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2017 em livros

por Magda L Pais, em 26.12.17

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27808 páginas, divididas por 78 livros. Este poderia ser o resumo muito resumido dos livros que li em 2017, mas faltaria (falta sempre) juntar as horas de prazer, de viagens, de conhecimento e de divertimento que acumulei enquanto lia.

Em 2017, o livro mais pequeno que li foi Vamos comprar um Poeta de Afonso Cruz e o maior foi 22 11 63 de Stephen King. Também os livros não se medem aos palmos e ambos - o mais curto e o mais longo - foram livros que classifiquei com cinco estrelas porque não se podem dar mais no Goodreads.

2017 foi também um ano de desafios em conjunto. O Alfabeto Literário e o Natal com Livros. Obrigado a todos os que juntaram nesta loucura de responder a várias questões relacionadas com livros.

O livro secreto continua a levar-me pela leitura de autores desconhecidos e a levar-me a sair da minha zona de conforto, não obstante eu já fazer por isso.

Dois momentos inesquecíveis em 2017, com Dan Brown no CCB em Lisboa  e Anne Bishop no Festival Bang.

Foram 78 livros, alguns muito bons, outros assim assim e ainda algumas surpresas ou desilusões. Esperava mais da Palestina, Isabel de Aragão deixou-me com a falsa sensação das rainhas portugueses serem todas iguais e Nem Todas as Baleias Voam foi a excepção que confirma a regra (sendo a regra a de que sou fã de Afonso Cruz).

Despedi-me da saga As Jóias Negras (a saga que me apresentou Anne Bishop) bem como de Simon e Meg (a saga Os Outros vai voltar mas sem estas duas personagens).

Sem nenhuma ordem especial, os dez melhores livros que li em 2017 foram: O Último dos Nossos, Vamos comprar um Poeta, 22 11 63,  As Lamas do Mississípi, A Rainha Vermelha, Estrada da Noite, O Assassino do Bobo, O filho de mil homens, A Mulher do Viajante no Tempo, e Os Loucos da Rua Mazur.

Termino 2017 com a ler três livros ao mesmo tempo. Winston Churchill: Uma vida de Martin Gilbert, Os Passageiros do Tempo de Alexandra Bracken e os Contos de Natal de Charles Dickens, e não me parece que os vá acabar este ano. Infelizmente estragaram-me as festas e a leitura. Contarei aqui sobre isso logo que esteja resolvido. Até lá, a vontade de ler é muita mas a cabeça não me deixa concentrar para o fazer.

Terminei 2016 com 152 livros para ler. Estamos no final de 2017 e "já só" faltam 182... Continuamos a ler em 2018?

 

Entretanto...

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Antes que Seja Tarde

por Magda L Pais, em 10.12.17

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Antes que Seja Tarde de Margarida Rebelo Pinto 

ISBN: 9789897244001

Editado em 2017 pelo Clube do Autor

Sinopse

Neste novo livro de Margarida Rebelo Pinto encontramos três mulheres de gerações diferentes, desde os anos 60 até aos dias de hoje, com vidas sentimentais atribuladas e algo em comum: a atração pelo proibido.

Antes que seja tarde é um romance sobre o lado mais selvagem do amor, quando a paixão manda mais do que a razão e os sentidos falam mais alto. Os amores proibidos nunca caem na rotina, mas serão o caminho certo para o verdadeiro amor? O que fazer quando não se pode construir uma vida com quem se ama?

O destino cruzado destas 3 mulheres leva-nos a uma viagem alucinante sobre o lado obscuro das relações, onde a mentira, a traição e o adultério andam a par com a dignidade de uma grande história de amor.

A minha opinião

Li, em toda a minha vida, apenas um livro de Margarida Rebelo Pinto e, confesso, cuidava que não iria ler mais nenhum. Mas apareceu-me este e, Antes que Seja Tarde, decidi lê-lo de mente aberta e sem pré julgamentos, o que, creio, ajudou a que a experiência não fosse tão má como julgaria ao inicio.

Começo pela capa. Esta capa é extremamente feliz e bem conseguida. Pede que se pegue no livro e que se leia. São poucas as capas que me conquistam assim e que me agradam tanto.

Antes que Seja Tarde fala-nos de amores e desamores. De casamentos e traições. De conquistas. De relações cruzadas e das relações que não duram

O mundo entrou no fast-food emocional e não estou a ver quando e como o registo vai mudar. Vivemos numa sociedade líquida, com relações fugazes e inconsequentes, para andar aos encontrões, mais vale estar quieta

Mas fala-nos também de como o amor pode estar ali, à espreita, desde que o queiramos encontrar. Da coragem que é preciso para virar a página, de como devemos lutar pelo que queremos e não ficar à espera que nos caia no prato. E de como cada história tem dois lados.

Antes que Seja Tarde surpreendeu-me pela positiva. Quem sabe não vos surpreenderá também.

leia aqui as primeiras páginas

Classificação:

(este livro foi-me oferecido pelo Clube do Autor em troca duma opinião honesta e sincera)

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As Incríveis Aventuras da Super-Miúda

por Magda L Pais, em 10.12.17

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As Incríveis Aventuras da Super-Miúda de João Miguel Tavares

ISBN: 9789897244032

Editado em 2017 pelo Clube do Autor

Sinopse

Rita é a personagem principal deste livro e o facto de ter o nome da filha mais nova de João Miguel Tavares não é pura coincidência. Foi ela que inspirou o pai a escrever esta história deliciosa, cheia de aventuras divertidas e muita imaginação.

As Incríveis Aventuras da Super-Miúda nasceram à mesa da cozinha, em forma de canção, sempre que a Rita dava mais trabalho a comer a papa. É por isso que o pai está tão zangado com ela no início da história. A certa altura, o livro, tal como a Rita, ganhou asas. E transformou-se nisto: uma aventura sobre a necessidade de termos regras e aceitarmos os nossos limites.

Inclui CD grátis cantado por Samuel Úria.

A minha opinião

Diz que este livro é para crianças. Dos 6 aos 10 anos. Desconfio que poderá, antes, ser dos 6 aos 60. São 48 páginas divertidas, bem dispostas, com ilustrações extraordinárias que entretêm. Claro que uma criança lerá mais devagar e, por isso, usufruirá mais deste livro. Mas querem um conselho de quem o leu num trago? leiam-no vocês às vossas crianças. Devagarinho, saboreando a leitura e as ilustrações, enquanto ouvem o CD (que eu não ouvi ainda mas irei ouvir com a minha sobrinha mais nova, enquanto lermos, as duas, este livro, na noite de Natal).

Acreditem, qualquer criança irá adorar receber este livro de prenda e que vocês se sentem com eles a ler, entre duas filhoses e um chá. Aproveitem esta sugestão que não se vão arrepender.

 

Classificação:

(este livro foi-me oferecido pelo Clube do Autor em troca duma opinião honesta e sincera)

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Os Loucos da Rua Mazur

por Magda L Pais, em 07.12.17

 

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Os Loucos da Rua Mazur de João Pinto Coelho

ISBN: 9789896604578

Editado em 2017 pela Leya

Sinopse

Quando as cinzas assentaram, ficaram apenas um judeu, um cristão e um livro por escrever.

Paris, 2001. Yankel - um livreiro cego que pede às amantes que lhe leiam na cama - recebe a visita de Eryk, seu amigo de infância. Não se vêem desde um terrível incidente, durante a ocupação alemã, na pequena cidade onde cresceram - e em cuja floresta correram desenfreados para ver quem primeiro chegava ao coração de Shionka. Eryk - hoje um escritor famoso - está doente e não quer morrer sem escrever o livro que o há de redimir. Para isso, porém, precisa da memória do amigo judeu, que sempre viu muito para além da sua cegueira.

Ao longo de meses, a luz ficará acesa na Livraria Thibault. Enquanto Yankel e Eryk mergulham no passado sob o olhar meticuloso de Vivienne - a editora que não diz tudo o que sabe -, virá ao de cima a história de uma cidade que esteve sempre no fio da navalha; uma cidade de cristãos e judeus, de sãos e de loucos, ocupada por soviéticos e alemães, onde um dia a barbárie correu à solta pelas ruas e nada voltou a ser como era.

Na senda do extraordinário Perguntem a Sarah Gross, aplaudido pelo público e pela crítica, o novo romance de João Pinto Coelho regressa à Polónia da Segunda Guerra Mundial para nos dar a conhecer uma galeria de personagens inesquecíveis, mostrando-nos também como a escrita de um romance pode tornar-se um ajuste de contas com o passado.

A minha opinião

Gosto, honestamente, do facto de estar a acompanhar o nascimento de um escritor que, tenho a certeza, ficará para a história (bem, e do facto de ter os dois primeiros livros dele autografados, também mas isso são outras histórias). É o caso de João Pinto Coelho (só lamento que demore dois anos entre cada livro mas pronto, também não quero literatura de pronto a vestir, prefiro literatura de alfaiate).

Perguntem a Sarah Gross é, sem dúvida, o número 1. Primeiro livro do autor, primeiro livro que li dele e, para mim, o melhor dos dois. Não que Os Loucos da Rua Mazur não seja bom, que é (ou, suponho, nem teria ganho o Prémio Leya 2017) mas porque me identifiquei mais com o primeiro. Coisas de leitores, nada a fazer. E nem sequer tem a ver com a violência retratada neste segundo livro (há livros muito violentos sobre a segunda guerra mundial, alguns dos quais me deixaram com nós no estômago e que até já reli).

Os Loucos da Rua Mazur leva-nos à Polónia e à França, numa viagem no tempo e no espaço. Perde, quanto a mim, um pouco, na quantidade de personagens que nos são apresentadas a cada trecho. Às tantas dei por mim a voltar atrás para perceber quem era quem, coisa que me desagrada sempre um pouco (principalmente quando estou a adorar a leitura, como era o caso, porque tenho sempre a sensação que perco tempo precioso).

Este é um livro violento, que retrata uma noite louca, em que cristãos chacinaram judeus, os seus vizinhos, pessoas com quem tinham relações de amizade de anos. E nem sequer podem culpar os nazis que não estavam na cidade, o que vem provar que qualquer ser humano, seja qual for a nacionalidade, o credo ou a raça pode cometer actos de pura barbárie.

Estranhamente (ou talvez não) a imagem que me ficou foi a sensibilidade e a ternura em contraponto à violência que rodeava Tauba e Perla e os seus filhos bebés. Mais do que tudo o resto, é esta a parte do livro que me irá acompanhar.

Nota-se, sem dúvida, um crescimento na escrita de João Pinto Coelho neste Os Loucos da Rua Mazur que nos apresenta uma escrita mais madura, com menos diálogos e mais descrições, mais emotiva e ainda mais interessante. Claro que ainda há margem para melhorar (todos temos essa margem, pena que nem todos a aproveitem) e eu cá estarei para acompanhar esse crescimento, lendo todos os livros que editar (mesmo que tenha prometido a mim mesma comprar menos livros...)

 

Classificação:

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Retrato de Família

por Magda L Pais, em 02.12.17

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Retrato de Família de Jojo Moyes

ISBN: 978-972-0-04195-1

Editado em 2017 pela Porto Editora

Sinopse

1953, Isabel II é coroada. A comunidade inglesa em Hong Kong reúne-se para celebrar o acontecimento. Para Joy, trata-se apenas de mais uma reunião enfadonha, idêntica a tantas outras. Mas a sua vida transformar-se-á nessa mesma noite ao conhecer o jovem oficial da Marinha Edward Ballantyne. A impulsiva proposta de casamento após um breve encontro parece ser a resposta a todos os desejos de Joy.

Mais de quarenta anos volvidos, Joy e Edward vivem na Irlanda e a sua relação com Kate, a filha, e Sabine, a neta de dezasseis anos, é distante e fria. Em Londres, Kate tenta resolver mais uma das suas inúmeras crises amorosas e, numa tentativa de proteger Sabine, decide que ela vá passar umas férias com os avós.

Para surpresa geral, Sabine parece adaptar-se bem à vida no campo e ao difícil temperamento da avó. Até que o súbito agravamento do estado de saúde de Edward obriga Kate a um inesperado regresso à casa de família, reabrindo as velhas feridas que a separam de Joy. Que segredos afastam mãe e filha? Poderá Sabine unir duas gerações tão diferentes, ou cairá também ela no silêncio que as separa?

A minha opinião

Depois de Viver depois de ti e Viver sem ti, fiquei com curiosidade de ler mais Jojo Moyes. E a Olivia emprestou-me este Retrato de Família (vai dai, eu que sou distraída, esqueci-me do livro dentro dum envelope e nunca mais me lembrei, até ao dia em que, cá em casa, procurava um livro que tinha deixado no trabalho. Enfim, Magda a ser Magda, não vale mesmo a pena).

Adiante.

Retrato de Família conta-nos a história de amor dos avós de Sabine e que se baseia na história de amor dos avós de Jojo.

As histórias de amor dos avós dão sempre lindas histórias, ainda que não se saiba escrever tão bem como esta autora.

Foi o primeiro livro que a autora escreveu e isso é claro em vários momentos do livro. Ainda assim, é um livro bastante interessante, com personagens fortes, bem construidas e que nos deixam a pensar em cada uma das situações. Annie, apesar de ser uma personagem quase secundária acabou por ser a que mais me tocou, pela complexidade dos seus sentimentos, pela complexidade da sua história. Annie - para mim - merecia todo um livro.

Todas as famílias tem uma história, relações mais ou menos conflituosas entre os seus elementos, amores e desamores, desavenças e encontros. São família, não a escolhemos mas acabamos por - mesmo nos piores momentos - a amar. Ainda que não saibamos explicar porquê. Retrato de Família fala-nos disso mesmo. Duma família desavinda, de uma filha que se desentende com a mãe mas que acaba por perceber que as mães fazem aquilo que acham melhor para proteger os filhos (ainda que algumas, enfim, nem mereçam esse nome).

No geral é, sem dúvida, um livro a ler e que me deixa cheia de vontade de pegar em mais Jojo Moyes. Se não me falha a memória, há por aqui em casa mais um livro dela por ler. A ver se, em breve, lhe dou a atenção que ele merece.

(Leia aqui as primeiras páginas)

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