet again
Conheces o desafio de escrita dos Pássaros?
50 anos/50 perguntas. Já fizeste a tua?
O Homem das Castanhas de Søren Sveistrup
Tradução de Rita Figueiredo
ISBN: 9789896657390
Editado em 2019 pela Suma de Letras
Sinopse
Uma tempestuosa manhã de Outubro. Num tranquilo subúrbio de Copenhaga, a Polícia faz uma descoberta terrível. No recreio de um colégio, uma jovem é encontrada brutalmente assassinada, e falta-lhe uma das mãos. Pendurado por cima dela, um pequeno boneco feito com castanhas.
A jovem e ambiciosa detective Naia Thulin é designada para desvendar o caso. Com o seu colega Mark Hess, um investigador que acabou de ser expulso da Europol, descobrem uma misteriosa prova sobre «o homem das castanhas», nome com que os media baptizaram o assassino. Existem evidências que o ligam a uma menina que desapareceu um ano antes e foi dada como morta: a filha da ministra Rosa Hartung.
Mas o homem que confessou o assassínio da menina, um jovem que sofre de uma doença mental, já está atrás das grades e o caso há muito tempo fechado. Quando uma segunda mulher é encontrada morta e, junto dela, mais um boneco de castanhas, Thulin e Hess suspeitam de que possa haver uma ligação entre o caso Hartung e as mulheres assassinadas.
Mas qual é a relação entre as duas mortes? Thulin e Hess entram numa corrida contra o tempo. O assassino tem uma missão e está longe de a terminar.
A minha opinião
Tenho de confessar. Resolvi ler este livro por causa das castanhas. Pois. De todas as razões pelas quais eu poderia ter escolhido ler O Homem das Castanhas (onde se inclui o facto do autor ter escrito The Killing e de estar muito bem classificado no Goodreads), eu escolhi lê-lo por causa das castanhas.
Tenho problemas, eu sei.
De qualquer maneira e independentemente da razão pela qual resolvi ler o livro, a verdade é que O Homem das Castanhas é, talvez, um dos melhores thrillers que li nos últimos tempos. Algumas das cenas (principalmente uma das últimas) deu-me volta ao estômago e "conseguiu" que eu me sentasse na cadeira do dentista mais horrorizada com o que tinha lido do que o facto de estar numa cadeira de dentista (odeio dentistas e tenho pavor a agulhas...).
O Homem das Castanhas tem todos os ingredientes que fazem um bom policial. Reviravoltas, pistas falsas, personagens empáticas e outras que odiamos. Situações inesperadas e um final surpreendente. E, mais surpreendente que o final, a hipótese de haver uma continuação (aparentemente sim, vai ter uma sequela). Mas, mais que isso, aborda as famílias de acolhimento e as crianças que acolhem, seja por que razão for e a sua importância no desenvolvimento dos menores acolhidos bem como da vertente social e política destas decisões tornando a história mais intensa.
Tive, em alguns momentos, dificuldade em largar este livro. Precisamente pela intensidade da história e pelos desenvolvimentos. Mas (e há um mas), alturas houve em que a escrita me irritou. Não sei bem explicar mas algumas frases (demasiadas frases) soavam estranhas. Não sei se da tradução (quero acreditar que não) se é mesmo culpa do autor mas certo é que aconteceu o que me tirou algum do prazer de ler este livro.
Mas, mesmo assim, sem dúvida que O Homem das Castanhas é excepcional e merece ser lido.
Leia aqui as primeiras páginas e veja aqui o Booktrailer
Classificação:
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50 anos/50 perguntas. Já fizeste a tua?
A Desonra de D. Afonso VI de Jorge Sousa Correia
ISBN: 9789897244926
Editado em 2019 pelo Clube do Autor
Sinopse
Afonso VI não era para ser rei. Precedia-o um irmão mais velho, D. Teodósio, que não resistiu à doença, deixando o reino para o irmão, cujas deficiências físicas e mentais eram evidentes.
É este reinado, controverso e conturbado, que encontramos no novo livro de Jorge Sousa Correia, autor de vários romances históricos sobre grandes reis da nossa História.
Afonso VI foi aclamado rei após a morte de D. João IV, mas só reinaria a partir de 1662, depois de a mãe, D. Luísa de Gusmão, deixar a regência do reino. O rei foi acusado de impotência pela mulher, esposa impúdica e adúltera que, dando as mãos a D. Pedro, irmão desleal e ambicioso, arrancou da cabeça do Rei a coroa para colocá-la na cabeça do Infante.
Mas houve mais, e este acabaria por ser acusado dos piores pecados num julgamento orquestrado pela rainha, pelos jesuítas e pelo poderoso duque de Cadaval.
Depois das inclinações vis, os gostos obscenos, as fúrias violentas, ficou a D. Afonso VI a mansidão e a loucura obediente, até que uma qualquer decisão o fizesse desaparecer para sempre. Esse dia chegaria na forma de desterro.
A minha opinião
Quando andava no ciclo e tinha aulas de História, confesso que me fartava com rapidez. Aquilo era debitar acontecimentos - às vezes com algumas explicações e pronto. Toca a empinar a matéria e siga para os testes.
Hoje os romances históricos fazem parte das minhas leituras favoritas, principalmente quando são de qualidade como é o caso D'A Desonra de D. Afonso VI.
Achei curiosa - e bastante interessante - a forma como a história é contada. Um monologo do camareiro-mor de Afonso VI, em conversa com um seu vizinho, a quem conta a vida deste rei física e mentalmente fraco, desde que foi acometido duma doença na infância, a morte de quem devia suceder a seu pai e a regência de sua mãe.
Confesso que houve momentos em que me senti incomodada com as atitudes deste rei... que reinou ali algures no século XVII e que, na realidade, não me afectam. O realismo com que o texto está escrito leva-nos a que nos sintamos próximos do rei e dos seus amigos infames. E, da mesma forma que odiamos este malfadado rei, também nos compadecemos da forma como foi mantido, nos últimos anos de vida, encerrado num pequeno quarto em Sintra.
A Desonra de D. Afonso VI, ao mesmo tempo que entretém, ensina-nos parte da nossa história. E de uma forma fácil, nada comparada com os manuais escolares que tínhamos de empinar. Assim até dá gosto ler e aprender.
Leiam, que não se vão arrepender.
Leia aqui as primeiras páginas
(este livro foi-me oferecido pelo Clube do Autor em troca duma opinião honesta e sincera)
Classificação:
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Conheces o desafio de escrita dos Pássaros?
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