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O Rouxinol

por Magda L Pais, em 26.08.16

 

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O Rouxinol de Kristin Hannah

ISBN: 9789722532099

Editado em 2016 pela Bertrand Editora

Sinopse

Na tranquila vila de Carriveau, Vianne despede-se do marido, Antoine, que parte para a frente da batalha. Ela não acredita que os nazis vão invadir a França… mas é isso mesmo que fazem, em batalhões de soldados em marcha, em caravanas de camiões e tanques, em aviões que enchem os céus e largam as suas bombas por cima dos inocentes. Quando um capitão alemão reclama a casa de Vianne, ela e a filha passam a ter de viver com o inimigo, sob risco de virem a perder tudo o que têm. Sem comida, dinheiro ou esperança, e à medida que a escalada de perigo as cerca cada vez mais, é obrigada a tomar decisões impossíveis, uma atrás da outra, de forma a manter a família viva. Isabelle, a irmã de Vianne, é uma rebelde de dezoito anos, que procura um objetivo de vida com toda a paixão e ousadia da juventude.

Enquanto milhares de parisienses marcham para os horrores desconhecidos da guerra, ela conhece Gäetan, um partisan convicto de que a França é capaz de derrotar os nazis a partir do interior. Isabelle apaixona-se como só acontece aos jovens… perdidamente. Mas quando ele a trai, ela junta-se à Resistência e nunca olha para trás, arriscando vezes sem conta a própria vida para salvar a dos outros. Com coragem, graça e uma grande humanidade, a autora best-seller Kristin Hannah capta na perfeição o panorama épico da Segunda Guerra Mundial e faz incidir o seu foco numa parte íntima da história que raramente é vista: a guerra das mulheres.

O Rouxinol narra a história de duas irmãs separadas pelos anos e pela experiência, pelos ideais, pela paixão e pelas circunstâncias, cada uma seguindo o seu próprio caminho arriscado em busca da sobrevivência, do amor e da liberdade numa França ocupada pelos alemães e arrasada pela guerra. Um romance muito belo e comovente que celebra a resistência do espírito humano e em particular no feminino. Um romance de uma vida, para todos.

A minha opinião

Andei semanas à procura deste livro, fosse nas vendas em segunda mão, nas livrarias on line e nas livrarias físicas. Tudo porque duas apaixonadas por leitura como eu me recomendaram que o lesse. Não o encontrei e, confesso, às tantas desisti. Até que o encontrei por acaso e lá o trouxe para casa.

Foram três dias de leitura intensa. De vontade de não o largar. De pensar em chegar tarde ao trabalho, ou de prolongar a hora de almoço. Ou de não me deitar. E tudo porque a história de Vianne e Isabelle queria continuar a ser contada e eu queria, por tudo, chegar ao fim.

Duas irmãs, tão diferentes como a água e o vinho, duas histórias distintas da resistência francesa na segunda guerra mundial. O amor entre elas, de uma mãe pela sua filha e dum pai que só o conseguiu ser nas últimas horas de vida. Até onde chega a capacidade de adaptação do ser humano? quantas formas diferentes existem de ajudar e como se separam famílias em tempo de paz. E as amizades improváveis entre conquistadores e conquistados que podem acontecer inesperadamente.

Encontrei tudo isto neste livro. Momentos de paz, de horror, de stress, de torcer pelo inimigo e de esperar pelo melhor, sabendo, de antemão, que a segunda guerra mundial e os nazis elevaram a fasquia do pior lado do ser humano mas que, ainda assim, o amor e a amizade sobreviveram.

E as mulheres. As que foram deixadas para trás quando a guerra começou e que, no fim, foram fundamentais para que a Resistência cumprisse o seu papel. 

Este é um livro que homenageia essas mesmas mulheres. As que saíram para combater os alemães, distribuindo panfletos, ajudando os aviadores a fugir mas também àquelas que ficaram nas suas casas e que viram os seus familiares e amigos serem mortos porque eram judeus, comunistas ou só porque os alemães não gostavam deles. Com a morte à espreita em cada dia e sempre sem saberem o que comer na refeição seguinte.

Esta minha primeira experiência com Kristin Hannah foi recompensadora, marcante e, seguramente, a repetir. Porque está, seguramente, entre as melhores.

 

(leia as primeiras páginas aqui)

 


8 comentários

De Magda L Pais a 06.09.2016

Tens de ler este livro! lê-se muito bem e é fantástico mesmo

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