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A Maldição do Rei de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos #7
ISBN: 9789896576660
Editado em 2015 pela Editorial Planeta
Sinopse
Uma personagem feminina forte, a maldição de um rei, um romance rico em pormenores históricos e investigação rigorosa.
No centro da rápida deterioração da corte dos Tudor, Margarida terá de decidir se a sua lealdade é para com o cada vez mais tirânico Henrique VIII ou para a sua amada rainha. Aprisionada na corte, terá de escolher o seu caminho e esconder a todo o custo o seu conhecimento de uma antiga maldição sobre os Tudor, que lentamente se torna realidade...
A minha opinião
Uma das razões que me leva a não me cansar de Philippa Gregory e dos seus livros sobre a guerra dos primos é que esta autora consegue cunhar cada um dos livros com uma marca própria. Cada mulher retratada tem uma personalidade diferente das anteriores, mantendo apenas em comum o facto de serem fortes, bem construidas e, acima de tudo, resultado de uma pesquisa histórica fabulosa.
A Maldição do Rei não foge a estas regras e leva-nos pela corte dos Tudor, no dia a seguir aos últimos acontecimentos d'A Princesa Branca, permitindo-nos acompanhar a vida de Margarida Pole enquanto Henrique VIII se torna num rei louco, capaz das maiores atrocidades.
(desconfio que, naquela época, o melhor mesmo era ser camponês. à partida não estaríamos na mira do Rei e não estaríamos na calha para a forca)
A Maldição do Rei deixa-nos atrofiados. Margarida faz de tudo para sobreviver - ela e os seus filhos - e, ainda assim, aos 73 anos, é brutalmente assassinada na Torre por ordem do Rei. A escrita de Philippa Gregory envolve-nos de tal modo que conseguimos sentir de perto a angustia de Margarida pela morte dos seus familiares e amigos, da sua rainha e a raiva por ver um louco a governar o pais que ama.
Para quem, como eu, é fã de romances históricos, este é mais um livro de leitura obrigatória.
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
May we meet again
A Princesa Branca de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos #5
ISBN: 9789896575588
Editado em 2014 pela Editorial Planeta
Sinopse
Quando Henrique Tudor conquista a coroa de Inglaterra após a batalha de Bosworth, sabe que tem de se casar com a princesa da casa inimiga, Isabel de York, para unificar um país dividido pela guerra há duas décadas.
Mas a noiva ainda está apaixonada pelo seu inimigo morto, Ricardo III. A mãe de Isabel e metade de Inglaterra sonham com o herdeiro ausente, que a Rainha Branca enviou para o desconhecido. Embora a nova monarquia tome o poder, não consegue ganhar o coração de uma Inglaterra que espera o regresso triunfante da Casa de York.
O maior receio de Henrique é que um príncipe esteja escondido à espreita para reclamar o trono. Quando um jovem que quer ser rei conduz o seu exército e invade Inglaterra, Isabel tem de escolher entre o novo marido, por quem se começa a apaixonar, e o rapaz que afirma ser o seu amado e perdido irmão: a Rosa de York volta para casa finalmente.
A minha opinião
A Guerra dos Primos, em Inglaterra, foi um período sangrento, de conluios, coligações e traições, de amores e desamores, de guerra sem tréguas e que terminou com o casamento entre Isabel de York e Henrique Tudor, depois de mortos todos os possíveis candidatos ao lugar de Rei. É precisamente sobre esse casamento - de óbvia conveniência - que este livro nos fala.
Philippa Gregory mostra-nos, em todos os livros sobre as rainhas de Inglaterra, o lado das mulheres, daquelas que, na sombra, fizeram o possível e o impossível - casando até com o maior inimigo - para que a guerra pendesse para o seu lado, fossem elas Tudor ou York. Claro que há ficção, há imaginação da autora. Há ainda alguns mistérios não esclarecidos (e que talvez nunca o sejam) nomeadamente o que se terá passado com os príncipes Eduardo e Ricardo, filhos de Elizabeth Woodville e de Edward IV.
A Princesa Branca é, quanto a mim, talvez o mais fraco de todos os livros. Talvez porque Isabel de York era quase que um peão. A mãe, Elizabeth Woodville (A Rainha Branca) nada lhe contava das maquinações feitas à sua revelia. E o marido e a sogra (A Rainha Vermelha) desconfiavam das suas intenções, apesar de lhes ser fiel.
É o mais fraco em termos de história - a série televisiva é, quanto a mim, mais completa e torna Isabel de York mais atractiva - mas é igualmente brilhante em termos de escrita, de nos envolver por completo e de construção das personagens. Philippa Gregory é, sem dúvida, uma contadora de histórias por excelência.
Leia aqui as primeiras páginas
Classificação:
May we meet again
A Filha do Conspirador de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos - Volume IV
ISBN: 9789722635196
Editado em 2013 pela Livraria Civilização Editora
Sinopse
"Perdi o meu pai numa batalha, a minha irmã às mãos de uma espia de Isabel Woodville, o meu cunhado às mãos do seu carrasco e o meu sobrinho às mãos de um seu envenenador, e agora o meu filho foi vítima da sua maldição…"
A apaixonante e trágica história de Ana Neville e da sua irmã Isabel, filhas do Conde de Warwick, o nobre mais poderoso da Inglaterra durante a Guerra dos Primos. Na falta de um filho e herdeiro, Warwick usa cruelmente as duas jovens como peões, mas elas desempenham os seus papéis de forma previdente e poderosa.
No cenário da corte de Eduardo IV e da sua bela rainha Isabel Woodville, Ana é uma criança encantadora que cresce no seio da família de Ricardo, Duque de Iorque, transformando-se numa jovem cada vez mais corajosa e desesperada quando é atacada pelos inimigos do seu pai, quando o cerco em seu redor se aperta e quando não tem ninguém a quem possa recorrer, a quem possa confiar a sua vida.
A minha opinião
A cada livro de Philippa Gregory sobre a guerra dos primos (ou a guerra das rosas) a nossa lealdade vai mudando. Bem, talvez n'A Rainha Vermelha tal não tenha acontecido que Margarida enerva qualquer mortal, mas, tirando isso, e conforme vamos conhecendo as mulheres envolvidas nesta guerra, vamos acreditando cada vez naquela que nos relata a mesma história, deixando que as outras - dos livros anteriores e, quem sabe, dos posteriores, relegados para segundo plano.
Gosto disto. Gosto de conhecer os vários lados da mesma história. E gosto, especialmente, de ver como as mulheres tiveram um papel fundamental na história que as quis relegar para último plano, atrás do cão, do canário ou do cavalo.
Philippa Gregory é uma contadora de histórias reais. Uma escritora que pegou no pouco (ou muito) que se sabe sobre as mulheres da casa de Iorque, da casa de Lencaster e da Tudor - os primos em luta - e que nos conta como foi, ou como ela acha que foi. Apesar de sabermos o fim ou de sabermos como se entrelaçam as várias personagens históricas, é muito bom e muito gratificante saber como se chegou lá.
Ás vezes fica confuso, é verdade. Mas a culpa não é da autora mas sim dos primos, que se casaram entre eles e cujos filhos eram: Eduardo, Jorge ou Ricardo. E havia uma colecção de Isabeis de assustar qualquer um. O mesmo problema que em Portugal, com as Teresas, Urracas, Henriques e Afonsos. O que me faz acreditar que a falta de imaginação para nomes era (é?) um problema das casas reais (e a causa das guerras, talvez, já que ninguém se entendia...)
Bem, faltam-me ler alguns desta série. A Princesa Branca está na minha wishlist, principalmente depois de ter visto a série de televisão. Além disso a história d' Filha do Conspirador está intimamente ligada a Isabel, a Princesa Branca, filha de Isabel e de Eduardo, amante de Ricardo e casada, por fim, com Henrique, de quem teve um filho chamado Eduardo. (percebem agora o problema dos nomes?...)
(leia aqui as primeiras páginas)
Classificação:
Entretanto...
A Rainha Vermelha de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos - Volume II
ISBN: 9789722630139
Editado em 2011 pela Livraria Civilização Editora
Sinopse
Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer, a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior.
A minha opinião
Depois d'A Rainha Branca e d'A Senhora dos Rios me terem encantado, tenho de dizer que, afinal, A Rainha Vermelha é, para mim, o melhor dos três e deixou-me totalmente rendida à escrita de Philippa Gregory e a esta saga sobre a Guerra dos Primos
Uma das coisas que mais me maravilhou neste livro foi a capacidade de Philippa Gregory de me levar a discutir (ainda que mentalmente, não fosse alguém achar que eu sou maluca por estar a falar para um livro) com Margarida, a protagonista desta história. Margarida irritou-me, fez-me ter vontade de lhe bater, de a fazer ver como estava errada. Mas, ao mesmo tempo, torci por ela, para que conseguisse o que queria, para que pudesse provar, aos homens de 1453, que as mulheres dessa época - apesar de relegadas para quarto ou quinto plano - eram tão ou mais capazes que os homens. Foi curioso ver-me com este mix de sentimentos em relação à narradora, que acompanhamos desde que tem 9 anos (e se acha a Joana d'Arc de Inglaterra), até ao dia, 25 anos depois, em que o seu filho, ganha a batalha com os York e é coroado, em pleno palco de guerra, o Rei de Inglaterra.
Qualquer um dos três livros que li desta autora mostram o outro lado da história. As mulheres por detrás dos palcos principais, as que - sorrateiramente - mudaram o curso da história, que estavam por detrás de grandes homens (que, muitas vezes, eram simples fantoches dos caprichos das suas esposas, mães ou irmãs).
Agora sim, posso dizer com toda a certeza, vou ler toda esta saga. E a seguir vou pegar na história sobre Ana Bolena que me inspira também bastante confiança e que já sei que a M.J. me irá emprestar.
(leia aqui as primeiras páginas)
Classificação:
A Senhora dos Rios de Philippa Gregory
A Guerra dos Primos – Volume III
ISBN: 9789722630115
Editado em 2012 pela Livraria Civilização Editora
Sinopse
Jacquetta é casada com o Duque de Bedford, regente inglês da França, que lhe dá a conhecer um mundo misterioso de conhecimento e de alquimia. O único amigo de Jacquetta é o escudeiro do duque, Ricardo Woodville, que está a seu lado quando a morte do duque faz dela uma viúva jovem e rica. Os dois tornam-se amantes e casam em segredo, regressando à Inglaterra para servir na corte do jovem monarca Henrique VI, onde Jacquetta vem a ser uma amiga próxima e leal da sua nova rainha.
Depressa os Woodville conquistam uma posição no núcleo da corte de Lencastre, apesar de Jacquetta pressentir a crescente ameaça vinda do povo da Inglaterra e o perigo de rivais pretendentes ao trono. Mas nem a coragem e a lealdade dos Woodville bastam para manter no trono a Casa de Lencastre. Jacquetta luta pelo seu rei, pela sua rainha e pela sua filha Isabel, para quem prevê um futuro extraordinário e surpreendente: uma mudança de destino, o trono da Inglaterra e a rosa branca de Iorque.
A minha opinião
A minha viagem pelo período da Guerra dos Primos (ou a guerra entre os Plantagenet e os Tudor) iniciou-se com A Rainha Branca, anunciado como primeiro livro desta série. Só que, depois de ler A Senhora dos Rios, concluo que estão trocados uma vez que A Senhora dos Rios é a história de Jacquetta, a mãe de Isabel (A Rainha Branca), acabando - este livro - mais ou menos no dia em que começa a segunda história. Não é grave, apesar de tirar um pouco do suspense da história dado que sabemos pelo menos como termina a história de Jacquetta e de Ricardo.
Apesar de que, pelo que vejo, este livro estar anunciado na Wook como sendo o terceiro da série. No Goodreads consta como primeiro. Uma confusão portanto. Que não aquece nem arrefece, só baralha.
Romances históricos são, definitivamente, uma das minhas praias (haverá, certamente, quem dirá que, basicamente, livros são a minha praia mas adiante). Gosto realmente de ler livros que me entretém enquanto aprendo, que me mostram como a história se desenrolou até a chegar aos nossos dias. Como era a vida naquela época, o que se esperava das mulheres e dos homens e, acima de tudo, como havia quem conseguisse contornar as regras.
Cheguei a comparar Isabel Stilwell a Philippa Gregory mas, confesso, depois da leitura do segundo livro de PG, confesso que não há qualquer semelhança. Nos livros de Isabel Stilwell as rainhas tem todas a mesma personalidade. Chegamos a um ponto e achamos que só muda a história, a personagem principal é a mesma. Com Philippa Gregory tal não acontece. Dois livros lidos, duas mulheres fortes - com algumas semelhanças próprias de serem mãe e filha - mas tão diferentes quanto é possível ser.
E a história... bem, a história é rica em pormenores, em explicações sem ser demasiado aborrecida. Podemos baralhar-nos um pouco nos nomes (credo, uma profusão de Henriques e Ricardos que só visto, que falta de imaginação que os ingleses tinham na época) mas mesmo isso é mitigado porque os apelidos os identificam bem.
Philippa Gregory mostra também que fez um profundo trabalho de pesquisa, o que torna os seus livros ainda mais apetecíveis.
Sem delongas, já me lancei na leitura da Rainha Vermelha, segundo ou terceiro volume da série (vá-se lá perceber isto) e estou com vontade de ler todos os livros. Apesar de serem 16...
(leia aqui as primeiras páginas)
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