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O Labirinto dos Espíritos

por Magda L Pais, em 22.12.16

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O Labirinto dos Espíritos de Carlos Ruiz Zafón

Saga O Cemitério dos Livros Esquecidos - volume IV

Editado pela Editorial Planeta em 2016

ISBN: 9789896578497

 

Sinopse

Na Barcelona de fins dos anos de 1950, Daniel Sempere já não é aquele menino que descobriu um livro que havia de lhe mudar a vida entre os corredores do Cemitério dos Livros Esquecidos. O mistério da morte da mãe, Isabella, abriu-lhe um abismo na alma, do qual a mulher Bea e o fiel amigo Fermín tentam salvá-lo.

Quando Daniel acredita que está a um passo de resolver o enigma, uma conjura muito mais profunda e obscura do que jamais poderia imaginar planta a sua rede das entranhas do Regime. É quando aparece Alicia Gris, uma alma nascida das sombras da guerra, para os conduzir ao coração das trevas e revelar a história secreta da família… embora a um preço terrível.

O Labirinto dos Espíritos é uma história electrizante de paixões, intrigas e aventuras. Através das suas páginas chegaremos ao grande final da saga iniciada com A Sombra do Vento, que alcança aqui toda a sua intensidade, desenhando uma grande homenagem ao mundo dos livros, à arte de narrar histórias e ao vínculo mágico entre a literatura e a vida.

 

A minha opinião

Faz precisamente hoje um ano que li A sombra do vento, primeiro volume desta extraordinária saga O Cemitério dos Livros Esquecidos. Fecha-se o ciclo e de uma forma mágica com O Labirinto dos Espíritos a arrumar todas as perguntas que tinham ficado em aberto nos outros três livros.

É quase impossível não ficarmos encantados com a escrita de Carlos Ruiz Zafón. As figuras de estilo utilizadas pelo autor são a sua imagem de marca, sem dúvida mas também a forma magistral como caracteriza as suas personagens ou os diálogos únicos, vividos e reais.

Mais extraordinário ainda é que Carlos Ruiz Zafón consegue efectivamente aquilo a que se propôs. Uma história contada em quatro volumes, interligadas entre si mas que podem ser lidas pela ordem que o leitor quiser. Porque, tal como num labirinto, todas as entradas são válidas e há várias formas de chegar à história por completo.

Dos quatro livros, seguramente que A sombra do vento é o melhor (pelo menos para mim). Mas O Labirinto dos Espíritos é o melhor dos outros três. Pelas intrincadas histórias, por um dos temas que aborda (e do qual não vou aqui falar para não estragar a surpresa) e por ser, dos quatro, o que se aproxima mais dum policial.

Como falei mais acima, n'O Labirinto dos Espíritos, todas as dúvidas ficam respondidas. As que surgiram nos outros livros mas também as que surgem no decorrer da leitura destas quase 900 páginas. Não identifico um momento de apoteose no livro, antes pelo contrário. As situações vão-se sucedendo de forma cadenciada, sem picos, mantendo o leitor sempre preso à narrativa (o que não é, quanto a mim, fácil mas que Zafón consegue). E quando percebemos...

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chegamos ao fim, e, apesar de serem duas da manhã, apetece-nos pegar no primeiro livro e ler a saga toda de seguida, apesar de sabermos exactamente o que se passa, como se passa e o que vai acontecer. Porque queremos degustar do prazer da companhia de Daniel e de Férmin por mais uns tempos, queremos voltar a sorrir, queremos voltar a nos enternecer e queremos voltar a sonhar.

E é disto que são feitos os bons livros.

 

 

(já participaram no Passatempo O Retrato de Dorian Gray?)


13 comentários

De Magda L Pais a 04.01.2017

sim, seguramente que O Labirinto dos Espíritos deve ser o último por fechar todas as histórias. Mas admito que possa ser lido noutra ordem. Eu é que sou mais papista que o papa e acho que, se o escritor escreveu nesta ordem, é nesta ordem que se deve ler

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