Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
As Grandes Cartas de Amor
ISBN: 9789897021756
Editado em 2016 pela Editora Guerra & Paz
Sinopse
Este livro reúne 51 cartas comoventes, eufóricas, apaixonadas e sofridas.
Foram escritas por grandes figuras, de Virginia Woolf a Beethoven, de Napoleão a Karl Marx.
Dão-nos lições de dignidade, de paixão, de amorosa resignação. Ensinam-nos os caminhos da alegria, do desejo e da perda.
A minha opinião
- Espelho meu, espelho meu, existe alguém menos romântico que eu?
- Não te zangues mas tenho sérias dúvidas que exista! oh coisinha mais fria!
Este poderia ser um diálogo entre mim, comigo e eu própria, em frente a um espelho. Não tenho paciência alguma para lamechismos, um ramo de flores é lindo mas um desperdício. Chocolates engordam e se comermos muito acabamos mais cedo com o cacau. Frases feitas dão-me para rir e perdem o sentido. Enfim, acho que, quando o romantismo foi distribuído, eu estava ausente em parte incerta e quando voltei já não havia qualquer resquício para me ser entregue.
Então, perguntam vocês, porque raio leste este livro se todas as cartas de amor são ridículas?
Bem... primeiro porque a parte gráfica do livro me atraiu desde o primeiro dia que o vi nas livrarias. E confirmei que, realmente, é de um grafismo fabuloso, bastante cuidado e muito mas mesmo muito atraente. Depois porque tinha curiosidade em ler e tentar perceber se estas cartas seriam capazes de acordar em mim algum romantismo. E também porque algumas das cartas foram escritas por monstros da literatura e só por isso haveria de valer a pena. Por fim... A Débora ofereceu-me este livro no âmbito duma troca de livros que a Sofia organizou.
Terminado o livro, terei de dizer que ainda não foi desta que descobri o romantismo, apesar de reconhecer que algumas das cartas são pequenos tesouros da literatura. Umas mais lamechas que outras, umas mais doces e outras mais amargas. Todas enquadradas pela história de amor (ou desamor, nalguns casos) o que melhorou consideravelmente a percepção do texto da carta.
As Grandes Cartas de Amor é um livro que se pode ler duma penada ou que se pode ir lendo por fases, até porque está dividida em pequenos capítulos, sendo que se lê muito bem de qualquer uma das formas.
Terei, no entanto, de assumir, que as que menos gostei foram precisamente a primeira e a última. As cartas de Maria Barroso para Mário Soares e a de Rita Ferro ao Amor Eterno.
De resto, aos românticos que por aí andam (e que sei que existem), quem sabe não encontram, neste livro, a inspiração para escreverem uma carta à pessoa amada? Mas uma carta mesmo, enviada por correio e não um email ou um sms que até eu reconheço que não são exactamente o mesmo que uma carta.
Ou talvez eu ache isso porque o meu primeiro namoro a sério começou assim... com uma troca de cartas.
Classificação:
Entretanto...
Conheces o meu blog generalista?
Que esperam para me acompanhar no facebook e no instagram?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.