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Britt-Marie esteve aqui de Fredrik Backman
Tradução de Elsa T S Vieira
ISBN: 978-972-0-03244-7
Editado em 2019 pela Porto Editora
Sinopse
Não é que Britt-Marie seja uma pessoa crítica, exigente ou difícil - ela apenas espera que as coisas sejam feitas de uma determinada forma. Uma gaveta de talheres desarrumada está no topo da sua lista de pecados imperdoáveis. Os seus dias começam, impreterivelmente, às seis da manhã, porque apenas os lunáticos acordam mais tarde do que essa hora. E não é passivo-agressiva. De modo nenhum. As pessoas é que, às vezes, interpretam as suas sugestões úteis como críticas, o que não é, de todo, a sua intenção. Afinal, Britt-Marie não é alguém que julgue os outros, não importa o quão mal-educados, desleixados ou moralmente suspeitos possam ser.
Quando Britt-Marie descobre que Kent, o marido, lhe é infiel, a sua vida perfeitamente organizada, de repente, desorganiza-se. Tendo de passar a sustentar-se sozinha, arranja um emprego temporário como zeladora do centro recreativo de Borg. Nessa posição, a exigente Britt-Marie tem de lidar com muita sujidade, eletrodomésticos temperamentais, indisciplina a rodos e até uma ratazana como companheira. Britt-Marie vê-se então arrancada da sua zona de conforto e arrastada para a vida dos seus concidadãos de Borg, uma estranha mistura de seres desesperados, canalhas, bêbedos e vagabundos, sendo incumbida da impossível tarefa de levar a equipa de futebol local, composta por várias crianças sem qualquer tipo de talento para acertar numa bola, à vitória. E, quando um dia Kent aparece a pedir-lhe desculpa, ela tem de decidir, de uma vez por todas, o que realmente deseja da vida. Nesta pequena localidade de gente inadaptada, pode Britt-Marie encontrar o lugar a que realmente pertence?
Engraçado e comovente, perspicaz e humano, Britt-Marie esteve aqui celebra as amizades inesperadas que nos mudam para sempre e o poder do mais gentil dos espíritos, para tornar o mundo um lugar melhor.
A minha opinião
Uns anos transformaram-se em vários anos, e vários anos transformaram-se nos anos todos. Há uma manhã em que uma pessoa acorda com mais vida atrás de si do que à sua frente, sem perceber como é que isso aconteceu.
E Britt-Marie percebe, um dia, que a vida é mais do que ser apenas a esposa de Kent... (e que tal se todos nós nos apercebessemos desta realidade?)
Deixem-me dizer-vos que Britt-Marie esteve aqui saltou directamente para um dos primeiros lugares dos melhores livros lidos em 2019 e que, muito provavelmente, durante alguns anos, Britt-Marie irá manter-se aqui, na minha memória.
Tal como em Um Homem Chamado Ove, começamos por achar Britt-Marie irritante e quase a roçar o odiosa. Mas, aos poucos, Britt-Marie entranha-se e começamos a entende-la, a gostar dela até que, por fim, Britt-Marie é a luz que ilumina o livro.
Britt-Marie esteve aqui é sobre segundas oportunidades, sobre fazer o que é correcto, sobre amizades improváveis em locais improváveis. É ternurento e encantador. Faz-nos rir e faz-nos pensar. Não me fez chorar mas deixou-me comovida (já recomendei a uma amiga minha que, antes de o ler, reforce o stock de lenços). Britt-Marie esteve aqui fala-nos da importância da família, seja ela de coração ou de sangue. E mostra que, às vezes, não precisamos de vencer para ganhar.
Britt-Marie esteve aqui é um livro simplesmente maravilhoso e imperdível, que nos prende da primeira à última página.
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
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