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A resposta a esta questão terá de ser dividida em duas partes. O autor e a autora.
No lado masculino, subsistem algumas dúvidas na minha mente. Apesar de apenas ter lido quatro livros, foram os suficientes para que Brandon Sanderson tomasse de assalto o podium dos autores favoritos. Mas John Grisham também está nesse topo (mas talvez apenas li mais livros dele).
No caso da autora, o podium é dividido entre as duas mestras do fantástico. Entre Anne Bishop e Juliet Marillier tenho sempre dificuldade em dizer qual a que prefiro.
Por 26 dias, eu, a Just, Maria João Covas, Sofia Gonçalves, Mula, Alexandra, Drama Queen, Caracol, Gorduchita, B♥, Sandra.wink.wink, Fátima Bento, Happy, Carla B. e Princesa Sofia respondemos a 26 perguntas sobre livros, tendo como mote o alfabeto. Às segundas, quartas e sextas, às 14h, não se esqueçam de cuscar as nossas respostas, em cada um dos blogs. Ou consultem aqui todos os posts publicados no Sapoblogs com esta tag (não consigo colocar aqui as tags da blogspot).
O Herói das Eras - Parte I de Brandon Sanderson
Saga Mistborn - Nascida nas Brumas nº 3
Editado em 2015 pela Saida de Emergência
ISBN: 9789896378400
O Herói das Eras - Parte II de Brandon Sanderson
Saga Mistborn - Nascida nas Brumas nº 4
Editado em 2016 pela Saida de Emergência
ISBN: 9789896379285
Sinopses
Parte I - Para pôr fim ao Império Final e restaurar a harmonia e a liberdade, Vin matou o Senhor Soberano. Mas, infelizmente, isso não significou que o equilíbrio fosse restituído às terras de Luthadel. A sombra simplesmente tomou outras formas, e a Humanidade parece amaldiçoada para sempre.
O poder divino escondido no mítico Poço da Ascensão foi libertado após Elend e Vin terem sido ludibriados. As correntes que aprisionavam essa força destrutiva foram quebradas e as brumas, agora mais do que nunca, envolvem o mundo, assassinando pessoas na escuridão. Cinzas caem constantemente do céu e terramotos brutais abalam o mundo. O espírito maléfico libertado infiltra-se subtilmente no exército do Imperador Elend e os seus oponentes. Cabe à alomante Vin e a Elend descobrir uma forma de o destruir e assim salvar o mundo. Que escolhas irão ser ambos forçados a tomar para sobreviver?
Parte II - O mundo aproxima-se do fim, esmagado pela força imparável de Ruína. Vin, Elend e os companheiros procuram desesperadamente opor-se-lhe, mas nada do que fazem parece ter algum efeito ou, quando o tem, é o oposto do que pretendem. De que serve a mera alomância contra um deus?
Especialmente quando não parece haver nada além dela, pois até as misteriosas brumas, em tempos aliadas, parecem ter-se tornado malignas. Mas será que desistir é uma opção? Terá chegado o momento de baixar os braços e aceitar o fim de tudo o que se ama?
Num mundo sufocado pela cinza e abalado por erupções contínuas e violentas convulsões sociais que afectam até a sociedade pacífica dos kandra, são estes os dilemas com que os sobreviventes do velho bando de Kelsier vão ser confrontados neste derradeiro volume da saga.
A minha opinião
Chegou ao fim aquela que, para mim, é uma saga que ameaça seriamente o lugar da melhor saga de fantasia que já li (que pertence à série Os Outros de Anne Bishop). É, sem sombra de dúvida, uma série com o factor Uau Uau (sim, sim, em dobro) e que merecia que, no goodreads, se pudesse dar uma estrela extra.
Optei por juntar a opinião dos dois últimos volumes numa só por duas razões. Primeiro porque, inicialmente (e na versão original) estes dois volumes são apenas um livro (obrigado Saída de Emergência por terem pensado nos meus ombros) e depois porque o segundo volume foi lido em apenas um dia, fruto das quase 13 horas que passei num hospital à espera que o marido fizesse uma intervenção (que acabou por acontecer apenas no dia a seguir mas isso é outra história e para outro blog).
Nestes dois volumes todas as pontas soltas, as dúvidas e questões que foram sendo deixadas em suspenso, tudo é resolvido. Entendemos o que aconteceu a Vin, porque é que o Senhor Soberano era como era (e que, afinal, talvez não fosse tão mau assim). Tudo passa a fazer sentido duma forma como só um mestre o consegue fazer - e creiam-me, Brandon Sanderson é, efectivamente, um mestre nesta arte de escrever fantasia, tornando-a credível, deixando-nos antever um pouco do nosso próprio mundo num mundo criado à sua imagem e onde cada peça tem o seu lugar.
As comparações, para mim, são inevitáveis. Anne Bishop é o meu expoente máximo na fantasia, Brandon Sanderson anda lá muito perto (e eu que achava que nunca iria encontrar alguem tão bom como ela). Tal como Anne Bishop, Brandon Sanderson cria um mundo com tudo o que isso implica - a geografia, personagens, religiões, lendas e regras. Tudo, mas mesmo tudo, explicado ao pormenor para que o leitor não se perca.
Ambos os livros tem intensidade e a tensão sempre presentes, em crescendo se é que isso é possível, até aquele final que, se surpreende ao mesmo tempo que é esperado, por ser o único que faz sentido.
Brandon Sanderson leva-nos, ao colo, numa viagem alucinante, nestes dois volumes sem tempos mortos, com diálogos fortes e bem desenvolvidos, com as personagens a manterem o seu nível de complexidade, bem criadas e caracterizadas.
Uma série a ser lida por todos aqueles que gostam minimamente de fantasia. E, quem sabe, mesmo por quem não gosta porque tenho a certeza que esta leitura cativará muitos dos cépticos em relação a este género literário.
A Saída de Emergência tem a série Mistborn em promoção. Aproveitem que vale a pena
Leia aqui as páginas iniciais do primeiro volume e aqui as do segundo volume
O Poço da Ascensão de Brandon Sanderson
Saga Mistborn – Nascida das Brumas, Vol. 2
Editado em Fevereiro de 2015 pela Saída de Emergência
ISBN: 9789896377175
Sinopse
Alcançaram o impossível: o mal que governara o mundo pela força do terror foi derrotado. Mas alguns dos heróis que lideraram esse triunfo não sobreviveram, e eis que surge uma nova tarefa de proporções igualmente gigantescas: reconstruir um novo mundo. Vin é agora a mais talentosa na arte e técnica da Alomância e decide reunir forças com os outros membros do bando de Kelsier para ascender das ruínas de um passado vil.
Venerada ou perseguida, Vin sente-se desconfortável com o peso que carrega sobre os ombros. A cidade de Luthadel não se governa sozinha, e Vin e os outros membros do bando de Kelsier aprendem estratégia e diplomacia política enquanto lidam com invasões iminentes à cidade.
Enquanto o cerco a Luthadel se torna cada vez mais apertado, uma lenda antiga parece oferecer um brilho de esperança: o Poço da Ascensão. Mas mesmo que exista, ninguém sabe onde se encontra nem o poder que contém… Resta a Vin e aos seus amigos agarrar esta fonte de esperança e conseguir garantir o seu futuro e futuro de Luthadel, cumprindo os seus sonhos e os sonhos de Kelsier.
A minha opinião
O Poço da Ascensão só veio confirmar aquilo que pensei quando li O Império Final. Todos os fãs de fantasia deviam ler esta saga. E aqueles que acham que fantasia é coisa de miúdos e não é literatura… leiam também esta saga e vão perceber o que encanta milhares de pessoas em todo o mundo.
O mundo é salvo por Vin e o bando de Kelsier. Vin, com a ajuda das Brumas, mata o Senhor Soberano, terminando um reinado de terror que durou mil anos. Mas o que acontece ao mundo quando é salvo? O que acontece depois? Terão vivido felizes para sempre?
A maioria dos livros termina nessa fase. O mundo é salvo, palmas a todos, fechamos o livro e achamos isso mesmo: foram felizes para sempre. Só que nem sempre é assim. Ou, pelo menos, na realidade, não é assim e O Poço da Ascensão traz-nos precisamente o depois. Salvou-se o mundo, o eterno Senhor Soberano morreu, agora é preciso organizar de novo a sociedade e, acima de tudo, manter o reinado de Elend e não deixar que as tropas de Straff (pai de Elend) ou Cett consigam entrar em Luthadel.
O Poço da Ascensão é, além dum dos melhores livros de fantasia que já li, uma história de amor, de superação e de amizade. Um livro com todos os bons ingredientes possíveis e com personagens bem construídas, coerentes, e com as quais acabamos por nos identificar.
Elend, é, para mim, aquela com quem mais me identifico. E por este diálogo talvez percebam porquê:
— Meu caro — comentou Brisa. — Quando nos dissestes que tínheis de “ir buscar umas quantas referências importantes,” podíeis ter-nos prevenido de que estáveis a planear passar duas horas inteiras lá fora.
— Sim, bem — disse Elend — a modos que perdi a noção do tempo…
— Durante duas horas?
Elend acenou com um ar envergonhado.
— Estavam livros envolvidos.
Brisa abanou a cabeça.
Deixem-me só contar-vos que, se este livro, no seu todo, vale 5 estrelas, as últimas 100 páginas valeriam 6 ou 7 se as pudesse dar em separado. A luta por Luthadel e a busca pelo Poço da Ascensão têm uma cadência vertiginosa, que nos faz esquecer de tudo o que nos rodeia porque queremos só uma coisa: chegar ao fim do livro!
O Herói das Eras, terceiro volume desta saga espera-me. Logo que termine O Plano Infinito de Isabel Allende e depois de ler Marcado na Pele de Anne Bishop, será a sua vez. Tenho a certeza que valerá tanto a pena!
(leia aqui um excerto da obra)
Não é segredo para quem lê este blog e quem me conhece que um dos meus géneros literários preferido é a fantasia. Anne Bishop é, para mim, o expoente máximo desse género tão mal compreendido por muitos (já faltou pouco para ouvir dizer que ler fantasia não é ler literatura, como se tal fosse possível).
Adiante.
Por ter Anne Bishop como referência, quando leio outros autores, a comparação é inevitável. Serão melhores? piores? assim assim? mais valia dedicarem-se à pesca? Sinceramente as apostas que tenho feito em novos escritores não tem corrido mal. Não são Anne Bishop mas também não se deviam dedicar à pesca, podendo continuar a escrever e a entreter-me.
Até que li O Império Final de Brandon Sanderson. Vi o pack dos dois primeiros volumes da saga Mistborn à venda numa livraria, peguei, gostei do preço, da avaliação no Goodreads e comprei. E li. Ou melhor, devorei o primeiro livro. Pela primeira vez, senti que, não sendo melhor que Anne Bishop, é quase quase igual. Foi uma sensação extraordinária, esta de sentir que o lugar de escritor favorito está ameaçado por um seu igual.
Confesso, aqui, que não peguei ainda no segundo volume da saga mas já comprei os outros dois volumes para depois ler tudo de seguida. Ainda por cima as capas são lindíssimas.
Estou, oficialmente, encantada com a escrita de Brandon Sanderson, o autor desta saga que ameaça a saga Os Outros de Anne Bishop que é, para mim, a melhor saga de fantasia que já li.
Adorei, por isso, saber que a Saída de Emergência ia trazer Brandon Sanderson a Lisboa. Um autor que adoro aqui mesmo ao pé? Momento UAU, seguramente. Mas a esse momento UAU seguiu-se um momento UAUAU. Fui convidada, pela editora, para conhecer o autor num brunch ontem de manhã.
Tenho, confesso, muita pena de não treinar mais o meu inglês e, por isso, acabei por falar pouco com o autor. Mas gostei tanto mas tanto de o ouvir falar sobre os seus livros, o processo criativo, as personagens (já vos disse que adoro o Sazed?) e até ficar a saber que a sua personagem favorita do Harry Potter é o Snape.
Para além disso... pude tirar uma foto com o Brandon
E ter os meus quatro livros autografados
Por fim, para que roam ainda mais de inveja, a foto de grupo
Em suma, apesar da má notícia desta madrugada, ainda estou com um sorriso na alma por este encontro. O meu primeiro Brunch e o primeiro encontro com um escritor que adoro.
Vou ali continuar a lembrar-me e já volto.
O Império Final de Brandon Sanderson
Editado pela Saída de Emergência em 2014
Saga Mistborn – Nascida nas Brumas Vol. 1
ISBN: 9789896376383
Sinopse
Num mundo onde as cinzas caem do céu e as brumas dominam a noite, o povo dos Skaa vive escravizado e na absoluta miséria. Durante mais de mil anos, o Senhor Soberano governou com um poder divino inquestionável e pela força do terror. Mas quando a esperança parecia perdida, um sobrevivente de nome Kelsier escapa do mais terrível cativeiro graças à estranha magia dos metais – a Alomancia – que o transforma num “nascido nas brumas”, alguém capaz de invocar o poder de todos os metais.
Kelsier foi outrora um famoso ladrão e um líder carismático no submundo. A experiência agonizante que atravessou tornou-o obcecado em derrubar o Senhor Soberano com um plano audacioso. Após reunir um grupo de elite, é então que descobre Vin, uma órfã skaa com talento para a magia dos metais e que vive nas ruas. Perante os incríveis poderes latentes de Vin, Kelsier começa a acreditar que talvez consiga cumprir os seus sonhos de transformar para sempre o Império Final…
A minha opinião
Quem me acompanha sabe que Fantasia é um dos meus géneros literários preferidos. Nem toda a gente gosta, o que me leva a pensar que a literatura fantástica é ao contrário do sol, quando nasce não é para todos. Não é para todos os leitores mas também não é para todos os escritores.
Um bom livro de fantasia cria um mundo completo, com a sua própria geografia, a sua linguagem, regras sociais e, nalguns casos, até extractos sociais. Ler um bom livro de fantasia é como entrarmos num filme estranho. Diferente em tudo do nosso, onde as árvores podem ter a cor cinza e as flores não deitam cheiro algum. Um bom escritor de fantasia conquista os seus leitores pela forma como torna credível tudo o que é de mais estranho, levando-nos a pensar, ainda que por breves segundos, se não será verdade o que é descrito nesse livro.
Já o disse várias vezes, para mim, Anne Bishop é o expoente máximo nesta arte, e poucos lhe chegam aos calcanhares. É o caso de Brandon Sanderson, cuja escrita tem a qualidade que quero encontrar num livro de fantasia. O Império Final, o primeiro livro que leio deste autor, é a prova disso. E a boa noticia – para mim – é que, sendo o primeiro dele que leio, não será o último porque a Saída de Emergência editou já os outros 3 volumes da saga Mistborn, e eu tenho esperanças que editem também os outros livros dele.
Império Final conta-nos a história dum mundo dividido entre nobres e Skaa e governado, há mais de mil anos pelo Senhor Soberano, num ambiente de terror – para os Skaa – e de riqueza – para os nobres.
É precisamente neste livro que encontramos Sazed, uma personagem, diria que secundária, de quem já falei aqui. Tal como Varyz, Sazed é fundamental para o desenvolvimento da intriga, e eu acabei por sentir um especial carinho por ele. Vin – a nascida nas brumas com uma capacidade alomantica acima da média – tem os sentimentos habituais duma adolescente, trazendo, a este livro, o romance intersocial e a amizade profunda.
Tenho muita vontade de ler, de imediato, o segundo volume que já tenho lá em casa. Só que são quase 710 páginas e a minha cervical não vai gostar. Como não tenho dias de férias em breve, vou fazer algo que não gosto. Vou ler dois livros em simultâneo. Um, mais pequeno, andará comigo na mala. O Poço da Ascensão, segundo volume desta saga, será lido em casa. É que não me apetece mesmo nada ter de esperar pelas férias que ainda vem demasiado longe para ler um livro que, tenho a certeza, valerá a pena.
Outra coisa que valerá, com certeza, a pena, é ir à Fnac do C.C.Colombo (em Lisboa), no dia 7 de Novembro, às 19h30 para conhecer o autor e pedir-lhe que autografe os meus dois livros. Ou os quatro que desconfio que vou comprar o volume 3 e 4 em breve.
(Leia aqui as primeiras páginas)
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