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A minha avó pede desculpa de Fredrik Backman
ISBN: 978-972-0-03069-6
Editado em 2018 pela Porto Editora
Sinopse
Elsa tem sete anos de idade, quase oito, e é diferente. Para já, tem como melhor - e única - amiga a avó de setenta e sete anos de idade, que é doida: não levemente taralhoca, mas doida varrida a sério, capaz de se pôr à varanda a tentar atingir pessoas que querem falar sobre Jesus com uma arma de paintball, ou assaltar um jardim zoológico porque a neta está triste. Todas as noites, Elsa refugia-se nas histórias da Avozinha, cujo cenário é o reino de Miamas, na Terra-de-Quase-Acordar, um reino mágico onde o normal é ser diferente.
Quando a Avozinha morre de repente e deixa uma série de cartas a pedir desculpa às pessoas que prejudicou, tem início a maior aventura de Elsa. As cartas levam-na a descobrir o que se esconde por detrás das vidas de cada um dos estranhíssimos moradores de um prédio muito especial, mas também à verdade sobre contos de fadas, reinos encantados e a forma como as escolhas do passado de uma mulher ímpar criam raízes no futuro dos que a conheceram.
A minha avó pede desculpa é uma belíssima história, contada com o mesmo sentido de humor e a mesma emoção que o romance de estreia de Fredrik Backman, o bestseller internacional Um homem chamado Ove.
A minha opinião
A Edite leu este livro e disse-me qualquer coisa do género: é mais do teu género que o meu, tem fantasia. E poder-se-ia pensar que sim, que A minha avó pede desculpa é um livro de fantasia. Mas não foi assim que o li. Li-o pelos olhos de Elsa, uma criança de sete anos (quase oito!) que encontra refúgio nos contos de fadas que avó lhe conta quando a quer ajudar a ultrapassar a tristeza.
A minha avó pede desculpa é, talvez, dos livros mais ternurentos que li desde A Avó e a Neve Russa. Mas é também um livro que mostra o quanto as nossas acções - ainda que sejamos apenas crianças - podem influenciar quem nos rodeia, de forma permanente e o quanto é importante um pedido de desculpas.
Confesso que, quando a Edite me enviou este livro (ou mesmo quando o vi à venda) pensei que não era possível que Fredrik Backman voltasse a escrever um livro que me encantasse tanto quanto Um Homem Chamado Ove.
Percebo agora, depois de o ter lido praticamente em dia e meio (vá, eu tenho de trabalhar pelo meio, não é? por mais que me apeteça apenas ler) que Fredrik Backman conseguiu superar-se e superar as minhas expectativas, juntando amor, ternura, amor e a inocência duma criança num livro inesquecível e que corre o grave risco de se tornar um dos meus preferidos de sempre.
A minha avó pede desculpa é a vida como ela é, com relações complicadas, com a morte à espreita, traições, amizades eternas, tudo pelos olhos de Elsa, uma criança diferente, com sete (quase oito!) anos, bastante inteligente, fã de leitura e da Wikipédia. Vá, só não gostei muito que Elsa prefira ebooks a livros físicos mas quase que lhe consigo perdoar isso.
Infelizmente terei de devolver este livro à sua dona. Mas desconfio que, em breve, o comprarei. Merece um lugar cá em casa, ao pé do Ove. Tenho a certeza que Elsa adoraria conhecer Ove e, seguramente, que ambos se dariam muito bem.
(leia aqui as primeiras páginas)
Classificação:
Entretanto...
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