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O velho que lia romances de amor

por Magda L Pais, em 25.04.16

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O velho que lia romances de amor de Luís Sepúlveda

Editado pela primeira vez em Portugal em 1989 pela Asa Editora
ISBN: 978-972-0-04187-6
 
Sinopse
Antonio José Bolívar Proaño vive em El Idilio, um lugar remoto na região amazónica dos índios shuar, com quem aprendeu a conhecer a selva e as suas leis, a respeitar os animais que a povoam, mas também a caçar e descobrir os trilhos mais indecifráveis.
Um certo dia resolve começar a ler, com paixão, os romances de amor que, duas vezes por ano, lhe leva o dentista Rubicundo Loachamín, para ocupar as solitárias noites equatoriais da sua velhice anunciada. Com eles, procura alhear-se da fanfarronice estúpida desses "gringos" e garimpeiros que julgam dominar a selva porque chegam armados até aos dentes, mas que não sabem enfrentar uma fera a quem mataram as crias.
Descrito numa linguagem cristalina e enxuta, as aventuras e emoções do velho Bolívar Proaño há muito conquistaram o coração de milhões de leitores em todo o mundo, transformando o romance de Luis Sepúlveda num "clássico" da literatura latino-americana.
 
A minha opinião
Li este livro há uns anos valentes e tive agora a oportunidade de o reler. Não perdeu o encanto. Luís Sepúlveda é um daqueles escritores que não desilude, por mais vezes que se leia.
O velho que lia romances de amor conta-nos a história de Antonio José Bolívar Proaño, um velho que conhece a selva e os animais como ninguém mas que prefere passar os dias a ler romances "bem tristes, com muito sofrimento por causa do amor e com um final feliz". Até ao dia em que aparece um garimpeiro morto por uma pantera e Antonio é forçado a acompanhar a autoridade (um administrador com mais mania que jeito) na caçada. Mas Antonio só quer estar na sua "choça, com os seus romances que falavam do amor com palavras tão bonitas que às vezes lhe faziam esquecer a barbárie humana."
De leitura fácil mas envolvente, quase que nos sentimos transportados para a Amazónia. Sem ser excessivamente descritivo, a verdade é que este pequeno livro nos leva numa grande viagem pelos shuar, por El Idilio e pelo Brasil de outros tempos.
Um excelente livro, em suma.
 

6 comentários

De Inês a 25.04.2016

Surpreendeu-me muito este livro =)

De Magda L Pais a 06.05.2016

é um livro delicioso

De A rapariga do autocarro a 25.04.2016

A par "A história da gaivota e do gato que a ensinou a voar" dos meus livros favoritos do Sepúlveda!

De Magda L Pais a 06.05.2016

sim, esse livro é também um mimo. Gosto imenso

De Catarina a 26.04.2016

Também o reli recentemente. Estive durante uns belos tempos a reler os livros de Sepúlveda. Já me tinha esquecido o quão boa é a escrita dele.

De Magda L Pais a 06.05.2016

é uma escrita que não desilude e que se lê muito bem

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