Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
A Canção de Tróia de Colleen McCullough
Ebook
Sinopse
Colleen McCullough atinge o auge da sua carreira de escritora com A Canção de Tróia, uma obra que recria a trágica e terrível saga da Guerra de Tróia, uma história com três mil anos de existência – uma história de amores que ignoram barreiras e de ódios nunca mitigados, de vingança e de traição, de honra e sacrifício.
Tão viva e apaixonante como se fosse contada pela primeira vez, a narrativa é assumida pelas vozes das diversas personagens: Príamo, rei de Tróia, condenado a tomar as decisões erradas pelos motivos certos; a princesa grega Helena, uma beldade que é escrava dos seus desejos e que abandona um marido enfadonho pelo amor de outra beldade, tão escravo dos seus desejos como ela – o príncipe Páris de Tróia; essa máquina de guerra perseguida por uma maldição que é Aquiles; o heroicamente nobre Heitor; o subtil e brilhante Ulisses; Agamémnon, o Rei dos Reis, que consente o horror a fim de lançar ao mar os seus mil navios e que, por isso mesmo, atrai a inimizade da sua sinistra mulher, Clitemenestra.
Porém, onde termina a loucura humana? E onde começa o impiedoso castigo dos Deuses? As personagens fascinam o leitor, levando-o a sentir simpatia ora pela Grécia, ora por Tróia, à medida que cada uma delas avança inexoravelmente para um desfecho que nem mesmo os Deuses podem evitar.
O fascinante e irresistível romance de Colleen McCullough revela-nos o inesquecível poder de uma história que mergulha fundo nas raízes da cultura ocidental e que continua viva três milénios depois.
A minha opinião
A minha estreia com Colleen McCullough não podia ser mais auspiciosa. A Canção de Tróia é realmente um livro extraordinário que junta, num só livro, os vários pedaços das lendas que todos conhecemos - a beleza de Helena, o calcanhar de Aquiles, o cavalo de Troia...
Claro que podíamos ler Iliada ou Odisseia de Homero para termos toda a história mas prefiro, confesso, a leitura deste romance que complementa com a leitura que fiz, aqui há uns anos, da biografia romanceada de Helena de Troia (de Margaret George).
A Canção de Tróia traz-nos todos os deuses e heróis da mitologia grega e conta-nos, a várias vozes, a mesma história. Claro que sabemos como termina a guerra mas não é essa a parte que mais importa. O que importa é como se chega lá, as voltas e revoltas que a história leva e até os oráculos (que, à época, eram bastante respeitados e considerados).
O facto da história ser contada a várias vozes (Príamo, Helena, Aquiles, Páris, Agamémnon, Ulisses ou Heitor, entre outros) torna-a ainda mais interessante, mais apetecivel e facilita a compreensão.
Entre vários detalhes interessantes - e que são mais do que razões para que leiam este livro - achei curioso que, a propósito duma demanda que o Rei dum qualquer reino tinha feito por ordens do oráculo para que desaparecesse a doença que estava a matar o seu povo, Ulisses (creio que era ele) tenha comentado que ficava na dúvida se os oráculos mandavam os reis nessas buscas por artefactos porque eles realmente curavam ou se era uma forma de os manter afastados do reino enquanto a doença desaparecia por si.
Outra questão extraordinária é a abordagem à homossexualidade. Portanto... algures entre 1 300 A.C. e 1 200 A.C. a humanidade aceitava e respeitava a homossexualidade duma forma muito mais abrangente do que hoje em dia. Malta do Brunei, ponham os olhos nisto, por favor.
Queria ainda acrescentar uma nota bastante positiva para a pesquisa e rigor histórico. Nota-se que houve um grande trabalho prévio e isso reflecte-se na construção da história e das personagens, tornando-as muito próximas.
Classificação:
May we meet again
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.