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A Sociedade dos Sonhadores Involuntários

por Magda L Pais, em 11.08.17

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A Sociedade dos Sonhadores Involuntários de José Eduardo Agualusa

ISBN: 9789897223327

Editado em 2017 pela Quetzal Editores

Sinopse

O jornalista angolano Daniel Benchimol sonha com pessoas que não conhece. Moira Fernandes, artista plástica moçambicana, radicada em Cape Town, encena e fotografa os próprios sonhos. Hélio de Castro, neurocientista brasileiro, filma-os. Hossi Kaley, hoteleiro, antigo guerrilheiro, com um passado obscuro e violento, tem com os sonhos uma relação ainda mais estranha e misteriosa. Os sonhos juntam estas quatro personagens num país dominado por um regime totalitário à beira da completa desagregação.

A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é uma fábula política, satírica e divertida, que desafia e questiona a natureza da realidade, ao mesmo tempo que defende a reabilitação do sonho enquanto instrumento da consciência e da transformação.

A minha opinião

Nesta minha primeira experiência com Agualusa, quero, para começar, destacar a coragem de escrever este livro. A Sociedade dos Sonhadores Involuntários é, sem qualquer margem de dúvidas, uma critica acérrima à situação política de Angola (que se espera que mude brevemente). Confesso que, aliás, foi essa a parte que mais me atraiu, que me fez quer ler até ao fim (tendo ficado a saber a pouco).

Cheguei ao fim do livro sem ter decidido se fiquei fã ou se é mais um escritor que me agrada. Alturas houve, enquanto lia, que a escrita era magistral e outras que me custou a ler. Agualusa tem um estilo muito próprio que se começa por estranhar mas que também se entranha. Creio que, para mim, o que falhou, foi a parte mística do livro (sou um bocado alérgica a misticismos), porque a parte mais "real" me agradou sobremaneira.

De notar ainda que, quanto a mim, há partes do livro que se tornam confusas, nomeadamente quando o narrador é outro sem que tal esteja indicado claramente. Defeito meu, acredito mas creio que o livro ganharia outro animo se se percebesse bem quando outro narrador toma o lugar de Daniel (mesmo que isso se subentenda dos diálogos).

No entanto não penso por Agualusa de parte (tanto que estou a começar a ler O Lugar do Morto). É, certamente, um um autor a quem irei dar mais oportunidades porque, no geral, este foi um livro muito agradável e que me deu prazer ler. 

(leia aqui as primeiras páginas)




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