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Orgulho e Preconceito

por Magda L Pais, em 27.11.18

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Orgulho e Preconceito de Jane Austen

Primeira edição em 1813

Tradução de José da Natividade Gaspar

ISBN: 9789722635899

Editado em 2012 pela Livraria Civilização Editora

Sinopse

Uma clássica história de amor e mal-entendidos que se desenrola em finais do século XVIII e retrata de forma acutilante o mundo da pequena burguesia inglesa desse tempo. Um mundo espartilhado por preconceitos de classe, interesses mesquinhos e vaidades sociais, mas que, no romance, acabam por ceder lugar a valores mais nobres: o amor.

As cinco irmãs Bennet, Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty, foram criadas por uma mãe cujo único objetivo na vida é encontrar maridos que assegurem o futuro das filhas. Mas Elizabeth, inteligente e sagaz, está decidida a ter uma vida diferente da que lhe foi destinada.

Quando Mr. Bingley, um jovem solteiro rico, se muda para uma mansão vizinha, as Bennet entram em alvoroço…

A minha opinião

Bem, desconfio que é desta que vou perder a minha credibilidade... um clássico tão bem cotado, considerado imprescindível e de leitura obrigatória e eu tive de me forçar a ler até ao fim...

A sério, tanta mas tanta futilidade, do principio ao fim do livro. Sim, eu sei, eu compreendo, foi escrito e publicado inicialmente em 1813, altura em que as mulheres eram consideradas meras peças decorativas, não tinham direito a heranças e só valiam por saberem dançar ou tomar conta da casa. Mas passar não sei quantas páginas a divagar sobre o facto de Mr Darcy ser ou não um cavalheiro ou porque é que ele não quis dançar com as meninas casadoiras é capaz de ser demais (ou pelo menos é demais para mim).

Li, algures em 2015, Jane Eyre, editado pela primeira vez mais ou menos na mesma altura e, ao contrário deste Orgulho e Preconceito, adorei. Achei que tinha conteúdo, que era mais do que bailes e conversa. Tinha uma história com pés e cabeça, com interesse. Espremendo-se Jane Eyre, temos uma belíssima limonada, mas com Orgulho e Preconceito morremos à sede enquanto se baila ou se procura um casamento de jeito.

Mas não se fiem em mim, experimentem por vós. Pode ser que tenham uma opinião diferente.

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11 comentários

De Nathy ღ a 27.11.2018

Eu tenho uma carinho especial por esse livro. Foi o primeiro que li do principio ao fim, e é o livro que levou-me a gostar de clássicos e de ler. Costumo dizer que é um livro repleto de primeiras vezes para mim...
Lá está não temos que gostar todos do mesmo.
Tu não gostas assim tanto de romances (para não dizer nada ) por isso não me choca assim tanto que não tenhas gostado.
Por curiosidade: vais ler a nova versão?

De Magda L Pais a 27.11.2018

Foi precisamente por causa da versão actualizada que quis ler este. Já estou a ler e a gostar bastante (Até porque mete muito humor)

De Sarin a 27.11.2018

Mas a futilidade é exactamente uma das características que Jane Austen mais explorou, com muito humor e sagacidade qb - repara que tanto a Mãe e irmãs mais novas de Lizzie como a Miss Bingley e a Sr.a Hurst são fúteis, mas a futilidade do campo e da cidade são diferentes na sua manifestação. O livro é um romance, mas é acima de tudo um documento fiel da vida dos nobres e burgueses ingleses daquele período. Ainda hoje a sociedade inglesa se pauta pela futilidade no relacionamento com os outros - todas as etiquetas e formalismos até nas conversas para cada ocasião :)


Sugestão: Norte e Sul, Elizabeth Gaskell (se quiseres, tenho esta etiqueta lá no burgo - falei pouco de livros, porque outros temas vão surgindo, mas quando falo rodeio o livro ;))

De Magda L Pais a 28.11.2018

Admiro que sim, que o livro tenha o seu valor por mostrar a sociedade inglesa da época. Mas lá está, Jane Eyre também o faz mas mais ao meu género. Como a Nathy disse mais acima, romances não são mesmo a minha praia. Ou melhor, gosto de romances quando há mais do que o romance na história, quando o romance é só uma parte do livro

De Sarin a 27.11.2018

Nova versão do Orgulho e Preconceito?


Conheço a sequela, escrita pela Colleen McCullough (outra escritora muito boa) sobre a vida de Lydia após o casamento; será essa?

De Magda L Pais a 28.11.2018

Não. Não é esse. Saiu há coisa de duas semanas, pela Saída de Emergência, um livro chamado "um bom partido" que é a mesma história de Orgulho e Preconceito mas passado nos dias de hoje.

De Sarin a 28.11.2018

Certo, obrigada pela actualização.

Sabias que o Orgulho e Preconceito é um dos livros com mais adaptações cinematográficas? :)

Mas aconselho a mini-série da BBC. Talvez com esta notes que o romance, sendo o centro, é apenas e quase um pretexto para as várias prquenas histórias pessoais serem contadas (está fidelíssima ao livro, ao contrário do tonto do filme mais aclamado).
E, claro, nem todos apreciamos os mesmos estilos literários - apenas alerto que há romances em que a história de amor é acessória ;)

De Magda L Pais a 02.12.2018

Tenho ver se encontro essa série da BBC. Acho que vi um filme, mas já nem me lembro bem

De Sofia a 27.11.2018

Adorei os filmes, mas nunca li os livros!

De Magda L Pais a 28.11.2018

Acho que vi o filme mas confesso que não me lembro bem

De pt a 28.12.2018

TENHO uma opinião diferente.
Muito diferente.

Já viste a série (de tv) orgulho e preconceito? Se calhar era uma boa ideia, visto que te pode auxiliar a entender melhor como tudo está interligado. Essas "conversas" refletem a sociedade da altura e são importantes para entender os comportamentos de cada personagem. É um livro muito bem imaginado e... curto. Li-o em ingles, nunca encontrei uma versão PT.

Ve a série e até pode ser que entendas "Bridget Jones" (Claramente inspirada em Orgulho e Preconceito mas em versão moderna - ate roubou o nome do protagonista E O PROPRIO PROTAGONISTA).

Graças a esta série de TV o Colin Flirt é conhecido até hoje e apanhou papéis de gala uns atrás dos outros. O mulherio derreteu-se com ele e aqui no UK ainda é um exemplo de cavalheirismo.

Orgulho e preconceito também é muito sobre aparencias. O que ainda hoje se aplica. Darcy, sem dúvida, parece à primeira vista um tipo antipático e pedante. Mas descobre-se que é ao rapaz simpático e que agrada a todos a quem falha carácter. Tens a Charlotte que é o outro ponto oposto da sociedade (acho-a fantástica a nivel intelectual) e tens a própria Lizzi - que é uma personagem com quem embirro até hoje. Porque fala tanto dos defeitos de Darci contudo passa o tempo todo a julgá-lo. E está errada nesse julgamento mas como é precipitada nos seus julgamentos, foi preciso uma catástrofe que ia arruinar a vida da família, a sua, a da sua irmã, jamais ia casar-se com alguém porque uma das suas irmãs era LIBERTINA... E foi o Darcy que impediu isso de acontecer. O seu gesto fê-la apaixonar-se.

Enfim, vê a série, não o filme, porque tem uma magia especial.

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