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As Horas Invisíveis de David Mitchell
ISBN: 9789722357395
Edição ou reimpressão: 01-2016
Editor: Editorial Presença
Sinopse
Holly Stykes foge de casa dos pais para viver com o namorado. Embora pareça uma típica adolescente inglesa, é propensa a fenómenos paranormais. Durante a fuga, conhece uma mulher estranha que a alicia com um gesto amável em troca de asilo. Décadas depois, Holly compreende por fim que espécie de asilo a mulher procurava…
Este thriller empolgante de David Mitchell, aclamado autor de Atlas das Nuvens, acompanha a vida atribulada de Holly numa série de eventos que se cruzam por vezes de maneira indizível, pondo-a no centro de uma intriga perigosa jogada nas margens do mundo e da realidade. Dos Alpes suíços da Idade Média ao interior australiano do século XIX, culminando num futuro próximo distópico, As Horas Invisíveis é um romance caleidoscópico que nos oferece uma alegoria do nosso tempo.
A minha opinião
David Mitchell volta a dar cartas num romance complexo e empolgante. Com Atlas das Nuvens surpreendeu e com As Horas Invisíveis confirma a sua excentricidade enquanto escritor, num livro que mistura fantasia, romance e distopia.
As Horas Invisíveis começa em 1984. Holly Sykes é uma adolescente com alguns poderes psíquicos e que está apaixonada. Quando descobre que o seu amor está envolvido com a sua pseudo-melhor amiga, para não dar parte de fraca com os pais, resolve fugir de casa. Durante essa fuga conhece uma mulher estranha que lhe oferece chá em troca de asilo.
Até terminar, em 2043 os narradores – Holly, Hugo Lamb, Ed Brubeck e Marinuis – vão alterando e vão-se cruzando entre si, deixando-nos sempre em suspense e com a sensação que falta ali qualquer coisa. No final, todas as pontas soltas que foram ficando, unem-se e percebemos – mais uma vez – a grandiosidade deste autor tão pouco conhecido dos portugueses.
Mas tenho de dizer isto. Se procuram uma leitura ligeira e que não obrigue a pensar não leiam David Mitchell. Neste livro David Mitchell cria uma sociedade distópica num futuro não muito longínquo (em 2043). Apesar de distópica é, na realidade, demasiado credível. Não vos vou explicar porquê, vou apenas recomendar que leiam este livro.
(publicado na Revista Baton nº 1)
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