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50 anos/50 perguntas. Já fizeste a tua?
O Homem das Castanhas de Søren Sveistrup
Tradução de Rita Figueiredo
ISBN: 9789896657390
Editado em 2019 pela Suma de Letras
Sinopse
Uma tempestuosa manhã de Outubro. Num tranquilo subúrbio de Copenhaga, a Polícia faz uma descoberta terrível. No recreio de um colégio, uma jovem é encontrada brutalmente assassinada, e falta-lhe uma das mãos. Pendurado por cima dela, um pequeno boneco feito com castanhas.
A jovem e ambiciosa detective Naia Thulin é designada para desvendar o caso. Com o seu colega Mark Hess, um investigador que acabou de ser expulso da Europol, descobrem uma misteriosa prova sobre «o homem das castanhas», nome com que os media baptizaram o assassino. Existem evidências que o ligam a uma menina que desapareceu um ano antes e foi dada como morta: a filha da ministra Rosa Hartung.
Mas o homem que confessou o assassínio da menina, um jovem que sofre de uma doença mental, já está atrás das grades e o caso há muito tempo fechado. Quando uma segunda mulher é encontrada morta e, junto dela, mais um boneco de castanhas, Thulin e Hess suspeitam de que possa haver uma ligação entre o caso Hartung e as mulheres assassinadas.
Mas qual é a relação entre as duas mortes? Thulin e Hess entram numa corrida contra o tempo. O assassino tem uma missão e está longe de a terminar.
A minha opinião
Tenho de confessar. Resolvi ler este livro por causa das castanhas. Pois. De todas as razões pelas quais eu poderia ter escolhido ler O Homem das Castanhas (onde se inclui o facto do autor ter escrito The Killing e de estar muito bem classificado no Goodreads), eu escolhi lê-lo por causa das castanhas.
Tenho problemas, eu sei.
De qualquer maneira e independentemente da razão pela qual resolvi ler o livro, a verdade é que O Homem das Castanhas é, talvez, um dos melhores thrillers que li nos últimos tempos. Algumas das cenas (principalmente uma das últimas) deu-me volta ao estômago e "conseguiu" que eu me sentasse na cadeira do dentista mais horrorizada com o que tinha lido do que o facto de estar numa cadeira de dentista (odeio dentistas e tenho pavor a agulhas...).
O Homem das Castanhas tem todos os ingredientes que fazem um bom policial. Reviravoltas, pistas falsas, personagens empáticas e outras que odiamos. Situações inesperadas e um final surpreendente. E, mais surpreendente que o final, a hipótese de haver uma continuação (aparentemente sim, vai ter uma sequela). Mas, mais que isso, aborda as famílias de acolhimento e as crianças que acolhem, seja por que razão for e a sua importância no desenvolvimento dos menores acolhidos bem como da vertente social e política destas decisões tornando a história mais intensa.
Tive, em alguns momentos, dificuldade em largar este livro. Precisamente pela intensidade da história e pelos desenvolvimentos. Mas (e há um mas), alturas houve em que a escrita me irritou. Não sei bem explicar mas algumas frases (demasiadas frases) soavam estranhas. Não sei se da tradução (quero acreditar que não) se é mesmo culpa do autor mas certo é que aconteceu o que me tirou algum do prazer de ler este livro.
Mas, mesmo assim, sem dúvida que O Homem das Castanhas é excepcional e merece ser lido.
Leia aqui as primeiras páginas e veja aqui o Booktrailer
Classificação:
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