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A Passagem de Justin Cronin
A passagem #1
Sinopse
Primeiro, o imprevisível: a quebra de segurança em uma instalação secreta do governo norte-americano põe à solta um grupo de condenados à morte usados em um experimento militar. Infectados com um vírus modificado em laboratório que lhes dá incrível força, extraordinária capacidade de regeneração e hipersensibilidade à luz, tiveram os últimos vestígios de humanidade substituídos por um comportamento animalesco e uma insaciável sede de sangue.
Depois, o inimaginável: ao escurecer, o caos e a carnificina se instalam, e o nascer do dia seguinte revela um país – talvez um planeta – que nunca mais será o mesmo. A cada noite a população humana se reduz e cresce o número de pessoas contaminadas pelo vírus assustador. Tudo o que resta aos poucos sobreviventes é uma longa luta em uma paisagem marcada pelo medo da escuridão, da morte e de algo ainda pior.
Enquanto a humanidade se torna presa do predador criado por ela mesma, o agente Brad Wolgast, do FBI, tenta proteger Amy, uma órfã de 6 anos e a única criança usada no malfadado experimento que deu início ao Apocalipse. Mas, para Amy, esse é apenas o começo de uma longa jornada – através de décadas e milhares de quilómetros – até o lugar e o tempo em que deverá pôr fim ao que jamais deveria ter começado.
A passagem é um suspense implacável, uma alegoria da luta humana diante de uma catástrofe sem precedentes. Da destruição da sociedade que conhecemos aos esforços de reconstruí-la na nova ordem que se instaura, do confronto entre o bem e o mal ao questionamento interno de cada personagem, pessoas comuns são levadas a feitos extraordinários, enfrentando seus maiores medos em um mundo que reacende a morte.
A minha opinião
(sim, é verdade, a sinopse está em brasileiro... a sinopse da edição portuguesa é muito fraquinha e esta, em brasileiro, explica melhor o livro)
Meta o dedo no ar quem gosta de distopias. De imaginar como seria a humanidade em determinados cenários apocalípticos, criados (ou não) por nós próprios, quando se está mesmo a ver que vai dar asneira.
Estação Onze é, talvez, dos um dos expoentes máximos desse género literário, principalmente pela ausência dos heróis, aqueles que salvam a humanidade (ou o que sobra dela). Já n'A Passagem temos as personagens dos costume: os bons, os maus, os heróis e o salvador (neste caso Amy, a criança). Não é mau, a sério que não.
Entre o thrilher e o suspense, A Passagem está partido em várias partes. O antes, o durante e o depois. O durante é - neste primeiro volume - apenas explorado parcialmente (e isso percebe-se quando se começa a ler o segundo volume), sendo mais focado no depois, muito depois. 90 anos depois do acontecimento, do inicio da epidemia.
Mais um livro que mostra a humanidade como ela é: estúpida, idiota, ignorante e a única que é capaz de criar a sua própria destruição. Mas, ao mesmo tempo, resiliente e sobrevivente e, nalguns casos, merecedora duma segunda oportunidade.
A escrita prende-nos. Da primeira à última página (e olhem que, este primeiro volume, tem 810 páginas...). Odiamos e amamos algumas personagens, queremos gritar: não sejam idiotas, não vão por ai, não façam isso, confiem em vós, acreditem. Sentimos que eles nos ouvem, que estamos ali com eles. Gosto quando um livro me faz sentir que posso falar com as personagens e que elas nos ouvem
Agora... bem, agora estou já lançada na leitura do segundo volume e é até lá que vou.
Classificação:
May we meet again
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