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A Rapariga-Corvo

por Magda L Pais, em 22.07.16

A Rapariga Corvo.jpg

A Rapariga-Corvo de Erik Axl Sund

As faces de Victoria Bergman Volume I

ISBN: 9789722526159

Editado em 2014 pela Bertrand Editora

Sinopse

A psicoterapeuta Sofia Zetterlund está a tratar dois pacientes fascinantes: Samuel Bai, um menino-soldado da Serra Leoa, e Victoria Bergman, uma mulher que tenta lidar com uma mágoa profunda da infância. Ambos sofrem de transtorno dissociativo de personalidade.
A agente Jeanette Kihlberg, por seu lado, investiga uma série de macabros homicídios de meninos em Estocolmo. O caso está a abalar a investigadora, mas não tem tido grande destaque devido à dificuldade em identificar os meninos, aparentemente de origem estrangeira.
Tanto Jeanette como Sofia são confrontadas com a mesma pergunta: quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro?
À medida que as duas mulheres se vão aproximando cada vez mais uma da outra, intensificam-se os segredos, as ameaças e os horrores à sua volta.

A minha opinião

Confesso-me agradavelmente surpreendida por este livro apesar do tema bastante pesado que aborda - a pedofilia e o tráfico de crianças para fins sexuais. Sim, porque é disso que este thriller trata. Crianças abusadas sexualmente pelos seus pais e amigos deles, desde tenra idade, com o beneplácito das mães que fingem ignorar o que se passa nas suas próprias casas.

Apesar de, a determinada altura, ter percebido quem era quem, a verdade é que este livro não pretende, em momento algum, esconder as faces de Victoria, mas antes dar a conhecer os danos psicológicos e permanentes a que estão sujeitas as crianças violentadas.

Não é de leitura fácil e muito menos de leitura leve. Mais que os abusos às crianças, há a vertente psicológica das personagens, acima de tudo, Sofia e Jeanette, duas personagens fortes, muito bem construídas, elas próprias em crescimento ao longo do livro.

Creio que a estrutura poderá ser, ao inicio, confusa mas, com a continuação, a leitura torna-se tão intensa, tão envolvente, que nem nos apercebemos sequer de que a narrativa salta entre o passado de Victoria Bergman, abusada sexualmente pelo pai desde os três anos de idade e o presente (de Sofia e Jeanette).

Estou absolutamente rendida a esta trilogia e já comecei o segundo volume. E é para lá que vou de seguida.

 

(leiam aqui as primeiras páginas)

 



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