Sinopse
Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente reescrita.
PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.
A minha opinião
Editado em 2012, foi em 2014 que este livro alcançou o sucesso, culpa, em boa parte, do filme. Foi o primeiro livro que li deste autor e confesso que, não sendo o melhor livro de sempre nem sequer o melhor livro do autor (pelo menos para mim), até gostei. Aliás, por causa deste livro acabei por ler quase todos os livros de John Green (falta-me apenas o Wiil & Will que está ali na prateleira dos livros a ler).
Hazel é uma adolescente que, aos 13 anos, descobre que tem cancro na tiróide e nos pulmões e, que, aos 16 está na fase terminal da doença. No entanto, e apesar de andar sempre acompanhada duma botija de oxigénio, Hazel quer apenas ser normal - ir à escola, ter amigos, em suma, uma vida para além do cancro. Os pais apoiam Hazel nesta decisão mas insistem que ela deve participar em reuniões de um grupo de apoio a jovens com cancro - afinal Hazel, queira ou não, tem um cancro e, no entender dos pais, poderá ter necessidade de apoio especializado para aprender a viver com isso. A contra gosto mas para fazer a vontade aos pais, Hazel aceita. E é numa dessas reuniões que Hazel conhece Augustus Waters, um jovem bonito, irreverente, divertido e que perdeu uma perna por causa dum cancro nos ossos. Apesar das diferenças de personalidade, aos poucos a amizade deles vai crescendo, até se tornar em amor. Juntos acabam por descobrir que, afinal, sempre são dois adolescentes normais, apesar das doenças terminais que os afectam. Só que, infelizmente, o cancro não se compadece deste amor.
Não é um livro de leitura fácil, principalmente para alguém que, como eu, vive as personagens. E, neste livro, identifiquei-me muito com a mãe de Hazel - imaginei, vezes sem conta, como seria ter uma filha com uma doença terminal, o que me dificultou a leitura. Calculo que, para quem tenha tido um tumor ou um cancro, seja ainda mais complicado. Mas, ainda assim, e ao contrário do que se possa esperar pelo tema abordado, este livro é tudo menos lamechas. Antes pelo contrário, Hazel e Augustus mostram-nos que, apesar de tudo, é preciso sorrir e relevar muita coisa. Ambos, apesar de doentes terminais, brincam, sorriem, apaixonam-se. A vida, afinal, é para ser vivida até ao último instante e nada, mas mesmo nada, se pode perder - esta é a grande lição do livro e talvez a causa do seu grande sucesso.