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O Covil dos Lobos de Juliet Marillier
Blackthorn & Grim - Livro 3
ISBN: 9789896579616
Editado em 2017 pela Editorial Planeta
Sinopse
Blackthorn conhece bem as regras: não procurar vingança, ajudar qualquer pessoa que pedir e praticar apenas o bem.
Mas depois da provação recente que ela e Grim sofreram, sabe que tem de encontrar o homem que lhe arruinou a vida.
Último livro da trilogia Blackthorn & Grim.
A minha opinião
Depois d'O Lago dos Sonhos e d'A Torre de Espinhos, foi com um amargo na boca que comecei a leitura deste último volume da trilogia Blackthorn & Grim.
Por um lado queria muito chegar ao fim e perceber se Blackthorn tinha conseguido cumprir as regras impostas pelo seu amigo Conmael e se, ao mesmo tempo, tinha percebido (sozinha) que o que a une a Grim é muito mais do que ela pensa. Não vou, obviamente, dar-vos as respostas a estas questões, bastando que vos diga que o livro não desilude e que, no fim, tudo está bem quando acaba bem.
Por outro lado, saber que, depois deste volume, me teria de despedir destas duas personagens - Blackthorn e Grim - fez com que tivesse vontade de demorar ainda mais a leitura. É, sem dúvida, um drama comum aos leitores: queremos acabar o livro mas não queremos acabar a leitura...
Qualquer um dos livros desta trilogia é contada a várias vozes. Para além de Blackthorn e Grim, neste volume conhecemos Cara e Bardan. E enquanto Blackthorn e Grim falam na primeira pessoa (com claras diferenças de linguagem que permitem, mesmo sem ler o titulo do capitulo, saber quem é quem), Cara e Bardan falam na terceira pessoa. Cara numa forma mais clara, afinal é uma jovem de 15 anos. E Bardan numa forma confusa, pensamentos soltos, próprios de quem não se entende a ele próprio, duma pessoa que se esqueceu do que é importante.
Mais uma vez, Juliet Marillier leva-nos numa viagem de mistério, pela Irlanda medieval, pelas histórias contadas à lareira, pelas lendas que encantam. É o seu estilo, onde se sente à vontade, e onde nos encanta. As suas personagens são sempre fortes, bem caracterizadas mas, ao mesmo tempo, bastante humanas, com falhas que todos nós podemos ter, o que leva a que o leitor festeje as suas vitórias e se entristeça com as suas derrotas. Só um mestre na escrita o poderia fazer e, sem dúvida, Juliet Marillier é uma mestra.
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