Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Dubai, Emirados Árabes Unidos.
De férias na região, um investigador norte-americano é raptado do hotel onde se encontrava instalado. Uma nova pista sobre um antigo projecto de manipulação genética é descoberta e a Dark Star, uma organização terrorista internacional, está decidida a utilizar os conhecimentos deste cientista para ganhar vantagem.
Contudo, de regresso à Europa, uma das suas operacionais resolve trair o sindicato do crime e oferece-se para trabalhar como agente dupla ao serviço da inteligência britânica. O mistério adensa-se quando esta mulher, de nome de código China Girl, impõe como única condição colaborar com André Marques-Smith, o director do Gabinete de Informação e Imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros português e espião ocasional.
Obrigados a trabalhar juntos para evitarem um atentado a uma importante líder europeia, uma atmosfera tensa, de suspeição e desconfiança, instala-se de imediato entre os dois. Mas que segredos esconderá esta mulher, cujo próprio nome é uma incógnita? Serão as suas intenções autênticas? Será o espião português capaz de resistir à sua invulgar e exótica beleza?
Vencedor do Prémio Literário Note! 2012, Nuno Nepomuceno regressa com A Espia do Oriente, o segundo livro da série Freelancer. Por entre os cenários reais de Budapeste, Berlim, Londres, Courchevel, Dubai e Lisboa, o autor transporta-nos para um mundo de mentiras, complexas relações interpessoais, e reviravoltas imprevisíveis. Uma reflexão profunda sobre os valores tradicionais portugueses, contraposta com a sua já habitual narrativa intimista e sofisticada, e que vai muito além do tradicional romance de espionagem.
A minha opinião
Comprei este livro em desespero. Era o único que me dizia alguma coisa dos que estavam numa livraria a que recorri depois de passar umas horas valentes no hospital à espera que o marido fizesse um exame. Tinha começado - e acabado - o segundo volume d'O Herói das Eras e ainda me esperavam umas horitas de espera por isso, quando sai para almoçar, comprei A Espia do Oriente.
Juntou-se, portanto, a minha curiosidade para ler Nuno Nepomuceno - uma vez que já tinha lido várias opiniões bastante positivas, sendo que a classificação do Goodreads até é bastante boa (4,23) - à minha necessidade de arranjar um livro para ler.
Tenho, obrigatoriamente, de dividir esta opinião em duas partes. Primeiro a história, a trama do livro que, a meu ver, é bastante interessante (apesar deste ser o segundo livro consegue-se ler de forma independente dos restantes), com surpresas e volte-faces q.b.. Se tivesse que avaliar apenas a história daria um 3,5 a caminho do 4 (num máximo de 5).
No entanto a escrita é, quanto a mim, demasiado rebuscada e pouco interessante. Frases excessivamente curtas intercalam-se com frases muito curtas tendo, pelo meio, frases curtas. Alguns flashsback das personagens estão misturadas com os acontecimentos actuais, nem sempre se percebendo que são memórias e confundindo o leitor. Demasiados adjectivos em frases demasiado curtas. Demasiadas figuras de estilo que tornam a leitura pouco fluída e pouco interessante.
Contudo, e reconheço-o, nota-se, ao longo do livro, um desenvolvimento positivo na escrita do autor, tornando-se menos cansativa, o que me permitiu lê-lo até ao fim.
Confesso que os últimos acontecimentos do livro me deixaram curiosa sobre o terceiro livro. Mas não sei ainda se a curiosidade será suficiente para o ler...
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.