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O Livro dos Baltimore

por Magda L Pais, em 17.06.16

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O Livro dos Baltimore de Joël Dicker

Editado em 2016 pela Alfaguara Portugal

ISBN: 9789896650674

 

Sinopse

«Se encontrar este livro, por favor leia-o. Queria que alguém conhecesse a história dos Goldman de Baltimore.»

Até ao dia do Drama, existiam dois ramos da família Goldman: os Goldman de Baltimore e os Goldman de Montclair.

O ramo de Baltimore, próspero e bafejado pela sorte, mora numa luxuosa mansão. Encarna a imagem da elite americana, abastada e influente, que vive em bairros exclusivos, passa férias nos Hamptons e frequenta colégios privados. Já os Goldman de Montclair são uma típica família de classe média e vivem numa casa banal em Nova Jérsia. É a esta família modesta que pertence Marcus Goldman, autor do romance A verdade sobre o caso Harry Quebert. Mas era à família feliz e privilegiada de Baltimore que Marcus secretamente desejava pertencer. Mas tudo isto se transforma com o Drama.

Oito anos depois do dia que tudo mudou, é a história da sua família que Marcus Goldman decide investigar. Movido pelas memórias felizes dos tempos áureos de Baltimore, procura descobrir o que se passou no dia do Drama, que mudaria para sempre o destino da família. O que aconteceu realmente aos Goldman de Baltimore?

 

A minha opinião

É oficial e creio que o posso divulgar. Joël Dicker está, neste momento, no top do top dos meus escritores masculinos preferidos, diria até que por uma grande margem. Nenhum outro conseguiu, até hoje, a proeza de me fazer ler mais de metade dum livro numa tarde/noite em período de trabalho. Nas férias sim, sou menina para ler um livro num dia com a maior das tranquilidades mas ontem, dia de trabalho, quando cheguei a casa e com menos de metade do livro lido, decidi que não me deitava enquanto não percebesse o que realmente se tinha passado com os gangue dos Goldman.

Contado a três tempos - até ao drama, o ano após o drama e oito anos após o drama - Joël Dicker dá-nos a mão de uma forma soberba para que, com ele, possamos acompanhar a vida de Marcus, o seu crescimento e a constatação de que, afinal, nenhum (ou quase nenhum) dos acontecimentos que levaram ao drama se passou exactamente como ele pensava. 

Aliás, no Livro dos Baltimore, Joël Dicker dá outra vez cartas, de forma (no mínimo) magistral às voltas, reviravoltas e novas voltas que dá a cada acontecimento, levando-nos a conclusões que, páginas depois, se revelam erradas porque aparece uma nova informação.

Confesso que alguns momentos da juventude do gangue são previsíveis. Sim, são. Mas porque boys will always be boys e estes também o são. Ai está outro dos encantos da escrita de Joël Dicker. O realismo. Faz-nos acreditar que está tudo ali, que nos está a contar tudo e que estamos a viver o mesmo que as personagens. Não é isso que todos os leitores desejam? viver as personagens dos livros? Joël Dicker leva-nos a viver os seus livros. A vibrar. Enervamos-nos com eles. Queremos entrar no livro e dizer ao Marcus e à Alexandra que se deixem de tretas que já todos percebemos o que eles não perceberam ainda.

E quando se acaba a última página... a sensação de vazio. E o pensamento: Que raio vou eu ler depois disto? nada. Não há livro nenhum que pense em pegar enquanto não termino o luto deste, enquanto digiro a história e deixo que a história tome conta de mim.


6 comentários

De Maria das Palavras a 17.06.2016

Gosto de acreditar que sou a responsável por essa paixão, que fui eu que te apresentei ao Moço, quando um dia o tirei da prateleira e me surpreendi e te arrastei. E depois tu influenciaste outras mil pessoas a conhecê-lo. E hoje somos uma legião de fãs Image


Quero muito ler os Baltimore e o outro, o primeiro. Já não tarda. 

De Magda L Pais a 17.06.2016

mas podes mesmo acreditar que é a mais pura das verdades. O Moço (jeitoso como o raio e ainda mais simpático) passar-me-ia despercebido se não fosses tu! 

Este livro consegue ser ainda melhor que A Verdade Sobre o Caso Harry Quebert!

De Magda L Pais a 17.06.2016

pois... por estar em pulgas é que ontem não me deitei enquanto não o acabei!

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