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Furiosamente Feliz - Um livro divertido sobre coisas horríveis de Jenny Lawson
Editado pela Marcador em 2016
ISBN: 9789897542497
Sinopse
Furiosamente Feliz é sobre agarrar os momentos em que as coisas estão bem e transformá-los em momentos fantásticos.
Esses instantes são aqueles que nos fazem ser quem somos e nos levam para a batalha que travamos connosco sempre que o nosso cérebro declara guerra à nossa existência.
Essa é a diferença entre «sobreviver à vida», e «viver a vida». Essa é a diferença entre estar «são» e estar «furiosamente feliz».
Furiosamente Feliz é um livro divertido sobre coisas horríveis.
A minha opinião
Culpada! Julguei um livro pela capa e foi pela capa que o comprei. Digam lá que não fariam o mesmo? Rory, este guaxinim sorridente conquista qualquer um, não acham? Não? bom, a mim conquistou-me e deixou-me com imensa vontade de ler o livro. E nem sequer fui atraída pela nota de € 25 que a autora promete que se vai encontrar na encadernação do livro.
Ainda antes dessa promessa, de que está uma nota de € 25 na encadernação do livro, Jenny Lawson diz-nos que:
Este é um livro divertido sobre viver com uma doença mental. Parece uma combinação horrível, mas eu sou uma doente mental e algumas das pessoas mais histéricas que conheço também o são. Por isso, se não gostar do livro, talvez não seja suficientemente doido para o apreciar. De uma forma ou de outra, acabará sempre por ficar a ganhar.
Eu adorei o livro o que diz muito sobre a minha saúde mental.
Ainda antes de vos falar mais sobre o livro, deixem-me dizer-vos que, se tem alguma fobia, se já tiveram (ou tem) depressão, se sofrem de ansiedade ou se tem alguma doença mental, este livro é perfeito e devem lê-lo.
Por outro lado, se conhecem alguém que sofra de algum destes problemas, este livro é perfeito e devem lê-lo.
Mas, se não têm nem nunca tiveram qualquer patologia do foro psicológico, e não conhecem alguém que tenha, parabéns. Está morto. Ou então não, está vivo e tem mesmo de ler este livro.
Jenny Lawson tem crises de depressão profunda. De ansiedade. Fobias várias (se bem que ter fobia de aranhas ou de cadáveres não pode ser considerado fobia porque é um medo muito lógico. Diz a autora e digo eu). Artrite reumatoide. Podia ter cancro mas afinal era apenas um sinal. Em suma, desde sempre que a autora se debate com diferentes formas de doenças mentais. E, num dia em que estava num momento muito mau, com uma das maiores crises de depressão que alguma vez teve, recebeu a notícia da morte duma amiga e decidiu que estava farta e que, daquele dia em diante, ia ser furiosamente feliz. E é assim que tem conseguido ultrapassar a doença.
Este livro não é um manual. Porque cada pessoa é única e, como tal, as suas fobias, os seus medos, a sua depressão ou ansiedade são diferentes pelo que, o que funciona com um, pode não funcionar com outro. Mas é uma forma de vermos – doentes, familiares e amigos – como por as coisas em perspectiva, como ajudar, como perceber aquilo que não nos conseguem explicar (e, um bom exemplo, é a forma como Jenny nos explica a depressão nas páginas dum livro).
Mas confesso que, mesmo não sendo um manual, este é um livro que nos ensina (ou relembra) que devemos viver e não sobreviver. Porque:
Todos temos a nossa dose de tragédia, de loucura ou de drama, mas o que fazemos com esse horror é o que faz a diferença.
Leiam. Não se vão arrepender. E, nos momentos mais escuros, peguem nele de novo. Se não for o Rory a fazer-vos sorrir, tenho a certeza que relerem, por exemplo, a conversa de Jenny com uma amiga a propósito dos três gatos mortos que recebeu no correio vai consegui-lo.
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