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Murmúrios da Morte

por Magda L Pais, em 13.08.18

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Murmúrios da Morte de Simon Beckett

David Hunter #3

ISBN: 9789722344159

Editado em 2010 pela Editorial Presença

Sinopse

David Hunter, o antropólogo forense que protagonizou os romances A Química da Morte e Escrito nos Ossos, regressa aos Estados Unidos onde o espera um dos maiores desafios da sua carreira. Numa cabana nos bosques é encontrado um corpo cujo estado de decomposição aponta para uma morte ocorrida há pelo menos seis dias. Porém, a quantidade de sangue no local e o facto de a vítima ter os membros amarrados sugerem que esta ainda estava viva quando a cabana foi alugada, cinco dias antes. Será David capaz de decifrar o quebra-cabeças ou terá enfim encontrado um rival à altura?

A minha opinião

Escrito nos Ossos termina com uma reviravolta espectacular que se espera tenha resolução no terceiro volume. E é apenas isso, o facto de não ficar resolvido, que baixa um ponto na classificação de Murmúrios da Morte, um livro tão ou mais absorvente que os anteriores e que, ao mesmo tempo, nos deixa um amargo. É que este é também o último livro publicado em Portugal desta trilogia e ficamos com vontade de ler mais. Apesar do nosso estômago não concordar muito, dado que também neste livro algumas descrições são horripilantes, nojentas. E tão mas tão boas!

Desta vez falhei redondamente em quem era o assassino! Mesmo sabendo que, normalmente, é a pessoa mais inesperada, desta vez tal não aconteceu. Ou se calhar aconteceu e por isso é que não percebi que seria ela.

(ela a pessoa, não ela a criminosa. Pode ser um ele ou uma ela, leiam para descobrir).

Murmúrios da Morte traz-nos uma escrita fluida, uma história com poucos pontos mortos e personagens consistentes e bem descritas. Não é um policial tradicional mas sim um policial baseado na antropologia forense, na análise dos corpos e no que os ossos nos podem contar (Temperance "Bones" Brennan chamada aqui por favor). Mas as explicações são todas dadas em linguagem corrente o que torna o entendimento bastante mais fácil.

Fiquei com vontade de ler mais deste autor. Resta-me esperar que alguma editora perceba a qualidade da escrita de Simon Beckett e nos traga mais livros dele.   

Leia aqui as primeiras páginas

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Escrito nos Ossos

por Magda L Pais, em 12.08.18

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Escrito nos Ossos de Simon Beckett

David Hunter #2

ISBN: 9789722338301

Editado em 2007 pela Editorial Presença

Sinopse

Depois de A Química da Morte, Simon Beckett regressa com um novo e trepidante livro. O antropólogo forense David Hunter é chamado para uma investigação policial com contornos um tanto bizarros. Na ilha de Runa é descoberto um corpo quase totalmente carbonizado, no entanto a cabana onde o mesmo é encontrado não apresenta sinais de incêndio. Apesar da polícia local atribuir a morte a um acidente, Hunter não fica satisfeito e decide investigar a verdadeira causa da estranha morte. Mas o mistério não acaba e, enquanto uma terrível tempestade se abate sobre a ilha, violentas mortes se sucedem em catadupa… Conseguirá David Hunter descobrir o assassino de Runa? Escrito por um dos melhores contadores de histórias da actualidade, este é um livro fascinante que cativa o leitor desde o início.

A minha opinião

Segundo livro da trilogia e, quanto a mim, ainda melhor que o primeiro. O problema, se é que pode ser chamado de tal, é que também aqui descobri rapidamente quem seria o assassino. Não sabia as razões mas um dos assassinos teria de ser a pessoa mais improvável (não é sempre este o principio?) e, em Escrito nos Ossos voltou-se a confirmar.

Seja como for, e apesar disso, Escrito nos Ossos volta a deixar-me o estômago às voltas com as descrições. Quem está desse lado que tenha visto a série "Bones" ponha o dedo no ar. Ok, lembram-se do que ela fazia? Agora imaginem um livro com essas descrições. Pois, é basicamente isso. Não é o melhor livro para ler quando se está a comer, podem acreditar.

(mas, em contrapartida, é o melhor livro para se ler quando uma amiga com que não estamos há imenso tempo está do outro lado da estação do comboio e se mete a dizer adeus, a telefonar, a mandar mensagens... e nós, embrenhados no livro de tal modo, só nos apercebemos porque acabamos por ter de entrar no comboio e quando nos sentamos alguém nos telefona e estranhamos ter mensagens e chamadas não atendidas. Enfim...)

Porque Escrito nos Ossos é completamente absorvente. Queremos perceber como e porquê. Queremos respostas. Queremos chegar à última página para perceber tudo mas... mas depois, chegamos à última página e a reviravolta é tal que já não pensamos em ir dormir, queremos apenas pegar no terceiro volume e perceber o que raio nos escapou neste.

Escrito nos Ossos lembrou-me um livro de Agatha Christie. As Dez Figuras Negras. A base é semelhante. Uma ilha, donde ninguém pode sair ou entrar e os assassinatos a decorrer. Claro que Simon Beckett não é Agatha Christie (ninguém é, na realidade) mas anda lá a rondar a excelência.

Agora desculpem-me mas tenho mesmo de me ausentar. O terceiro volume com (espero) as respostas ao final de Escrito nos Ossos está no sofá a chamar-me.

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A Química da Morte

por Magda L Pais, em 09.08.18

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A Química da Morte de Simon Beckett

David Hunter #1

ISBN: 9789722336536

Editado em 2006 pela Editorial Presença

Sinopse

Ao fim de trinta segundos, a sua pele começa a arrepiar-se.

Ao fim de um minuto, o bater do seu coração ter-se-á tornado audível.

Ao virar a última página, dará graças por se tratar de uma obra de ficção.

Simon Beckett é um autor que rapidamente mobilizou a atenção de um público internacional com este seu primeiro thriller protagonizado por um especialista em antropologia forense. Após a perda da mulher e da filha de seis anos, David Hunter escolhe refugiar-se numa aldeia isolada de Norfolk, a tratar dos vivos, tentando esquecer a sua tragédia pessoal. Mas, mesmo aí, o destino obriga-o a lidar com aquilo de que ele pretende fugir...

A Química da Morte foi finalista do mais importante prémio deste género literário, o Duncan Lawrie Dagger Award de 2006.

A minha opinião

Temos um problema. Ou, aliás, eu tenho um problema. O dealer agora trabalha ao pé de mim e é muito mais fácil de me desencaminhar. A Química da Morte foi um dos últimos que lhe comprei e, depois de o ler, fiquei com a certeza que foi um excelente desvio à minha intenção de evitar comprar livros (que, na realidade, esta intenção não tem sido bem conseguida mas adiante).

Há já alguns livros atrás que não me arrepiava a ler um livro. Que não ficava com o estômago embrulhado com algumas descrições. Que não fechava o livro e as imagens ficavam no cérebro. N'A Química da Morte aconteceu tudo isso. 302 páginas de terror, um thriller misterioso quase completo como há muito não lia. Só não foi completo porque acertei em quem era o assassino. Ou melhor, acertei quem seria um dos assassinos. Era quase evidente que só poderia ser ele.

No entanto houve surpresas. Desagradáveis, nojentas, horripilantes. Que tornam A Química da Morte um dos melhores livros do género que nos prende desde as primeiras palavras até à última página. Literalmente do inicio ao fim.

A escrita é fluida, as personagens bem construídas e a história fabulosa. Até as explicações  técnicas - que, por norma, tendem a ser aborrecidas - são dadas de forma simples e fácil de perceber.

Uma excelente descoberta, em suma. 

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