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A Cruzada das Crianças

por Magda L Pais, em 20.04.20

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A Cruzada das Crianças de Afonso Cruz 

ISBN: 9789898775528

Editado em 2015 pela Alfaguara Portugal

Sinopse

O que farão os adultos se milhares de crianças saírem à rua para reclamar os sonhos que eles se esqueceram de continuar a sonhar, de pedir a justiça em que há muito deixaram de acreditar? Continuaremos a ignorar estes cruzados com o mesmo cinismo, descrença ou inércia com que tantas vezes olhamos para o mundo que nos rodeia? Ou terá chegado a hora de darmos ouvidos aos sonhos das crianças?

A minha opinião

Um livro pequeno, que se lê em pouco tempo, com a ternura e a inocência das crianças a analisar alguns problemas de forma simplista.

Não é o melhor livro do mundo mas é um livro agradável e que se lê bem, com o cunho de Afonso Cruz.

 

Neste momento que vivemos, precisamos de manter a calma e a prudência, de lavar e desinfectar as mãos, evitar contactos sociais, reduzindo as saídas de casa ao imprescindível e não ir a correr para os hospitais por uma unha encravada, ao primeiro sinal de febre (superior a 37,5) ou tosse. São tempos difíceis mas só unidos e tendo em atenção as recomendações oficiais, podemos sair disto.

Leia aqui as primeiras páginas

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Nem Todas as Baleias Voam

por Magda L Pais, em 10.06.17

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Nem Todas as Baleias Voam de Afonso Cruz

ISBN: 9789896651275

Editado em 2016 pela Companhia das Letras

Sinopse

Em plena Guerra Fria, a CIA engendrou um plano, baptizado Jazz Ambassadors, para cativar a juventude de Leste para a causa americana. A ideia era organizar concertos com grandes nomes do jazz para lá das fronteiras do Muro e, assim, derrubar barreiras e preconceitos anti-americanos, seduzir o inimigo com a música e ganhar terra.

É neste pano de fundo que conhecemos Alex Gould, pianista exímio, apaixonado, capaz de visualizar sons e de pintar retratos nas teclas do piano. A música está-lhe tão entranhada no corpo como o amor pela única mulher da sua vida, que desapareceu de um dia para o outro, sem deixar rasto, sem deixar uma carta de despedida.

Erik Gould tentará de tudo para a reencontrar, mas não lhe restando mais esperança do que o acaso. Será o filho de ambos, Tristan, cansado de procurar a mãe entre as páginas de um atlas, que encontrará dentro de uma caixa de sapatos um caminho para recuperar a alegria..

A minha opinião

Dizem os entendidos que uma regra, para o ser, tem de ter uma excepção já que é ela - a excepção - que confirma a regra.

Para mim este livro é a excepção que confirma a regra. Tenho adorado (uns mais que outros) todos os livros que li de Afonso Cruz, sendo que, para mim, Para onde vão os guarda-chuvas é o melhor dos três que li.

Infelizmente este Nem Todas as Baleias Voam fica exactamente no oposto. A tal excepção que confirma a regra. Apesar de ter achado interessante (o suficiente para o ler até ao fim), a verdade é que me apaixonei, não me prendeu, não me trouxe o factor UAU que os outros livros deste autor me trouxeram. Talvez por ser uma escrita totalmente diferente dos outros livros, talvez pelo timing da leitura, talvez ... nem sei bem explicar porque, a história é fabulosa (foi o que mais gostei) mas a escrita, desta vez, não me prendeu como das outras vezes.

Pode ser (acredito que seja) problema meu. Para termos a certeza, leiam vocês também e digam-me o que acham. Conversemos sobre isto e, quem sabe, eu mudo de opinião.

Vamos comprar um Poeta

por Magda L Pais, em 09.01.17

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Vamos Comprar um Poeta de Afonso Cruz

ISBN: 9789722127998

Editado em 2016 pela Editorial Caminho

 

Sinopse

Numa sociedade imaginada, o materialismo controla todos os aspetos das vidas dos seus habitantes. Todas as pessoas têm números em vez de nomes, todos os alimentos são medidos com total exatidão e até os afetos são contabilizados ao grama. E, nesta sociedade, as famílias têm artistas em vez de animais de estimação. A protagonista desta história escolheu ter um poeta e um poeta não sai caro nem suja muito - como acontece com os pintores ou os escultores - mas pode transformar muita coisa. A vida desta menina nunca mais será igual…

Uma história sobre a importância da Poesia, da Criatividade e da Cultura nas nossas vidas, celebrando a beleza das ideias e das ações desinteressadas.

 

A minha opinião

O último livro completo que li em 2016 foi Os livros que devoraram o meu pai e, em 2017, o primeiro que começo e acabo no mesmo ano... é este Vamos comprar um poetaAfonso Cruz a tomar de assalto as minhas leituras e a deixar-me a pensar porque é que não o comecei a ler mais cedo?

Tenho milhas a percorrer antes de dormir.

Oração a repetir sempre, antes de nos deitarmos. Que substituo, por uns tempos, por: tenho que ler tudo o que possa de Afonso Cruz.

Vamos comprar um poeta foi comprado poucas horas antes de findar o ano e foi literalmente devorado em poucas horas. Soube a pouco. A escrita de Afonso Cruz sabe sempre a pouco. Principalmente quando nos fala da importância da poesia, da literatura, na sociedade e no bem que nos faz podermos sonhar. Afonso Cruz torna um pequeno livro (100 páginas) num autêntico monumento à Cultura e numa critica à sociedade materialista em que vivemos.

A ler, a reler e a sonhar. Porque

A cultura não se gasta. Quanto mais se usa, mais se tem

(leia aqui as primeiras páginas)

Os livros que devoraram o meu pai

por Magda L Pais, em 27.12.16

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Os livros que devoraram o meu pai de Afonso Cruz

ISBN: 9789722120951

Editado em 2010 pela Editorial Caminho

 

Sinopse

Vivaldo Bonfim é um escriturário entediado que leva romances e novelas para a repartição de finanças onde está empregado. Um dia, enquanto finge trabalhar, perde-se na leitura e desaparece deste mundo. Esta é a sua verdadeira história — contada na primeira pessoa pelo filho, Elias Bonfim, que irá à procura do seu pai, percorrendo clássicos da literatura cheios de assassinos, paixões devastadoras, feras e outros perigos feitos de letras.

A minha opinião

Termino as leituras de 2016 com um autor que me deixou a pensar Para onde vão os guarda-chuvas e por quem me estou, gradualmente a encantar.

Afonso Cruz traz, no regaço dos seus livros, uma escrita diferente - em bom! - obrigando-nos a querer ler cada vez mais e a chegar ao fim dos livros (ainda mais este que é lido num trago) com desejos de continuarmos embrenhados nas suas histórias.

Este livro, pequeno em número de paginas, é grande na empatia que sentimos por Vivaldo, principalmente aqueles entre nós que tem o hábito de se perder nas páginas dum livro. Confesso que nunca pensei na hipótese de esconder os livros no meio do trabalho que faço mas seria menina para isso, não fosse dar-se o caso de gostar tanto do que faço profissionalmente.

Este é um livro seguramente mais imaginativo, mais fantasioso, menos real que Para onde vão os guarda-chuvas mas, ao mesmo tempo, mantêm-nos igualmente presos do principio ao fim. Também nós queremos saber o que aconteceu a Vivaldo Bonfim. Também nós nos queremos perder nas páginas dum romance e também nós nos entristecemos com as personagens que também nos levam a sorrir.

Os livros que devoraram o meu pai não está, para mim, ao nível do Para onde vão os guarda-chuvas. Mas a magia das letras de Afonso Cruz está lá e só por isso vale a pena ler.

Para onde vão os guarda-chuvas

por Magda L Pais, em 15.07.16

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Para Onde Vão os Guarda-Chuvas de Afonso Cruz

ISBN: 9789898775184

Editado em 2013 pela Companhia das Letras

Sinopse

O pano de fundo deste romance é um Oriente efabulado, baseado no que pensamos que foi o seu passado e acreditamos ser o seu presente, com tudo o que esse Oriente tem de mágico, de diferente e de perverso. Conta a história de um homem que ambiciona ser invisível, de uma criança que gostaria de voar como um avião, de uma mulher que quer casar com um homem de olhos azuis, de um poeta profundamente mudo, de um general russo que é uma espécie de galo de luta, de uma mulher cujos cabelos fogem de uma gaiola, de um indiano apaixonado e de um rapaz que tem o universo inteiro dentro da boca.
Um magnífico romance que abre com uma história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal e se desdobra numa sublime tapeçaria de vidas, tecida com os fios e as cores das coisas que encontramos, perdemos e esperamos reencontrar.

A minha opinião

A minha estreia com Afonso Cruz começa com um livro com o factor Uau!. Acho, sinceramente, que é a forma mais reduzida de explicar o que senti ao ler este livro. Uau!

Primeiro falemos da questão gráfica. Achei muito curioso, ao pegar no livro (pronto, e ao dá-lo a Joël Dicker para assinar) que algumas páginas fossem pretas, outras mais grossas e outras normais. Calculei que teria algo a ver com a história mas nunca me passou pela cabeça o que ia encontrar nessas mesmas páginas.

A história ilustrada para crianças que já não acreditam no Pai Natal é extraordinária e, aparentemente, desligada do resto do livro. Só que, quando chegamos ao fim e levamos com aquele final inesperado... pensamos automaticamente no Pai Natal e na prenda que ele poderia dar, fazendo com que Isa tome a decisão correcta.

Para Onde Vão os Guarda-Chuvas é um murro no estômago. É o amor dum pai que perde o primeiro filho e que se dispõe a entregar toda a fortuna, não para o recuperar mas para conseguir sobreviver à dor. É o amor entre religiões. É amor entre irmãos e primos. E é místico pelas lições de vida que vamos aprendendo.

Krishna, quando era criança, estava um dia a brincar com Balaram e comeu terra. Yasosa, que era a sua mãe adoptiva, resolveu castigá-l quando um dos seus amigos correu a fazer queixa. Krishna mentiu, negando que tivesse comido terra, mas Yasoda insistiu para que ele abrisse a boca. Quando espreitou lá para dentro, viu o universo inteiro, planetas a deambular, sóis a brilhar, galáxias, essas coisas.

(...)

Isso acontece com todos os pais. Não é preciso ser pai de Krishna nenhum. É assim que se vêem os filhos, dentro deles está todo o universo, todos os mundos possíveis e impossíveis.

Esta foi a minha primeira experiência com Afonso Cruz. Não foi, seguramente, a única. Fiquei encantada com a escrita, a história, o grafismo. Tudo, mas mesmo tudo, juntou-se para me fazer apaixonar por um livro que, ao mesmo tempo, me deu que pensar.



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