Sinopse
Os recém-casados Holly e Tom acabaram de se mudar para uma casa antiga na pitoresca Inglaterra rural. Quando Holly descobre um relógio lunar num jardim cheio de ervas, e o seu estranho mecanismo de cristal, está longe de suspeitar que ele vai mudar a sua vida para sempre. Pois o relógio lunar tem uma maldição. A cada lua cheia, Holly consegue ver o futuro - um futuro que contém Tom a embalar a filha bebé de ambos, Libby, e a chorar a morte de Holly no parto… Holly percebe que o relógio lunar está a oferecer-lhe uma escolha desesperada: dar a Tom o bebé que ele sempre quis e sacrificar a sua própria vida; ou salvar-se e apagar a vida da filha por quem se apaixonou.
A minha opinião
Holly e Tom casaram à pouco tempo e mudam-se para uma casa muito antiga, no campo. Tom é um jornalista que tem de passar grandes temporadas fora, em trabalho. Holly é escultora e trabalha em casa.
Enquanto Tom tem uns pais presentes e que o amam, Holly sofreu imenso com os pais. Ambos a abandonaram em períodos diferentes da vida, acabando por a deixar sem qualquer vocação maternal.
No meio da recuperação da casa de campo, Holly descobre um relógio estranho. Começa por achar que será um relógio solar mas quando, numa noite de lua cheia, monta o mecanismo completo, percebe que este relógio é especial porque mostra o futuro. Nessa primeira visita ao futuro, Holly vê o seu marido com uma bebé - Libby, a filha de ambos, e percebe que morreu no parto. É Jocelyn, uma aldeã e antiga residente na casa que a vai ajudar a perceber o funcionamento do relógio - ou, mais exactamente a maldição que acompanha quem vê o futuro através dele.
Depois de conhecer o futuro, a sua filha, a morte dela própria e a reacção de Tom, Holly tenta, a todo o custo, mudar o seu futuro de modo a que possa enganar o relógio. Mas cedo percebe que o relógio irá sempre exigir a morte de alguém, dela própria ou de alguém muito próximo. O amor que sente pela filha que ainda não nasceu irá sobrepor-se a tudo e a todos, pelo que Holly, apesar das tentativas de Jocelyn - que entretanto se tornou na mãe que Holly nunca teve - de a dissuadir, resolve engravidar, sabendo, de antemão, que irá morrer no parto.
Como mãe senti logo uma grande simpatia pelo dilema da Holly. Afinal ela teria de abdicar da filha para poder viver. E, se de inicio, é fácil decidir, afinal Holly nunca quis ser mãe, teve um péssimo exemplo em casa, a verdade é que, aos poucos, o instinto maternal vai crescendo e acaba por vencer.
Não conhecia a autora mas gostei da forma simples, sem melodramas e sem complicações de maior, como o livro se vai desenvolvendo. E como vamos, aos poucos, pensando que a maldição é injusta. Mas, afinal, a vida é injusta. Ou talvez não. Não fiquei muito surpresa com o final, apesar de ficar surpresa com a forma como se chega a esse final.