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A Carta Proibida

por Magda L Pais, em 07.09.18

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A Carta Proibida de Lisa T. Bergren

Os Dotados #1

ISBN: 9789722908788

Editado em 2007 pela Difel

Sinopse

O ano é 1339 e um segredo com meio milénio está prestes a ser exposto. Séculos antes, a Igreja compilou as cartas escritas por Paulo com outros textos para formar a fundação do cânone cristão, que acabou por se tornar a Bíblia que conhecemos hoje. Mas o que o mundo não sabe é que Paulo pode ter escrito outra carta - uma carta que fala de homens e mulheres que, embora filhos de homens, possuem dons espirituais misteriosos. Quando um monge, reivindicando inspiração divina, copiou esta missiva não canonizada - e a ilustrou com a visão magnificente de uma bela mulher, que a profecia dizia ser a primeira dos Dotados -, foi submetido a uma morte ardente.

Mas, de alguma forma, a carta sobreviveu...

Agora, gerações depois, chegou a altura de os Dotados se reunirem. A bela curandeira, o sábio sacerdote, o cavaleiro com fé suficiente para abandonar a Igreja - todos regressarão a Siena para enfrentar inimigos dentro e fora das suas próprias fileiras. Mas, à medida que os seus dons se tornam mais fortes, cresce também o poder daqueles que querem destruí-los. Têm de correr contra o tempo para encontrar os restantes Dotados e para decifrar a profecia que adivinhou a sua chegada. Pois apenas através da combinação dos seus poderes conseguirão escapar àqueles que estão decididos a destruí-los e revelar o segredo da carta que determinará o destino da Igreja... e do mundo.

A minha opinião

Há livros que nos agradam pela história. Pelas personagens. Pela envolvente. Pela pesquisa que se vê que o autor fez. Pela escrita. Mas depois há casos em que, mesmo que tudo isso nos agrade, o livro é de leitura difícil, não nos prende nem nos agarra. Custam a ler apesar de estarmos a gostar. 

A Carta Proibida é um desses casos. Uma boa história, personagens interessantes, algum suspense, um enredo bem engendrado, muita pesquisa feita pela autora. Mas não me prendeu, não me fez abstrair de tudo o que me rodeia.

Creio que parte do problema estará na religiosidade excessiva. Demasiadas passagens bíblicas, demasiada intervenção divina, demasiadas orações. Não me entendam mal, considero-me católica mas parece-me que há um excesso excessivo de Deus neste livro (e sim, foi propositado para entenderem o que quero dizer) o que o torna pesado e pouco atraente.

Também não ajuda o facto do ritmo ser lento. Passam-se páginas e páginas em que a acção é mínima ou inexistente, que estamos por ali a navegar sem rumo e sem perceber exactamente para onde vamos.

Apesar disso tudo, cheguei ao fim deste primeiro livro com vontade de ler o seguinte, vamos lá ver se há melhorias ou não. Depois vos conto.

 

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