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Sangue-do-Coração de Juliet Marillier
Editado em 2010 pela Bertrand Editora
Sinopse
Uma floresta assombrada. Um castelo amaldiçoado. Uma jovem que foge do seu passado e um homem que é mais do que parece ser. Uma história de amor, traição e redenção...
Whistling Tor é um lugar de segredos, uma colina arborizada e misteriosa que alberga a fortaleza deteriorada de um chefe tribal cujo nome se pronuncia no distrito em tons de repulsa e de amargura. Há uma maldição que paira sobre a família de Anluan e o seu povo; os bosques escondem uma força perigosa que pronuncia desgraças a cada sussurro.
E, no entanto, a fortaleza abandonada é um porto seguro para Caitrin, a jovem escriba inquieta que foge dos seus próprios fantasmas. Apesar do temperamento de Anluan e dos misteriosos segredos guardados nos corredores escuros, este lugar há muito temido providencia o refúgio de que ela tanto precisa.
À medida que o tempo passa, Caitrin aprende que há mais por detrás do jovem desfeito e dos estranhos membros do seu lar do que ela pensava. Poderá ser apenas através do amor e da determinação dela que a maldição será desfeita e Anluan e a sua gente libertados...
A minha opinião
Juliet Marillier é sempre sinónimo de horas de prazer agarrada a um livro e sangue-de-coração não foi a excepção que confirma a regra.
Tenho sempre a sensação, quando leio livros desta autora, que mergulho em histórias contadas à lareira, histórias tradicionais, de duendes e magia, fadas e mistério. Histórias de perseverança, de amor e amizade, de encantos e maldições, a eterna luta entre o bem e mal com personagens saídas da mitologia. O folclore, a tradição e a mitologia, misturados numa formula de sucesso.
E é tão bom!
Neste livro, para além de tudo isso, a semelhança com uma das histórias mais bonitas contadas pela Disney - a Bela e o Monstro, sendo Caitrin a Bela e Anluan, o monstro.
Mais uma vez, Julliet consegue caracterizar as suas personagens de forma tão clara, tão ternurenta e tão arrebatadora que quase conseguimos sentir os seus medos, os seus anseios e a sua determinação. Sofremos com o mal que lhes acontece, rejubilamos com as suas vitórias e ansiamos pelo seu descanso.
Chegando ao fim, sentimos a mesma paz a que as personagens tiveram direito... e ficamos na dúvida se queremos ler outro livro ou reler o que acabamos de fechar.
A Torre de Espinhos de Juliet Marillier
Blackthorn & Grim volume II
ISBN: 9789896577827
Editado em 2016 pela Editorial Planeta
Sinopse
Para Blackthorn e Grim, o regresso à vida tranquila na pequena quinta à beira da Floresta dos Sonhos nunca poderia durar muito. Escassas semanas passaram desde que o mistério do Lago dos Sonhos foi resolvido e já um novo desafio paira no horizonte. O príncipe de Dalriada recebeu um pedido de ajuda da parte de Geiléis, a Senhora de Bann, cujas terras medram sob a força de uma estranha maldição. Uma criatura sem nome instalou-se na velha torre que se ergue numa ilha do rio Bann e, do nascer ao pôr-do-sol, os seus gritos incessantes impedem o gado de crescer, secam os campos e a vontade dos homens e instalam a semente da loucura nos espíritos mais sãos. Cercada de espinhos venenosos, a misteriosa torre encerra um segredo secular. Caberá a Blackthorn e Grim mergulharem nas trevas de um amor impossível e libertarem o povo de Bann do coração tempestuoso de uma rainha do Povo Encantado. Pelo meio, a curandeira e o seu companheiro terão de enfrentar o silêncio de quem sabe e atravessar uma teia de mentiras urdida ao longo de vários séculos. Quem será o estranho habitante da Torre de Espinhos. Um homem, um monstro? Uma força destruidora ou apenas uma vítima? No fim, o amor será a única redenção.
Este é segundo livro da mais recente série da autora best-seller do romance fantástico - Juliet Marillier - uma das autoras de Fantasia mais aclamada a nível mundial. Com a maestria e talento a que já nos habituou e uma narrativa empolgante, Juliet Marillier volta ao registo adulto e constrói um mundo fantástico excepcional, cheio de encantamento, devoção, mágoa e mistério.
A minha opinião
Já falei aqui várias vezes da minha paixão por romances de fantasia. Assim como já mencionei outras tantas vezes que Juliet Marillier é uma das minhas escritoras favoritas, a par de Anne Bishop ou Marion Zimmer Bradley. Ora, portanto, quando sai um livro novo duma destas autoras, como devem calcular, sou quase a primeira da fila para o comprar (normalmente compro-os em pré-venda, logo que recebo a notificação a avisar que vai sair o livro). Pancas de quem delira literalmente com estes livros.
Foi assim com O Lago dos Sonhos, primeiro volume desta trilogia, e foi assim com este. Será assim também com o terceiro volume logo que ele esteja para sair por cá.
Mais uma vez a história é-nos contada a três vozes. Blackthorn, Grim e Geiléis dão-nos as suas versões de cada acontecimento, permitindo-nos conhecer os seus pensamentos e ir mais longe na história. E tal como no primeiro volume, quase que nem era preciso que os capítulos tivessem o nome de quem o relata porque Juliet Marillier consegue (fabulosamente) que cada um escreva à sua maneira, dando-nos a sensação que o livro está escrito a três mãos e não apenas por uma.
Anne Bishop cria mundos como mais ninguém o consegue. Juliet Marillier usa o nosso mundo e introduz-lhes elementos mágicos como mais ninguém o consegue.
É o caso deste livro, que se passa na Irlanda Medieval. Resumindo e sem querer contar demasiado da história, Geiléis, a Senhora de Bann, vive perto da Torre de Espinhos de onde, todos os dias, do nascer ao por do sol, um monstro chora de tal modo que entristece tudo e todos (e por todos leiam-se animais e pessoas). Como último recurso recorre ao príncipe de Dalriada e a Blackthorn para que a ajudem a expulsa-lo para que as terras voltem a produzir e a tristeza abandone o seu território. Nessa viagem a Bann, o passado de Grim e Blackthorn regressam. No caso de Grim para o atormentar e no caso de Blackthorn para a tentar. Cada um deles terá de resolver o seu próprio problema para que consigam também resolver o mistério em redor da Torre de Espinhos.
Para os fãs de fantasia, este é um livro obrigatório! para quem não é fã, experimentem esta trilogia.
E agora aguardemos pelo terceiro volume!
O Lago dos Sonhos de Juliet Marillier
Sinopse
Um livro intenso que tem como pano de fundo a Irlanda medieval. Voltando ao registo dos seus primeiros livros, a autora constrói uma trama intricada, sempre acompanhada dos mistérios celtas, que não deixará os leitores indiferentes.
Em troca de ajuda para escapar a um longo e injusto encarceramento, a amarga curandeira mágica Blackthorn jurou pôr de lado o seu desejo de vingança contra o homem que destruiu tudo o que lhe era querido. Seguida por um companheiro de clausura, um homem grande e silencioso chamado Grim, ela viaja para o norte, rumo a Dalriada. Aqui, viverá na orla de uma misteriosa floresta e terá de cumprir, durante sete anos, a promessa que fez ao seu libertador: aceder a todos os pedidos de socorro que lhe forem dirigidos.
Oran, príncipe herdeiro do trono de Dalriada, esperou com ansiedade a chegada da sua noiva, Lady Flidais. Conhece-a apenas por via de um retrato e da poética correspondência que trocaram entre si e que um dia o convenceu de que Flidais era o seu verdadeiro amor. Oran descobre, porém, que as cartas também mentem, pois, embora igual em aparência à imagem no retrato, a sua noiva vem a revelar-se uma mulher muito diferente da criatura sensível e sonhadora que escreveu aquelas cartas.
Nas vésperas do seu casamento, o príncipe não vê saída para a o seu dilema. Mas corre o rumor de que Blackthorn possui um dom extraordinário para a resolução de problemas espinhosos, e ele pede a sua ajuda. Para salvar Oran das suas insidiosas núpcias, Blackthorn e Grim vão precisar de todos os seus recursos: coragem, engenho, astúcia e talvez até um pouco de magia.
A minha opinião
Livro lido em Julho de 2015 mas que publico hoje aqui a minha opinião uma vez que estou a ler o segundo volume desta trilogia.
Não é segredo para ninguém que eu gosto de literatura do fantástico e que Juliet Marillier é uma das minhas autoras favoritas. E, mais uma vez, não acabei o livro desiludida.
Blackthorn, uma curandeira (ou mulher-sábia) foi presa por Mathuin por ter levantado a sua voz contra ele, mostrando, ao povo, que, tanto o líder do clã como o seu filho, violam impunemente as mulheres, engravidando algumas e desfazendo-se delas quando já não lhes servem. Durante um ano, a única coisa que fez com que Blackthorn aguentasse os calabouços onde nem a luz do sol consegue ver, bem como e a violência dos guardas, foi saber que, no solstício de verão seria ouvida no conselho. Mas na véspera desse esperado dia, o Carrasco avisa-a que irá morrer nessa noite para que não seja ouvida. Mas Conmael propõe-lhe um acordo para se escapar à morte e à prisão - mudar-se para Dalriada e, durante sete anos, aceder a todos os pedidos de socorro que lhe sejam dirigidos, seja por quem for, e não tentar vingar-se de Mathuin. A custo, Blackthorn, aceita o acordo.
Grim, companheiro de Blackthorn nos calabouços, acaba por se conseguir escapar das celas na mesma altura que Blackthorn, acompanhando-a na fuga e na viagem para Dalriada. Sem nunca revelar as razões pelas quais foi preso, e sem perguntar a Blackthorn porque razão odeia tanto Mathuin, acaba por se tornar no braço direito da mulher sábia, sem que ambos se apercebam o quanto se tornam inseparáveis.
Oran é um príncipe diferente. Respeita a população, preocupa-se verdadeiramente em ser justo e tenta conhecer todos os que o servem. Quando chega a altura de se casar, a sua primeira preocupação é conhecer a noiva, Flidais, nem que seja por carta. E acaba mesmo por se apaixonar por ela apesar de nunca a ter visto.
Quando Flidais chega a Dalriada, resolve, com Ciar, a sua criada, tomar um banho no Lago dos Sonhos. Ciar acaba por morrer afogada e Flidais, daí para a frente, não é a mesma. Oran estranha e acaba por pedir ajuda a Blackthorn e a Grim para descobrir o que se terá passado. Só que a resposta pode não ser a que ele espera.
Toda a história é contada a três vozes - Blackthorn, Grim e Oran - o que torna o livro ainda mais interessante. Principalmente porque a autora (com a qualidade que lhe reconheço) consegue que cada personagem "escreva" de forma diferente. Grim escreve em frases mais curtas, de quem não teve a educação esmerada de Oran e Blackthorn escreve duma forma mais sábia. Esse detalhe acrescenta bastante valor ao livro. Depois temos, pelo meio, várias histórias envoltas numa só. A história pessoal de cada um dos narradores, o casamento de Orin e Flidais, a história de Ness - uma das pessoas que Blackthorn ajuda. Entrelaçam-se as histórias, sem dificuldades e, no fim, ficamos com vontade de ir buscar o segundo volume para ler de seguida.
Top 5 das escritoras favoritas
Polémicas à parte, é uma das minhas autoras favoritas pelas Brumas de Avalon mas também por todos os outros livros que tive oportunidade de ler desta escritora. Esquecemos-nos que estamos a ler ficção e entramos de alma e coração na ficção que ela cria magistralmente.
Gostar de fantasia e não conhecer Anne Bishop é um crime quase com direito a prisão perpétua. Algumas das suas personagens são tão reais que quase que esperamos encontrá-las aqui ou ali. E sim, as suas obras são sempre acompanhadas do mapa do mundo que nasce na sua imaginação para nosso gáudio. Excepto numa trilogia em que o mundo mudava de sítio consoante a pessoa queria. Fantástico!
Mais uma descoberta por acidente. Há uns anos atrás comprei um livro desta autora (não me recordo o nome) e, dai para a frente, leio tudo o que publica. Os seus romances do fantástico tem, na maior parte dos casos, personagens reais, sendo conjugada a realidade e a ficção de uma forma de tal modo excepcional que ficamos na dúvida se foi mesmo assim que se passou. Sevenwaters é, talvez, a melhor série mas não a única que vale a pena ler.
Robin Hobb
Mais uma autora do fantástico (nota-se muito que sou fã deste género literário?). A Saga do Assassino e o Regresso do Assassino, 11 livros extraordinários que li de seguida. Mais uma autora que devia ter mais livros editados em Portugal.
J. K. Rowling/Robert Galbraith
Dispensa apresentações. Harry Potter e o seu mundo extraordinário, Morte Súbita e detective Cormoran Strike são razões mais que suficientes para esta autora ter o seu lugar de destaque.
E sim, sim, vou acrescentar um sexto nome:
A Alma das Pedras e A Brisa do Oriente. Dois livros extraordinários, ambos são autênticos manuais de história e que nos levam a passear pelo passado, como se lá estivéssemos.
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