Sinopse
Aos 34 anos, Elizabeth Gilbert, escritora premiada e destemida jornalista da GQ e da SPIN, descobre que afinal não quer ser mãe nem viver com o marido numa casa formidável nos subúrbios de Nova Iorque e parte sozinha numa viagem de 12 meses com três destinos marcados: o prazer na Itália, o rigor ascético na Índia, o verdadeiro amor na Indonésia. Irreverente, espirituosa, senhora de um coloquialismo exuberante, Elizabeth não abandona um minuto a sua auto-ironia e conta-nos tudo acerca desta fuga desesperada ao sonho americano que começou no momento em que encontrou Deus.
Quando fez 30 anos, Elizabeth Gilbert tinha tudo o que uma mulher americana formada e ambiciosa podia querer: um marido, uma casa, uma carreira de sucesso. Mas em vez de estar feliz e preenchida, sentia-se confusa e assustada. Depois de um divórcio infernal e de uma história de amor fulminante acabada em desgraça, Gilbert tomou uma decisão determinante: abdicar de tudo, despedir-se do emprego e passar um ano a viajar sozinha. "Comer na Itália, Orar na Índia e Amar na Indonésia" é uma micro-autobiografia desse ano.
O projecto de Elizabeth Gilbert era visitar três lugares onde pudesse desenvolver um aspecto particular da sua natureza no contexto de uma cultura que tradicionalmente se destacasse por fazê-lo bem. Em Roma, estudou a arte do prazer, aprendeu a falar Italiano e engordou os 23 quilos mais felizes da sua existência. Reservou a Índia para praticar a arte da devoção. Com a ajuda de um guru nativo e de um cowboy do Texas surpreendentemente sábio, Elizabeth empenhou-se em quatro meses de exploração espiritual ininterrupta. Em Bali, aprendeu a equilibrar o prazer sensual e a transcendência divina. Tornou-se aluna de um feiticeiro nonagenário e apaixonou-se da melhor maneira possível - inesperadamente.
A minha opinião
Primeiro foi a madrinha do meu gaiato que, quando fomos juntas à Feira do Livro de Lisboa, comprou o livro porque tinha adorado o filme e o queria ler. Logo a seguir disse-me que eu tinha mesmo de o ler porque ela tinha gostado imenso. E lá me emprestou o livro. Depois perguntei à
Just, quando acabei o livro anterior: que achas que devo ler agora? e ela simpaticamente foi ver a
minha lista de livros para ler e disse-me que tinha mesmo de ler este. E eu peguei nele.
Não direi - digo isto muitas vezes, eu sei - que é um excelente livro ou que é o melhor livro de sempre. Não é. Mas é um livro calmante que ajuda a reflectir sobre a nossa própria vida. É um livro que nos deixa vontade de comer massa e gelados e de ir passear. De tirar um ano sabático e passear pelo mundo para nos encontrarmos a nós próprios.
Alturas houve, pelo meio do livro, que achei que a autora tinha fumado umas coisas estranhas... algumas conversas que ela descreve como tendo tido com ela própria são um pouco surrealistas mas acabam por nos obrigar a pensar. E eu gosto de livros que me obrigam a pensar.
Elizabeth descobre, aos 30 anos, que não quer continuar casada. O que a aproxima do marido é o mesmo que os separa. Começa, por isso, um longo processo de divórcio que termina 4 anos mais tarde. Nesse meio tempo tem uma relação com David que acaba por a anular também. Decide, então, partir para uma viagem de 12 meses que a levará à Itália - para comer e aprender italiano - à Índia - para orar e se descobrir a si própria - e a Bali - onde acaba por encontrar o amor.
De leitura bastante acessível, até pela forma irónica com que Elisabeth fala de alguns (quase todos) temas, é de leitura quase obrigatória para quem precisa de se descobrir.
Confesso, mais uma vez, que fiquei com receio de ver o filme - baseado neste livro. Desconfio que, tal como na maioria dos casos, acabarei desiludida com o filme...